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Capítulo NÃO revisado! Perdão por quaisquers erros.

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Boa leitura 💗

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Uma coisa que sempre lhe chateou: o sol ainda nascerá no dia seguinte. Você estando aqui ou não.

Hyunjin sempre foi um homem muito "peculiar" para sua "família".

Exato, "família", aquelas pessoas não eram sua família. Mas isso é uma situação para um futuro próximo.

Mas afinal, quem era Hwang Hyunjin? Bom, o pintor também gostaria de saber quem ele mesmo era. Viver uma vida da qual ele sempre foi uma farsa era a pior coisa do mundo. Ainda não se reconhecia quando olhava no espelho. A propósito, ele odiava o que via no espelho.

Sentir-se um fardo na vida dos outros, lhe gerava muito estresse. Sentia que atrapalhava a vida de quem estava ao seu redor.

Ser como ele era na década de sessenta, não era lá o mais recomendável. Ele fazia parte da "escória humana". A "doença" e o pecado o tornavam impuro.

Obviamente, não contava para ninguém sobre isso. Ninguém além de seu amigo que era como um pai para si; Kim Hongjoong.
Hyunjin tinha muita sorte por ter o mais velho por perto. Alguém como ele.

Se sentir parte da escória humana em meados de mil novecentos e sessenta, em poucas palavras, era uma merda. O pintor na maioria das vezes não sabia como agir ou reagir diante de certas situações consideradas perigosas para sua estadia na terra.

Talvez, seguir o fluxo da vida, não seja a palavra apropriada para a situação, mas, era o que era. Apenas o automático.

O jovem havia ido para Paris depois de um certo incidente enquanto morava no Japão. Depois que o Japão quis "mostrar seu poder" e começou a atacar os países vizinhos - China, Coreia, Tailândia e etc - tudo desmoronou para o pobre Hyunjin que nem era vivo.

Ele poderia ter sido uma criança coreana normal, em um lugar normal para si. Mas acabou virando um forasteiro em um país desconhecido, onde pessoas eram completamente xenofobicas com ele.

Sua mãe foi mais uma das garotinhas raptadas por simplesmente estar no lugar, e na hora errada. Na época, a garota era apenas uma criança de seis anos vivendo os anos de 1935 normalmente. Engravidou de Hyunjin em meados de 1944, com ele nascendo em 1945, anos antes do acontecimento de Hiroshima e Nagasaki.

Pagar pelas consequências de algo que não havia feito, isso era como uma ferida aberta que mesmo cuidando direitinho, nunca fechava ou melhorava. Como se tivesse infeccionado.

Com o tempo, a gente só aprende a ignorar a dor. "O corpo humano é capaz de se adaptar até ao enforcamento" diziam os especialistas do século dezenove. A vida de Hyunjin não seria fácil em lugar nenhum, nunca.

Mesmo assim, estava ele tentando ao máximo viver. Ou melhor, sobreviver. Ele tinha um apartamento próximo ao rio Sena na Rue François Mitterrand. Era um bom lugar para se viver, já que era bem próximo do coração de Paris.

Fumava seu cigarro enquanto olhava as pessoas indo e vindo pela sua sacada. Tragar o relaxava, sentir a nicotina - com algumas outras substâncias - entrando pela sua boca e invadindo os seus pulmões, era uma sensação relaxante.

Vivia de sua arte, pintava quadros, fotografava, e de vez em quando, escrevia poemas e os postava anonimamente nos jornais. Ah, e é claro, também ia para festas. Ah sim, as festas. Era um ambiente caótico, porém, o desestressava a medida que o álcool entrava em contato com sua corrente sanguínea.

Querida Paris °•Hyunlix•°Onde histórias criam vida. Descubra agora