na escuridão de um túnel sem fim,
meu coração palpita por uma luz
o sentimento cruel e misterioso que nunca serei capaz de entender
que permeia a vida de maneira tão persistente com os pensamentos mais sombrios e intensos
um tormento mar de tristeza
com a personificação de minhas lágrimas
um mar de vazios em contrapartida,
um mar de pensamentos turbulentos,
uma grande tempestade
a pequena chama dentro de mim,
com uma pequena esperança,
se apaga com o pouco oxigênio que resta.
ausência de luz não há presença
as cicatrizes que me marcam,
feridas que nunca secaram,
dores que não acabam,
melancolia que consome.
a depressão nunca foi algo fácil de encarar.
existem alguns estágios que um ser humano passa durante uma crise/tempo depressivo:
a negação,
melancolia,
entrega
e hiperatividade,
que decide se há uma recuperação ou uma nova melancolia.
acredito que a pior fase é a entrega. é aquela que nada muda. nada te faz se mexer.
aquela que os sentimentos se tornam eufemistas.
e com certeza,
a mais difícil de sair.
a vida parece que corre ao olhar,
enquanto dou passos de tartaruga para acompanhá-la.
tudo parece estar acelerado,
na velocidade da luz,
tanto no sentido figurado,
do tempo corrido,
quanto no literal,
que a depressão e ansiedade já dominaram tanto, que o mundo não possui a mesma velocidade.
sobrevivo.
não vivo há muito tempo.
conto o tempo da sobrevivência.
