"O desaparecimento dela era um mistério, mas no meio da noite, sussurros de sua presença persistiam, como se uma sinistra força sobrenatural se recusasse a deixá-la ir, mantendo-a ligada a um mundo além de nossa compreensão."
***
Acordei com uma dor de cabeça terrível, em um lugar que não reconhecia, usando roupas que me eram estranhas. Meus olhos se ajustaram lentamente ao ambiente pouco iluminado, revelando paredes frias e estéreis e uma cama que parecia mais uma laje do que um local de descanso. O pânico me invadiu ao observar o cenário desconhecido, as memórias de como havia parado ali escapando da minha mente como fumaça ao vento.
Empurrando os lençóis para trás, tentei me levantar, apenas para ser recebido por um desagradável tontura. Uma enxurrada de ansiedade tomando conta de mim.
_ Que diabos está acontecendo?_ murmurarei para mim mesmo.
Andei até aporta, claro que estava trancada. A frustração cresceu dentro de mim enquanto eu batia com força na porta, gritando por socorro. Os minutos se arrastaram como horas, e quando ninguém respondeu, me afundei de volta na cama, derrotado. Era como se eu tivesse sido jogado em um pesadelo do qual não podia acordar.
Conforme meu coração acelerado gradualmente se acalmava, notei uma fina pulseira em meu pulso. Nela, havia meu nome e uma enigmática indicação de dosagem. Não consegui compreender seu significado. Seria algum tipo de medicação? Teriam me drogado?
Finalmente, a porta rangeu ao se abrir, e uma mulher de jaleco branco entrou no quarto, segurando uma prancheta. Minha apreensão aumentou à medida que ela se aproximava, seus olhos clínicos fixados nele com uma mistura de curiosidade e simpatia.
_ Taylor, eu sou a Dra. Morris._ ela começou, sua voz calma e medida._ Eu entendo que você deve estar terrivelmente confuso agora."
Confuso era pouco para descrever o que eu sentia. Minha memória ainda estava embaçada, e a última coisa que eu lembrava era uma conversa com August sobre encontrar Hanna.
_ Onde estou?_ perguntei, minha voz carregada de frustração.
A Dra. Morris suspirou suavemente ao se sentar nas proximidades, a prancheta repousando em seu colo.
_ Você está em um Hospital Psiquiátrico._ explicou, seu tom suavizando._ Você foi colocado aqui sob uma ordem de internação involuntária."
As palavras pairaram no ar como uma nuvem escura. Balancei a cabeça, a realidade da situação afundando em mim._ Eu não entendo._ balbuciou._ Não me lembro de nada disso.
O olhar da médica permaneceu empático, mas suas próximas palavras enviaram um arrepio pela minha espinha.
_ Os últimos meses têm sido desafiadores para você, Taylor.
_ Eu sei._ balancei a cabeça._ Eu preciso sair daqui, minha namorada esta desaparecida a cinco dias e meu amigo August prometeu que sabe onde encontrá-la.
A médica me olhou de um jeito curioso, como se sentisse pena de mim.
_ Taylor...
_ O que? Eu não vou sair daqui?_ interrompi.
_ Hanna está desaparecida a seis meses e August..._ pausou colocando a prancheta no colo._ Você não pode ter falado com August porque ele faleceu alguns meses atrás.
August estava morto? Hanna estava desaparecida a seis meses? Lutei para processar a informação, meus pensamentos girando em um mar turbulento de confusão. O mundo havia mudado sob seus pés, deixando-o à deriva em um redemoinho de incerteza.
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HORROR EM KANSAS CITY 2 - Terrores Ocultos
HorreurNo coração de Kansas City, Taylor embarca numa jornada aterrorizante para encontrar sua amada, Hanna, que desapareceu nas sombras sob circunstâncias sinistras. Descobrindo que ela carrega o peso de gêmeos em seu ventre, a vida de Hanna toma um rumo...