tudo havia acabado

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Os oito garotos se sentiam completamente sem rumo enquanto andavam na direção do que parecia, e eles tinham esperança que fosse, um posto de gasolina. A noite já tomava conta do lugar e a única iluminação que lhes era provida era de três lanternas que haviam levado consigo. Poderia ser irresponsável sair à noite daquele jeito, mas não havia outra opção. Ou ficavam presos naquele prédio com dois corpos mortos e muita memória indesejável, ou arriscavam mais suas vidas andando pela noite adentro em um lugar inteiramente desconhecido.

— Devíamos ter feito alguma coisa — Seungmin falara baixo, para que apenas Minho e Jisung o escutassem. Os três estavam andando um pouco atrás do resto do grupo — Com o corpo. Parece insensível deixar ele lá e só ir embora e seguir nossas vidas.

— Para ser justo... — Jisung deu de ombros levemente — Não estamos seguros o suficiente para fazer qualquer coisa.

— Infelizmente estamos acostumados com isso — Minho concordou — E não vemos mais necessidade de dedicar tanto tempo para despedidas. No fim, teremos que seguir em frente de qualquer jeito, e não temos tempo a perder.

Assim que puderam avistar o posto do outro lado da rua, passando o segundo quarteirão desde o prédio em que ficavam, um ar de alívio pareceu sair da boca de todos. Felix se apressou para atravessar a rua e correu até o local, fazendo com que Lucas e Chan corressem logo atrás, para que ele não ficasse sozinho.

— Não tem nada aqui fora — o garoto soou decepcionado, apontando para o chão — Só esse galão quase vazio.

— Vamos procurar melhor, talvez tenha por ali atrás — Changbin apontou para os fundos do posto e ele e Matthew seguiram até lá para procurar.

— Vou olhar dentro daquela loja de conveniência.

— Espera Minho, eu vou com você — Jisung o seguiu — Seungmin, fique com Chan.

— Mas Felix está com ele — o moreno resmungou, mas acabou indo mesmo assim.

Quando Jisung alcançou Minho, ele já estava na porta da loja.

— Porque teria gasolina dentro da loja de conveniência? — perguntou em tom de brincadeira.

— Porque teriam zumbis no mundo que acabam com a vida no planeta? — Minho continuou, sério e sem ao menos olhar para o mais novo.

— Touché... Eu acho.

— Desculpa. Eu só estou meio tenso.

Os dois foram interrompidos por um barulho estranho. Soava baixo e vinha de trás de um balcão ao fundo da loja. Os dois garotos se aproximaram lentamente. Minho sinalizou para Jisung ficasse ali enquanto ele iria ver o que era. Apesar de os dois já saberem.

— Cala a boca — o mais novo sussurrou, mesmo que Minho não houvesse falado nada — Não vou ficar aqui igual idiota!

— Não precisamos do barulho da sua arma nesse momento, Jisung — Minho sussurrou de volta.

— Mas sua merda de taco não te protege de nada, idiota.

Minho apenas olhou para o garoto novamente e sinalizou para que ele ficasse ali. Jisung apenas revirou os olhos e pegou sua arma, ficando em estado de alerta enquanto o outro continuava.

Tudo aconteceu muito rápido. Minho chegou à origem do ruído. Seu lado desastrado chutou uma lata de lixo que havia ali. Jisung, instintivamente, levantou a arma e apontou para a direção do balcão. O zumbi, que estava em cima de um corpo, se alimentando dele, ao perceber o barulho, se moveu em sua direção, não achando mais aquele corpo tão interessante. Minho, por sua vez, balançou o taco de beisebol no ar antes de fincar o arames que estavam presos nele na cabeça daquela criatura, a fazendo cair no chão. A batida fora tão forte que os arames ficaram presos no corpo do zumbi e Minho teve que forçá-lo para fora, com o pé na cabeça da criatura para apoio.

one will die before he gets thereOnde histórias criam vida. Descubra agora