Insônia - Wednesday & Enid

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— Wednesday Addams —

Toda a minha família e amigos estavam aqui em casa, decidi fazer uma pequena festa para contar da gravidez. Tyler era para já ter chegado, mas estava demorando muito.

— Quando vai decidir falar algo? -Eugene veio atrás de mim, eu estava andando de um lado para o outro na sala.

— Só quando o Ty chegar. -o respondi olhando a tela do meu celular, mandei algumas mensagens para Galpin e ele não me respondeu.

— E o que vai falar? Não vai pedir ele em casamento, né? Se não eu me mato aqui mesmo! -Otinger e seu humor quebrado.

— Não Eugene, não é isso.

— O que é? Sabe que todo esse suspense está me deixando curioso.

— É surpresa, se eu contar não é mais surpresa!

— Minha filha, você sabe que eu já sou uma mulher curtida de idade. Não posso ficar esperando a boa vontade do Galpin, conte logo para nós! -minha mãe falou fazendo drama vindo até mim e Eugene.

— Mãe, você está bem saudável, pode esperar uns minutos. -toquei seu ombro e sorri. — Pare de drama, senhora Addams. -enquanto minha mãe e Otinger voltavam para a cozinha conversando sobre o fato de eu não falar nada ainda. Ouvi a campainha e fui atender, era Tyler. Certeza.

— Oi Wed. -Abri a porta e me deparei com Enid e Makayla. Pelo menos ela veio.

— Oi Enid! Makayla... Entrem. -dei espaço para elas entrarem.

— É O ZOIUDO DO GALPIN? -Pubert gritou da cozinha.

— NÃO. -gritei de volta. — E TENHA MAIS RESPEITO! -o repreendi.

— Como vocês estão? -A Sinclar olhou para a minha barriga e depois para o meu rosto.

— Bem por enquanto, só não se refira a duas pessoas. Não contei ainda, Tyler não chegou. -cochichei em seu ouvido para Santin não escutar.

— Ok, foi mal. Ah, eu lhe trouxe isso. -a mesma me mostrou uma sacola, peguei a mesma olhando o que tinha dentro dela. Chocolates, amo!

— Agradecemos. -falei feliz fechando a sacola.

— Posso usar o banheiro? -Makayla perguntou do seu jeito adolescentes (revirando os olhos e mexendo no celular), se eu não conhecesse diria que estava sendo gentil.

— Claro, é só subir a escada, a última porta do corredor. -avisei ela.

— Desculpa, ela literalmente me obrigou a trazê-la, se quiser eu posso ir embora...

— Não, está tudo bem, hoje eu estou feliz. -sorri.

— Enid? Não sabia que viria, como anda a vida? -Meu pai apareceu atrás de mim.

— Estou levando, algumas mágoas, derrotas, mas vivendo. -ela deu de ombros comprimentando meu pai.

— Vamos, todos estão na cozinha. -Meu pai abraçou a loira e a guiou para a cozinha. Andei atrás deles rindo da imagem, meus pais sempre trataram ela como uma filha e não como uma ex da filha deles, às vezes parece estranho.

— Enid, minha querida! -agora minha mãe pararia de me questionar, ela faria isso com Sinclair.

— Mãe? Eu não sabia que viria. -Marília a abraçou.

— Sua mãe me convidou... Nós viemos. -deu de ombros.

— Nós? -Yoko me olhou.

Ding dong

Agora sim era Tyler.

— Eu atendo! -falei já caminhando até a porta. Abri ela tendo a visão de Galpin parado com suas malas. — Oi amor, estava com saudades de você! -tentei abraçá-lo, mas ele hesitou me afastando.

— Precisamos conversar. -entrou subindo direto as escadas.

— O que houve? Também preciso conversar com você, aposto que vai gostar! -falei animada o seguindo para o quarto.

— É sobre o que? -entrou no quarto.
— A porra desse bebê? Já sei. -como ele sabia?

— Como você sabe? Não está feliz? -perguntei sem entender me sentando na cama.

