Ever Just the Same

Capítulo 16 : A Decisão

Tudo começou com um sonho. Não foi uma invenção de sua imaginação, mas um sonho literal de quando ele estava dormindo. Ou talvez fossem as duas coisas, Bowser não tinha certeza. Às vezes, seus pensamentos, memórias e sonhos se conectavam quando ele pensava por muito tempo.

Independentemente do que fosse, Bowser tinha que descobrir de alguma forma. Ele não se incomodou em perguntar a Kamek ou Kammy, ele estava farto dos gritos inúteis dos magikoopas para ele. Sem falar que os detalhes do seu sonho eram pessoais, para dizer o mínimo. E ele sabia que o velho idiota definitivamente teria um ataque cardíaco.

Ele havia sonhado com Luigi.

Os detalhes não estavam claros. Ele sabia que eles estavam se beijando em algum momento - apaixonadamente, suas pequenas mãos humanas em concha ao redor da bochecha e do queixo de Bowser enquanto continuavam em um toque quente, mas amoroso. Sua imaginação pareceu tomar um rumo mais selvagem depois disso, mas isso foi tudo o que ele conseguiu entender. Era como se sua mente tivesse criado tudo o que ele desejava, suas lembranças de passar o tempo com Luigi, as breves cartas que trocaram e a recente discussão que tiveram e criaram algo... agradável.

Todas as suas fantasias, os meses em que esteve realmente junto com Luigi se tornaram realidade.

Mas era apenas isso, um sonho em sua cabeça, zombando dele do que nunca poderia acontecer. Nada sobre isso se tornaria realidade. Sim, Luigi o perdoou, mas isso só iria até certo ponto. Logicamente, o Reino do Cogumelo desviaria o nariz dele se descobrisse a verdade sobre seus sentimentos. Eles iriam rir ou correr aterrorizados. Porque alguém como Bowser não era digno do verdadeiro perdão. Não que ele pudesse realmente culpá-los. Afinal, ele era um monstro que cometeu crimes horríveis.

Não, a menos que ele mudasse para sempre. Essa foi a chave para ganhar o reino – e por procuração, a confiança de todos os outros. Seria uma tarefa difícil. Ser legal já era difícil, muito menos ser humilde e gentil como Luigi lhe dissera. Claro, ele adorava os filhos, mas ser legal com um bando de sapos covardes? Foi um pouco enjoativo pensar nisso. Foi ainda pior pensar em ser legal com Mario.

Então ele pensou em Luigi. Pelo menos valeria a pena para ele.

Era como se ele estivesse sendo puxado por uma corda invisível. O puxão da corda dizendo-lhe para ignorar o desejo de mudar, de recuar. Seria trair tudo o que aprendeu desde o dia em que nasceu. Ele deveria ser odiado, não admirado.

Talvez ele não precisasse ser completamente legal com todos. Apenas... cordial. Como qualquer governante deveria. Certamente isso constituiria um compromisso adequado.

Ele decidiu não se preocupar com isso. Em vez disso, ele recuou para a parte mais profunda e escura do seu castelo; onde estava seu tesouro. Seu tesouro era um lugar especial. Todos em seu reino sabiam disso, mas era proibido visitar qualquer pessoa. Foi onde ele guardou suas gemas, joias e pertences mais valiosos ao longo dos anos, alguns até foram transmitidos a ele por gerações anteriores de koopas.

E era exatamente onde ele iria guardar a carta de Luigi. Num local secreto onde ninguém ousaria encontrá-lo.

De certa forma, foi perfeito. Talvez o fato de ele ter olhado para aquilo ontem à noite tenha sido o que o fez sonhar com Luigi. Se ele não o tivesse por perto, isso não aconteceria novamente. Mas ainda estaria escondido.

Ao baixar o papel dobrado sobre uma pequena montanha de cristais, uma voz rouca falou.

"Admirando seu tesouro, eu vejo?"

"Rargh!" Bowser se virou e empurrou as portas da caverna para trás. "Kamek! Pare de fazer isso!" ele sibilou. “Você é tão assustador e irritante.”