farfalle

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eu e elio estávamos caminhando pelos campos, quando de repente eu vejo uma casa de árvore velha, parecia abandonada

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eu e elio estávamos caminhando pelos campos, quando de repente eu vejo uma casa de árvore velha, parecia abandonada.

"elio?" eu sorri animada, me perguntando se era realmente esse o lugar especial.

ele sorriu e assentiu, indicando que era o tal lugar secreto.

"dio mio!" gritei, correndo até a casa super animada como uma criança.

subimos as escadas e entramos na casa.

"por que nunca trouxe ninguém aqui?" eu perguntei e ele subiu os ombros.

"aqui é meu segundo lar desde pequeno" dizia nostálgico

"como você nunca trouxe marzia aqui?" perguntei a ele.

"espera..." elio se aproximou de mim "por que sempre quer saber de marzia?" ele me perguntou

"que? que mentira, elio" entrei na defensiva

"primeiro me perguntou se eu estava com ciúme dela. depois me perguntou se já trouxe ou traria ela aqui" elio descreveu cada fala minha.

"ah, eu, eu não sei" me envergonhei "ela me contou sobre vocês dois, sabe? o passado" eu abaixei minha cabeça.

"siena, isso é passado" elio suspirou, parece que não gostava da menção "eu não gosto mais dela"

"por que se separaram?" eu perguntei e ele se senta no chão, onde tinha um tapete, me juntei a ele e deitei minha cabeça em seu ombro

"somos diferentes demais. não tínhamos conexão alguma, parecia algo superficial" ele dizia "mas ela não é como antes, sabe, assim superficial"

"você..." eu queria saber como perguntar aquilo sem ser indelicada "esquece"

"fala, siena" elio segurou meu rosto com um toque delicado

"voltaria com ela?" eu brincava com seus dedos esperando uma resposta dele, mas já imaginava uma.

"não" respondeu, me olhando profundamente, às vezes, quando me olha desta forma, sinto que minha alma saí do meu corpo. eu não sei explicar essa sensação, meu estômago fica frio.

"como eu me tornei uma pessoa tão importante em tão pouco tempo?" perguntei "e como você me trouxe aqui como se eu fosse mais importante que marzia? vocês são amigos desde a infância" eu o perguntei, tentando olhar para ele, mas aquilo me matava lentamente.

"essas coisas não são sobre o tempo" elio me respondeu "acho que essas coisas são sobre o que a pessoa pode estar disposta a fazer ou, sobre o que a pessoa fez e faz por você. eu não sei, talvez sobre conexão?"

ficamos calados por um tempinho que acabamos dormindo ali mesmo. era confortável, ninguém podia nos impedir.

quando eu acordei, me assustei com tamanha escuridão, mas a lua estava tão forte e clara que consegui enxergar ao menos elio.

"ei, elio" chamei ele, qual acordou na hora "devíamos ir"

"não, vamos ficar mais um pouco" elio susurrou, abrindo seus olhos.

"está tarde" olhei para a lua.

elio não disse mais nada, então o balancei. nada adiantou, elio apenas me puxou para perto. muito perto.

"elio" susurrei e ele finalmente abriu seus olhos "por favor, nossos pais vão se preocupar" eu disse preocupada.

"espere, que barulho é esse?" elio perguntou e foquei em tentar ouvir, mas não havia nada, olhei para elio e lá estava ele fechando os olhos

"sei stupido!" bati nele e ele se sentou novamente, revirando os olhos.

"está bem!" resmungou "espera..." ele começou a pensar "eles disseram que iriam para a cidade vizinha passar a noite, lembra?" elio contou.

"sério?" perguntei "não lembrava disso"

"sim, sim. agora volte a dormir" elio me deitou delicadamente, me dando beijos em meu rosto e depois em minhas mãos "ah, agora estou sem sono" comentou.

"está me culpando?" perguntei entendiada e ele assentiu "bom, esse não é meu problema"

"ei, vamos jogar verdade ou... verdade?" elio surgiu com a pergunta do nada e apenas assenti.

"quem começa?" perguntei ao garoto e ele apenas apontou para ele mesmo.

"você... já namorou alguém?" elio me perguntou e neguei com minha cabeça "sério?" perguntou desacreditado e apenas disse que sim.

"você... ainda gosta de marzia?" perguntei mais uma vez, sem nenhuma criatividade.

"dio mio! no" elio respondeu de saco cheio, fazendo com que eu desse uma risada "hm... você ficaria com vincenzo?" elio surgiu com o garoto de repente.

"não" respondi estranhando suas perguntas "você... já ficou com outras pessoas além de marzia?" perguntei a ele, sentindo uma provável resposta.

"não. marzia foi meu primeiro beijo e meu último" elio respondeu, o que claramente me chocou "e você... quantas pessoas ficou?"

suspirei em um ar pesado, sentindo meu coração pular pela boca, como eu responderia que eu, uma adolescente de dezesseis anos, nunca beijou ninguém?

"espera..." elio parecia adivinhar aos poucos "sério?" ele me perguntou com um sorriso em seu rosto.

"não ria de mim, elio" revirei os meus olhos envergonhada.

"não estou rindo, apenas surpreso" ele fala, com suas sombrancelhas altas

"por que surpreso?" perguntei ao garoto, esperando uma resposta. achei que fosse óbvio pela minha cara e pela minha personalidade.

"porque você é linda" elio disse, dando mais um daqueles olhares.

"você irá me fazer ficar vermelha" eu disse irônica.

"mesmo?" elio perguntou e senti mais um daqueles frios na barriga.

"elio, estou com sono" eu fingi bocejar e me virei, mas ainda sentia seu olhar cair sobre mim.

seus braços abraçam o meu corpo e foi aí que me surgiu um pensamento.

ou talvez eu esteja sendo boba.

mas toda vez que ele me abraça, sinto que ainda não é o suficiente.

quando eu vejo ele de manhã, eu meu coração bater mais rápido.

quando ele me olha, sinto um frio na barriga, como se eu ficasse tão vulnerável de repente, tão sensível.

e quando ele sorri para mim, sinto um calor, como se aquele sorriso estivesse me abraçando, me mantendo em pé.

ele simplesmente me faz esquecer de tudo.

e eu só penso nele. em cada detalhe do meu dia eu penso nele. cada momento, cada segundo.

um dia sem ele e eu me sinto vazia. é como se ele me completasse.

TURN YOUR LIGHT ON | elio perlman,,Onde histórias criam vida. Descubra agora