— ACHA MESMO QUE EU VOU CRIAR UMA CRIANÇA QUE NEM MINHA, É? -gritou apontando seu dedo no meu rosto.

— Amor... Por que está gritando, podemos conversar, do que está falando? -tentei me levantar da cama, mas ele me empurrou.

— Eu sei que você me traiu com a Sinclair. Essa criança! -colocou seu dedo na minha barriga forçando-a. — É dela, não minha.

— Quem falou isso? De onde tirou isso? Tyler, você está bêbado?

— ESSA VIAGEM PARA O BRASIL FOI APENAS UMA DESCULPA, NÃO É? SUA VAGABUNDA! DEVEM ESTAR COM ESSA MERDA A MESES. MAS FIQUE CIENTE, NÃO VOU CAIR NESSE GOLPE!

— QUEM PORRA VOCÊ ESTÁ FALANDO? -falei aos berros me segurando para não chorar.

— DA PORRA DESSA CRIANÇA, NÃO QUERO ELA AQUI DENTRO, QUE AQUELA ABERRAÇÃO ASSUMA, OU MELHOR JÁ ASSUMIU, NÃO É? ATÉ NA CONSULTA FORAM JUNTAS. -como ele sabe da consulta?

— DE ONDE TIROU ISSO? NUNCA TRAÍ VOCÊ, VOCÊ QUEM ME TRAÍA E EU SEMPRE TE PERDOEI! -dessa vez me levantei batendo de frente com ele.

— Wednesday.. Precisa de ajuda? -Ouvi a voz de Enid.

— TALVEZ ASSUMIR ESSE BASTARDO, AJUDE ESSA PIRANHA! -Galpin falou irônico e então Enid abriu a porta.

— O que está acontecendo aqui? Wed, está bem? -Veio até mim me fazendo sentar novamente na cama, talvez estivesse preocupad!. Eu tentava não chorar, mas minhas lágrimas caíam descontroladamente.

— Ele acha que o bebê não é dele. -falei com a mão no rosto escondendo o choro.

— Por que fez isso? Tyler, ela está grávida de você. -A loira o olhou sem entender.

— Talvez estivesse se você não transasse com ela, agora vem querer falar que o filho é meu.

— Galpin você bebeu? Que merda é essa de transar? Eu e a Wednesday somos separadas. Acha mesmo que eu ficaria com ela enquanto ela está com você?

— Não acho, tenho certeza. Fiquei sabendo sobre a visitinha no hospital, que lindo passeio de casal. -ironizou.

— Como sabe que saímos juntas?

— Uma pessoa me contou.

— E QUEM É ESSA PORRA DE PESSOA? -gritei, eu não aguento mais isso.

— Eu. -Makayla abriu a porta do quarto com um sorriso diabólico.

— Makayla? -eu e Sinclair falamos ao mesmo tempo.

— Sua psicopata! Por que tenho a certeza que seguiu a gente? -Enid perguntou debochando.

— Eu como sua namorada estava cuidando de você.

— Cuidando? Você é uma louca.

— Agora a louca sou eu, sempre é assim! -Bufou. — Quer saber, eu não esperava que você me traísse com essa vadia velha, que fosse com alguém mais nova que eu!

— Vadia velha? -repeti sua fala, eu sou apenas uma vadia velha...?

— Não se atreva a falar algo, olhe pra você... Chega a me dar nojo. -Enid rebateu.

— Enid, chega! Eu não preciso que me defenda mais. QUERO TODOS VOCÊS PARA FORA! -gritei apontando para a porta.

— E se eu não quiser? Vai fazer o que? -Santin me olhou desafiadora, me levantei da cama e caminhei até ela. Agarrei seu cabelo a puxando para fora do quarto.

— POSSO FAZER MAIS SE QUISER! -continuei levando-a até a escada.

— VOCÊ É MALUCA, ME SOLTA! -Ela empurrou meu ombro e me desequilibrei na ponta da escada.

~ Slk lek o negócio ficou tenso😐
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