Capítulo com 3.400 palavras. ATENÇÃO NOVOS LEITORES, ESTÁ VERSÃO É A VERSÃO REVISADO DESTE CAPÍTULO QUE HAVIA SIDO PUBLICADO NO DIA 04/03/2023.
CAPÍTULO 1 - YOUR DEVIL EYES
TENENTE APOLLO SMITH
"Pi..." — Acordei ouvindo o despertador berrar na minha cabeça, bastante atordoada. Não costumo ter medo de nada, mas confesso que desde que começamos a trabalhar naquele meteorito que orbita a terra há dois meses, as coisas têm estado estranhas.
Para começar, tenho tido dores de cabeça constantes, muita sede e minha visão que era saudável, tem se tornado turva em momentos inoportunos. Quando decidiram enviar uma equipe de sondagem, nos prepararam para caso houvesse radiação naquele detrito, mas como um profissional em engenharia nuclear, notei, após alguns testes, que não era o caso.
Com muito esforço, uma sonda, através de raspagens, coletou material da rocha. Como já suspeitávamos, além de ser um elemento desconhecido, não parecia ter níveis de nocividade à nossa saúde. Repito, até então, "mil graus".
Trabalhamos nele por dois dias e logo retornamos. A missão de identificação foi um sucesso; o meteorito era enorme e parecia um satélite natural. Foi uma festa quando retornamos à base. E não digo isso apenas no sentido literal; realmente houve uma festa. E é aí que comecei a surtar.
Sonhos estranhos me assombravam todas as noites desde então. Sempre me vejo diante de uma caverna ainda fardado. Quando estou prestes a entrar, hesito, mas tentáculos pretos me agarram me levando para a escuridão. A princípio, eles apenas me pressionaram contra a parede, mas depois, começaram a explorar meu corpo, rastejando em minha pele, esfregando minhas zonas erógenas.
Acordei de pau duro todos os dias, babando de tesão. No início, eu fiquei irritado, mas com o decorrer dos dias e os picos de calor, o simples fato de pensar naqueles tentáculos se esfregando em mim, sugando meu prazer, me fez desejar dormir todas as noites, cada vez mais cedo.
Comecei a me entregar às sensações, e quando dei por mim, estava deixando que tirasse minha roupa, me posicionando para receber suas carícias.
Na primeira vez que permiti seus avanços receosos, ele rasgou meu zíper impacientemente, meu pau latejava saltando para fora, onde era acarinhado até me fazer revirar os olhos, então, ele me engolia em seu coletor, uma espécie de boca que se formava na ponta do tentáculo, me sugando e babando um líquido quente e sedutor.
Com o tempo, fui pegando confiança, deixando-o livre para me explorar. Seus tentáculos nunca me penetravam, mas esfregavam, "lambiam", me faziam urrar de tesão, me contorcer de desejo. Logo, comecei a amanhecer todo melado, como um adolescente na puberdade.
Me envergonhei? Sim, mas sempre que eu abria meus olhos, meu cachorro parecia não ter percebido nada anormal e dormia feito pedra.
Nunca vi, de fato, o corpo por trás daqueles tentáculos famintos e bizarramente atraentes. O brilho esverdeado que refletia das ventosas, sempre que aquela coisa estava excitada, me encantava, me hipnotizava.
Ouvi uma espécie de miado de reclamação que já conhecia bem e virei de lado para desligar o barulho infernal do despertador. E estendendo o braço, dei um tapa forte naquele objeto retrógrado que consegui em uma loja de souvenires; um antigo rádio relógio sem botões. Amo antiguidades, mas essa em particular me fez pular como criança, embora ainda não tenha tido tempo para consertar.
Peter, meu cachorro, um pastor alemão que levo comigo por todo canto, ama dormir tanto quanto eu, mas eu tenho certeza de que se fizermos uma competição, esse marginal ganha de mim, já que na maioria das vezes sou arrastado por suas manhas para fazer companhia em uma soneca pós-almoço.
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I Can't Stop [DEGUSTAÇÃO]
Ficção CientíficaPara o Tenente Apollo Smith, formado em engenharia Nuclear aos trinta e cinco anos, sua vida estava começando a voltar aos trilhos, após um incidente que quase custou sua vida. Ele só não esperava encontrar em seu caminho o estranho Doutor Gunnar, u...