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Corro pela sala, fugindo do Bob. Ele quer roubar o meu empadão. Eu até poderia dar um pedacinho, mas ele já comeu o dele.

— Para, porra! — Falo rindo, me jogando no sofá. Ele desiste e se senta ao meu lado, rindo também.

Bem, vou contar como tudo começou. Meu nome é Sam. Eu nasci no Rio de Janeiro, mas atualmente moro com meus pais em São Paulo. Meu pai é o dono de uma empresa de carros e a minha mãe é dermatologista. Eu sou filha única, então sempre fui muito mimada pelos meus pais. Não que eu tenha crescido mimada, mas nunca me faltou nada.

Meus pais, sempre foram muito conhecidos pela suas profissões. Minha mãe conhece muitas pessoas e um dia ela conheceu a Deyse, esposa do Bob. Deyse passou a frequentar o consultório da minha mãe e elas viram amigas, fazendo com que meu pai também virasse amigo de Bob. Em menos de 1 ano, já viramos muito próximos. Bob se tornou o meu "padrinho" e minha mãe se tornou a "madrinha" de Crystal Alice, a filha dele.

Crystal corre e se joga por cima de mim, quase me fazendo derrubar o empadão. Eu abraço ela e, aos poucos, paramos de rir.

— Mas agora é sério, seu empadão é o melhor, tia Deyse! — falo alto, para a mulher que estava na cozinha.
— Obrigada, minha linda! — ela responde.

Bob liga a TV, escolhendo alguma série para maratonarmos. A chuva bate na janela com força por causa do vento, já que estávamos em um dos andares mais altos do prédio. Iríamos fazer um cineminha em casa mesmo. Faço carinho na cabeça de Crystal, que estava deitada do meu lado, e puxo a coberta mais para cima para cobrir ela.

— Sério, cara. — Falo, chamando a atenção de Bob - Por que me chamou aqui?
— Espera, cara. — ele fala rindo — Você vai gostar da surpresa. — ele diz e eu reviro o olho. Deyse entra na sala com uma vasilha de empadão.
— Será vai dar para todo mundo? — ela pergunta e eu faço uma careta.
— Acho que não vamos comer isso tudo. — falo. Ela faz uma careta de volta.
— É para... — Bob tosse e Deyse parece lembrar de algo. — Esquece, qualquer coisa a gente pede uma pizza. — ela diz indo para a cozinha, me deixando confusa. Olho para Bob e ele dá os ombros. Crystal, ainda abraçada comigo, me balança.
— Sabe, você tá muito bonita — ela diz e eu sorrio — Mas essas olheiras... — ela diz e ri me fazendo arregalar os olhos e abrir a boca. Bob gargalha do nosso lado e eu bato nele, brincando. — Vamos! — Crystal se levanta num pulo — Vamos no meu quarto passar um corretivo aí! — ela diz me puxando. Eu reclamo, mas deixo ela me levar.

Andamos até o seu quarto e ela acende a luz, revelando o seu quarto rosa. Ela volta a me puxar, me levando para a sua penteadeira. Ela me coloca sentada e abre sua gaveta, revelando suas maquiagens.

— Vamos começar! — ela diz animada.

[...]

Crystal se afasta e coloca a mão na cintura, observando o seu trabalho.

— Ficou ótimo! — ela diz e bate palmas animada. Eu sorrio.
— Posso finalmente ver? — pergunto.
— Pode, pode. — ela diz e eu giro a cadeira, me virando para o espelho. Ela tinha apenas passado uma base e corretivo.
— Ficou lindo! — falo, fazendo um coque. Por sorte já estava com baby hair, então não precisava fazer muita coisa. Eu tiro uma foto.

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𝘗𝘳𝘪𝘯𝘤𝘦𝘴𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘥𝘢 𝘈𝘭𝘥𝘦𝘪𝘢 Onde histórias criam vida. Descubra agora