Parte 46

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Ele respondeu dizendo que entendia e disse para não me preocupar.

Dois meses depois, já estava mais adaptada a minha nova vida.
A vizinhança que no início me olhavam com desconfiança e curiosidade, agora muitos deles me cumprimentam com um sorriso; principalmente, os donos dos pequenos comércios.
As idas e vindas até  a escola, tem favorecido essa aproximação, já que os vejo quase todos os dias e alguns até mesmo aos finais de semana, isso porque gosto de ir tomar meu café da manhã numa cafeteria em frente ao meu apartamento. É uma cafeteria com detalhes rústicos em sua construção, mas com um ar romântico e familiar na decoração das mesas, cadeiras e balcões.
Olhando ao redor, a maioria dos clientes eram casais, alguns com seus filhos, outros talvez fossem namorados, casados, quem sabe amigos; apenas eu e um homem sentado no fundo é que estávamos tomando café solitariamente.
Como estávamos sentados um de frente com o outro literalmente, pode parecer bobagem minha, mas acho que ele estava olhando para mim. Claro que por ser estrangeira, a curiosidade aguça a visão das pessoas. No entanto, quis fazer uma prova: fingir que não notei seu olhar e olhar diretamente para ele, só para ver se seus olhos estavam somente curiosos ou seu olhar tinha outro significado. Todavia tinha esquecido de um detalhe: ele estava usando óculos. Por isso, fica difícil deduzir de onde eu estava, se realmente sua visão era dirigida a mim. Se fosse mais perto, certamente conseguiria ver mais alguns traços. O engraçado é que a curiosidade dele, despertou a destreza em mim. Vendo um homem que apesar dos óculos estarem escondendo um pouco do seu rosto, parecia ser bem aparentado. Notei pelas suas roupas que tinha bom gosto, cabelos escuros...e sabe que de repente, ele me lembrou o meu querido John Hoon? Estou começando a ver coisas, deve ser fome, estou aguardando o pedaço de bolo de chocolate.

Amor IncondicionalOnde histórias criam vida. Descubra agora