romance perigoso

Capítulo 12

Capítulo XII

O ar frio do ar condicionado fez Sailom esfregar levemente o braço inconscientemente. Os olhos negros, antes brilhantes, tornaram-se tão sombrios quanto o pôr do sol, mas agora os olhos do outro estavam tão brilhantes quanto as estrelas no céu noturno. Toda a felicidade de Kanghan veio até ele tão facilmente, ao contrário dele, mesmo que ele estendesse a mão e tentasse agarrá-la, ele não conseguiria, por mais que tentasse.

Depois de concordar com a Sra. Ging no dia anterior, Sailom fez as malas e mudou-se para a casa de Kanghan no dia seguinte.

Ele estava começando a se acostumar com aquele quarto, mas no fundo sabia muito bem que tudo ali, inclusive a pessoa que estava com ele naquele momento, não lhe pertencia.

"O que você está fazendo sentado no chão?" O dono do quarto estava deitado na cama brincando com o telefone, inclinando a cabeça e perguntando.

"Organize os livros nas prateleiras."

Kanghan observou Sailom tirar um livro de sua bolsa, levantar-se e colocá-lo na pequena estante que havia preparado especificamente para guardar seus pertences pessoais.

Vendo Sailom andando de um lado para o outro, Kanghan estendeu os braços e deu vários tapinhas no lugar vazio da cama.

"Sente-se aqui rapidamente." Vendo que Sailom estava prestes a correr para o sofá no canto da sala, Kanghan levantou apressadamente a voz para ameaçar. O adolescente descontente se aproximou com uma expressão tensa no rosto.

"Você é teimoso o dia todo."

"Não me chame como uma criança." Sailom resmungou baixinho.

"O que há de errado, parece que você não dormiu a noite toda?" Kanghan percebeu agora, os olhos claros e brilhantes de Sailom estavam agora cheios de fadiga.

"Ou você está nervoso por ter que voltar e me ensinar?"

"Não tem nada a ver com você."

Sailom ficou imóvel em negação. Embora dar aulas particulares a Kanghan também fosse algo que o deixasse muito nervoso. Mas agora ele está mais preocupado com Saifah, mesmo sabendo que seu irmão é muito forte, não a ponto de ser forçado à morte pelos cobradores de dívidas, mas com as diversas maldades que essas pessoas podem cometer quando a cobrança de dívidas ainda deixa Sailom muito preocupado.

"Suas sobrancelhas estão franzidas." Kanghan cutucou a pálpebra central de Sailom com o dedo, morrendo de medo.

"Você tem tanto medo de mim?"

"Suas mãos estão frias."

" Realmente?"

Kanghan parecia desconfiado, abriu a mão para olhar para baixo, antes que pudesse ficar com raiva, ouviu Sailom suspirar, todas as suas dúvidas foram apagadas.