Esse é sobre mim.
Não que os outros não sejam também, mas esse é diferente.
Eu não sei muito o que dizer na verdade. Não tive um surto de sentimentos ou criatividade que precisavam ser colocados pra fora. Não, não.
Nesse momento sou só eu falando coisas que estão aparecendo na minha mente. Esses geralmente não são os textos mais interessantes, mas tem seu valor.
Eu me sinto presa. Presa num estado que não queria estar. De todas as maneiras que não gostaria de estar. Com tantas coisas passando pela minha cabeça, expectativa, medo de me frustrar, medo de não dar conta, muitas coisas que nem minha psicóloga sabe ainda. Coisas que eu não sei explicar porque sinto ou até mesmo o que são ao certo. Expectativa do que, medo de me frustrar com o que, medo de não dar conta de que?
Não sei.
São perguntas que estão sem resposta. Sentimentos sem muita explicação.
Mas sempre tenho medo. De praticamente tudo. Não consigo evitar, tento colocar na minha cabeça que sou corajosa e tudo isso. Mas minha mente não aceita. Pelo menos não vindos de mim.
Me disseram há 3 dias que eu estava diferente, bem, com uma aparência melhor e mais tranquila. Mas agora já não tenho certeza, e não sei o motivo por trás disso. Pode ser só eu ficando maluca por algum motivo desconhecido.
Mas eu realmente não sei.
Tenho objetivos, metas e vontades na minha cabeça. Mas não consigo realizar nada. Me culpo.
Falando em culpa, em uma das minhas consultas com a psicóloga falamos de culpa. Não sobre a minha, mas a da minha mãe em relação a minha criação, sobre eu ter medo de ela achar que tem culpa por todos os transtornos na minha cabeça.
Me sinto culpada, por tudo, até pelas coisas que já passaram e que não existem mais consequências. Não guardo rancor ou qualquer coisa que fazem pra mim, mas quando se trata das coisas que fiz, até coisas minúsculas são motivos de insônia.
Eu só estou esperando pela próxima noite que vai ser virada pela ansiedade e pela culpa.