Capítulo três (Lisa)

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⚠️Aviso⚠️

Apesar desse capítulo ser curto devo advertir que nele haverá a descrição de cenas que podem ser consideradas perturbadoras para algumas pessoas. Prossiga por sua própria conta e risco.


Estou amarrada. Tem um pano cobrindo minha boca e estou presa em uma cadeira por cordas, minhas mãos e pernas estão atadas e não consigo ver, parece haver um saco na minha cabeça. Eu apenas escuto alguém assobiando a música "London bridge is falling down". Eu me movo, e uma sombra se aproxima de mim e tira o saco da minha cabeça, seu rosto é pálido e seus olhos têm olheiras mais profundas que as minhas, ele estampa um sorriso sádico enquanto olha para mim:

─Olha só quem acordou─ ele diz ainda olhando para mim.

Eu me afasto dele e ele segura meu queixo, me aproximando de seu rosto:

─Agora você é minha ovelhinha─ ele diz sorrindo mais ainda.

Eu cuspo na cara dele e ele me dá um tapa no rosto com força, ele se afasta até o fundo da sala onde tem uma mesa metálica, ouço barulhos de metal batendo e ele volta até mim com algo que parece uma fita de metal. Ele vai até minhas mãos e enrola a fita no meu pulso, eu ouço um clique e imediatamente grito e lágrimas começam a rolar pelo meu rosto. Dói muito. Ele se volta para mim, limpa minhas lágrimas com o dedão e diz:

─Bem-vinda ao rebanho, número 17.

Logo em seguida ele sai da sala e eu observo os arredores procurando alguma saída, me movo tentando olhar para trás e meu pulso dói, me fazendo gritar de novo. O homem volta, ele vai para trás de mim e desamarra minhas mãos, vejo meu pulso, há uma fita de metal com pedaços metálicos afiados fincados em minha pele, meu pulso está inchado e latejando, há sangue seco em volta dele e consigo ver uma plaquinha na pulseira com o número dezessete. O homem desamarra minhas pernas enquanto diz:

─Se você tentar correr eu puxo a pulseira. Vem.

Eu me levanto e ele me guia para fora da sala, onde há um corredor com grades verdes enferrujadas, o que vejo é extremamente perturbador: celas se estendem por todo o corredor como uma prisão gradeada, e em cada uma delas tem uma mulher com uma fita igual a minha no pulso. Em uma das celas tem uma mulher chorando muito, e ao lado dela tem um feto morto. Há sangue por toda a cela. A mulher e o feto estão completamente ensanguentados. Eu fecho os olhos. O homem me guia até uma das celas, me empurra para dentro e tranca a porta, estou chorando, ele olha para mim como se tudo aquilo fosse muito divertido para ele. Eu apenas vou até a cama que está encostada na parede no fundo da cela, me sento e começo a chorar.


A partir desse capítulo devo advertir que haverá descrições de cenas que podem ser perturbadoras para algumas pessoas, prossiga por sua própria conta e risco. Aproveite!😊

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