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Capítulo novo reescrito!

Desculpa a demora para atualizar.

⚠️ALERTA DE GATILHO! VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E INSINUAÇÃO DE ABUSO!⚠️

Capítulo REVISADO! PORÉM, ainda pode haver erros! Perdão por quaisquer erros!

Boa leitura 💗 (Não se esqueça de botar e comentar! Assim me motiva a continuar!)

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"Paris não é um mar de rosas como fantasiamos. Mas é um bom lugar.
Tenho saudades de casa às vezes, mas não voltaria para Coreia.
A Coreia realmente existe?
Aqui é um lugar tão diferente, um novo mundo, literalmente.
Por que as pessoas colocam tantas expectativas em um lugar como este?
Bom, não quero lhe assustar com estes pensamentos ridículos, meu caro amigo.
Sonho com o dia no qual estaremos rindo em um restaurante comendo creme brulee e croissant.
Em minha última carta, eu havia lhe contato sobre este meu novo amor. Ah, mas como ele é perfeito. Consegui convencê-lo de morar comigo, já que ele estava dividindo apartamento com pessoas do teatro.
Teatro, você acredita? Ele é ator, e é um dos melhores. Você devia ver ele dançando e interpretando, é uma graça!
O abismo castanho de seus olhos me fascinam. Eu amo cada detalhe deste homem. Seus cabelos, suas curvas, seus lábios, seu sorriso. Simplesmente tudo.
Acredito que vocês seriam bons amigos, vocês tem personalidades parecidas!
Não vejo a hora de estar passeando por Paris com você Felix.

Espero que venha o mais rápido possível para Paris.

De seu velho amigo, Bang Chan."

As cartas de Bang sempre eram curtas, objetivas, nostalgicas, e continham pensamentos profundos e coisas do tipo. Era sempre bom ler essas cartas, parecia que sentia o cheiro de Paris. Após ler, sempre guardava - escondia - em uma caixa. Esta que ficava escondida em um buraco que era tampado com um piso solto - algo clichê -, aquelas cartas eram seu tesouro, não ousaria jamais perde-las.

A semana de paz estava acabando. Os dias, as horas, os minutos e os segundos se tornaram contados. Se sua consciência não o atormentasse tanto, ele fugiria agora mesmo.

A mala que nunca teve coragem de desfazer, ainda estava cheia de roupas. Aquilo era seu grito de rebelião contra o pai.

Há um ano atrás, ele estava prestes a fugir. Por um erro de cálculo, seu pai chegou antes do esperado. Aquela surra... Felix nunca ia se esquecer. A culpa fazia seu estômago revirar. Sua mãe havia apanhado por causa de sua rebelião.

Felix não se importava de apanhar, mas ver sua mãe apanhando... Aquilo era a pior coisa do mundo. Lhe partia o coração saber que na maioria das vezes, ela apanhava por sua causa.

Não era justo. Mas afinal, o que no mundo é justo? Justiça não passa de um ilusão.

Felix aproveitava a doce paisagem da manhã que via de sua janela. O mundo era impuro, violento e injusto. Mas era belo. Muito belo.

Era admirável como o garoto conseguia ver beleza em cada coisa. As vezes, até em pessoas. Ele conseguia ver o melhor em cada um. Era uma pena que não conseguisse ver o melhor em si mesmo.

- Felix? - A garota bateu na porta.

- Oi Oli! - Sorriu virando o rosto para vê-la. - Algum problema?

Querida Paris °•Hyunlix•°Onde histórias criam vida. Descubra agora