Stars- Oikawa Toru

6°

- Oi meu bem! Você está linda, quem é seu amigo? - A avó de Ariane abriu a porta e começou a falar imediatamente, ela se aproximou de mim e falou - e ele é bem bonito também...

- Vovó! Oi, não diga essas coisas.

Oikawa percebeu que ela estava levemente corada, ele só sorriu levemente ao ver aquela imagem.

- Boa noite senhora, muito prazer.

- E é educado, viu só Ariane... - Minha avó falou, claramente ela estava gostando de Oikawa.

Entramos na casa, me mantive calada boa parte do tempo, enquanto ouvia minha avó tagarelando, Oikawa (puxa saco) só concordava com ela e comentava o quanto a casa estava bonita.

Até que chegamos na sala de jantar, meu avô estava lá, nos esperando, me olhando de cima a baixo.

- Olá Ariane, você... engordou, e está mais pálida, viu Yuna, eu falei que não daria certo criarem essa criança em Londres.

Os milhões de comentários começaram, seria a noite toda assim.

- Olá Vovô... Este é Oikawa, meu amigo.

- Boa noite senhor Hiroshi, Ariane falou muito bem de você e da senhora Yuna. - Ele se apresentou, sorrindo falsamente, mas creio que só eu tenha percebido isso, e ele me encarava levemente, como se estivesse preocupado pelos comentários feitos sobre mim.

- Olá menino. - Disse seriamente, é engraçado ver alguém chamar Oikawa, de 1.85 de altura, de "menino".

- Venham, sentem-se, vou servir o jantar e trazer um saque para nós.- Disse sorridente, ela sempre era um amor.

Sentamos a mesa, com meu avô na ponta, o lugar de minha avó reservado ao seu lado esquerdo, e o meu ao direito, Oikawa sentava ao meu lado.
Mexi minha perna incansavelmente embaixo da mesa, a ansiedade já se fazia presente, essa noite era uma caos, e eu sabia disso. Não deveria ter arrastado Oikawa comigo.

Minha cabeça estava lotada de tudo que daria errado, até que senti uma mão em minha perna, aquilo despertou inúmeros choques pelo meu corpo.
Olhei para a mão e levantei meu olhar para encontrar o de Oikawa.

- Relaxe... eu estou aqui. - Ele não disse de forma pretensiosa como era de se esperar vindo dele, aquilo foi incrível.

- Obrigada.

Mesmo assim, a mão permaneceu em minha perna, me fazendo leves carícias, nada sexuais.

- Cheguei - Disse Yuna, sorrindo de orelha a orelha. Ela serviu saquê para meu avô, depois para si. - Você aceita Ariane? Já tem 18 anos... se você não contar a ninguém nos não contaremos.

- Obrigada, aceito sim vovó - Falei rindo - Oikawa não irá querer.

Senti sua mão apertando minha coxa, como se dissesse "não tome decisões por mim", aquilo despertou algo em mim.

Nós servimos do jantar feito por ela, e comemos em silêncio, Até que Yuna falou algo quebrando o clima.

- Oque está achando do bairro que está morando? Seu pai adorava lá. - Falou entristecida.

- Muito bom, é bem tranquilo.

- Já pensou em qual faculdade quer fazer? Seu pai sempre teve bons planos. Dês de pequeno ele falava que queria Stanford.

- Na verdade não sei ainda, estava pensando em ir para alguma na Itália, para conhecer um pouco mais do lugar que mamãe cresceu.

- Quem dera ela tivesse ficado lá, assim nunca teria conhecido seu pai. - Meu avô falou, pela primeira vez em muito tempo.
Senti Oikawa enrijecer ao meu lado.