Acho que já devo ter falado muito sobre saudade. Mas uma palavra que só existe na minha língua merece ser traduzida em sentimentos e sentimentos em mais palavras
Sobre a minha saudade, minha saudade tem nome, sobrenome e uma grande facilidade em me fazer feliz.
A minha saudade mora no meu coração e é quentinha, queria proteger minha saudade do mundo, segurar e pegar pra mim todas as dores e aflições, não consigo ver sofrer sem sofrer junto, não consigo ver inseguro sem ficar insegura também.
Eu tenho saudade, mas não é só da pessoa, mas de tudo. Mesmo estando do lado, tenho saudade de segurar na mão, de tocar sem medo, de amar sem medo. Tudo isso porque não posso fazer essas coisas. Se soubesse disso teria aproveitado muito mais os beijos, os abraços e as caricias. Não que eu não tenha aproveitado o máximo dessas coisas, mas estou em abstinência.
A saudade é quase como uma tortura, machuca e sufoca. Da vontade de sair correndo gritando, como se isso fosse bastar pra colocar toda essa saudade pra fora, mas não basta. Eu gritei, eu chorei, eu implorei pra esse sentimento de falta sem fim sair do meu corpo. Mas ele continua aqui e só tem um jeito de sair. Todos sabem qual é.
Eu tenho algumas diferentes saudades.
Umas são de pessoas especiais que me amam e que estão sempre comigo, só não no mesmo lugar. Uma visita resolve.
Umas são de perdas que não posso mais recuperar, alguns motivos são mortes, outros são apenas por cansar de sofrer. Nada resolve, mas passa.
Uma é aquela que todos sabem qual é, já citada há alguns parágrafos, essa está a 12 km de mim, e arde no peito. Essa eu atravessaria qualquer distância pra acabar com a saudade. Mas eu não posso.
Me sinto presa em duvida e tudo o que me resta é esperar. Mas eu ainda vou amar esperar desde que volte pra mim, pra nunca mais me deixar com saudade de novo.
Eu te amo, minha saudade.
