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A semana foi tão corrida que nem percebi que acabou e se iniciou uma nova, Oikawa e eu ficamos bem mais próximos nesse meio tempo, conversamos no telefone as vezes.

Um dia estávamos voltando do colégio juntos , Iwaizumi acabou pegando um resfriado e não conseguiu ir já Oikawa não tinha treino naquele dia, então acabou indo embora comigo.

Estávamos perto da casa de Iwaizumi quando de repente meu telefone começou a vibrar no meu bolso.

Merda.

- Merda...

- Oque foi? - ele perguntou curioso com as sobrancelhas levemente franzidas.

Atendi o telefone e o levei a orelha.

- Oi vó. - Me afastei levemente de Oikawa. - Ah, eu... Bom, me desculpa. Sim, sim eu sei, eu vou ai qualquer dia desses ver vocês e... - Fiz uma pausa com oque ela havia dito - Hoje? Eu não posso, combinei de sair com um amigo. - Menti descaradamente, a testa de Oikawa só se enrugou mais, e seu olhar era de pura curiosidade, como se perguntasse oque estava acontecendo.

- Oque?! Não, ele não... - Suspirei sabendo que aquilo não levaria a lugar algum. - Claro... Eu chamo ele. Não sei se ele vai querer ir. Tchau vovó. - Concordei, cansada demais para argumentar.

Desliguei o celular e esfreguei as têmporas.
Oikawa só me observava em silêncio.

- Quer ir em um jantar comigo hoje? - Falei rápido o suficiente para que ele não pudesse responder - Oh não? Que pena, vou falar que não podemos ir.

E então comecei a andar rapidamente, ele veio atrás, claramente confuso.
Logo ele começou a correr em minha direção e segurou meu antebraço.

- Ei, espera. Eu quero sim.

Merda.

- Não precisa ir sabe. - Falei torcendo para que ele desistisse da ideia, mas algo brilhou em seu olhar, me fazendo desistir da ideia de que ele pudesse não querer sair comigo.

- A gente vai. Eu passo na sua casa e vamos de táxi de lá.

- Certo. - concordei cabisbaixa.

Fiquei calada boa parte do percurso pensando no jantar que iríamos enfrentar, e ele claramente havia notado.

- Quem irei conhecer hoje? - Ele perguntou quando viramos a esquina de sua casa.

- Meus avós paternos.

- E por que isto seria ruim? - ele como sempre sendo curioso pra caralho.

- Minha avó é uma boa pessoa, insistente mas boa, mas meu avô ele não... E legal comigo. Nem com minha mãe, e sempre julga meu pai. Principalmente sobre o fato de ele não ter se casado com uma japonesa de família tradicional, claro, assim eu não teria nascido, mas tenho quase certeza que ele iria preferir exatamente isso.

- A sua mãe era?...- Perguntou se referindo a nacionalidade.

- Italiana. Eles se conheceram na faculdade, amor a primeira vista pelo oque sei. - Sorri enquanto olhava para meus próprios pés em movimento. - Eu tenho os mesmos traços dela, os cabelos castanhos avermelhados, os olhos cinzas, e o rosto fino como o dela. Já do meu pai eu puxei os olhos levemente repuxados, e meus lábios.

- E que lábios. - Oikawa falou claramente dando em cima de mim, ele adorava esse tipo de brincadeira, di uma leve cotovelada em suas costelas - Ai! - disse dramático enquanto passava a mão pelo local.

- Sinto falta deles. Até hoje não tive coragem de entrar no quarto antigo e ver as coisas dele... - Falei mais pra mim do que pra Oikawa, acho que ele nem havia reparado no quarto em frente ao banheiro, que a tanto tempo sem ser frequentando deixou até marcas de poeira na maçaneta.

Stars- Oikawa ToruOnde histórias criam vida. Descubra agora