Harry esperou pela mordida,mas ela não veio.
Nem mesmo uma única dor além da que sentia em seu tornozelo.
Abrindo seus olhos lentamente, ele piscou ao não encontrar mais o lobo ruivo apenas o belo verde que enfeitava a floresta.
Engolindo em seco sentindo o coração acelerado,ele ouviu um rosnado ao mesmo tempo de um choramingo que se transformou em um gemido doloroso logo tudo ficando em silêncio.
Harry ficou tenso ao que ouviu passos se aproximando de si logo tendo vislumbre da silhueta de Tom carregando uma cabeça.
Suas mãos estavam banhadas de sangue que se perpetuava até um pouco da barriga.
Quando ele levantou seu olhar,pode ver os olhos furiosos do vampiro que o encarou.
O preto dominava a parte branca e suas pupilas eram um completo escarlate vibrante,a intensidade do olhar era tão forte que parecia que ele queria investigar sua alma como um investigador procurando provas do crime.
Harry ofegou com aquilo.
"Tom..." Murmurrou ele.
Ele viu o vampiro jogar a cabeça para longe e se abaixar fixando de joelhos.
"Se machucou? Ela encostou em você?" Perguntou Tom seriamente
Harry estava hipnotizado naquele olhar assassino.
Aquele olhar parecia pronto para matar qualquer um sem dó,sem piedade e deixava o humano totalmente sem folego.
"Harry?" Chamou Tom.
Em um movimento,o humano puxou o vampiro selando ambos os lábios em um beijo afoito como se precisasse daquilo para viver.
Tom ficou surpreso por um momento pelo beijo repentino e até chegou a tentar afastá-lo porém logo cedeu ao que o humano pediu passagem de língua.
Ele segurou firme na cintura do humano que suspirou puxando seus fios na nuca em um desejo de tornar aquilo mais profundo possível.
Afinal ele quase morreu,então tinha esse direito.
Harry só se separou quando a falta de ar se tornou desesperadamente precisa.
Tom o encarou por um momento antes de puxa-lo novamente para um beijo mais calmo.
Ambos se encararam profundamente assim que se afastaram.
"Eu torci meu tornozelo." Murmurrou Harry." E tá doendo para caramba."
Tom riu nasalmente com aquilo.
Harry e seus comentarios.
"Espero que você não mude seu humor quando virar vampiro." Disse Tom.
"É claro que não,imagine o tanto que seria chato sem os meus doces comentários fora de hora." Comentou Harry.
"Seria terrível." Concordou Tom.
Ele o pegou no colo e Harry suspirou cansado.
"Não demorará muito meu noivo,logo isso se tornará apenas lembrança." Disse Tom. "Eu garanto que depois que eu te transformar,não precisará se preocupar com esse tipo de coisa."
Harry sorriu para ele.
"Esmeralda!" Exclamou Eldora assim que o viu.
Tom o colocou com cuidado no chão e logo todos se aproximaram.
Eldora o abraçou com força como se precisasse ter certeza de que ele estava bem.
"Eu tô bem Dora." Tranquilizou ele." Mas acabei deixando para trás a mochila com as frutinhas."
A loba negou com a cabeça.
"Não importa,o importante é que está bem." Murmurrou ela." Fiquei com medo de te perder esmeralda."
Harry sorriu com isso e acariciou os cachinhos dela enquanto via Lorie Ju tô de Hunter se aproximar.
"Você viu como era o lobo?" Perguntou Lorie.
"Ruivo." Disse Harry. "Cheio de cicatrizes."
Ambos os lobos se encararam com isso.
"Era aquela velha ." Disparou Tom. "Ela tentou matar o Harry não se importando se tinha uma criança com ele."
Lorie arregalou os olhos com isso.
"Eu não acredito nisso." Murmurrou ela.
"Então cadê ela? Pelo que sei eu não estou lunático ao ponto de ver coisas." Disparou Tom." Ela tentou matar Harry e isso é um fato. Se te dúvidas,vá até a floresta que lá terá uma bela cabeça te esperando."
"Você matou ela?" Questionou Hunter.
"Preferiria ele morto?" Questionou Tom. "Pois eu não prefiro."
Uma tensão criou entre os três que não parecia que era de agora.
"Chega vocês!" Exclamou Harry seriamente." Esqueceram que tem uma criança conosco? Ela não precisa saber dessas atrocidades não. Há poupem de ter pesadelos de noite."
Os três desviaram o olhar com isso e o humano desceu Eldora dando um sorriso para ela.
"Eu estou bem ok? Não se preocupe mais." Falou ele." Agora vá para seu pai,você teve uma manhã agitada demais."
Eldora assentiu e caminhou na direção do pai o dando tchauzinho.
Harry suspirou com aquilo e olhou seriamente para os três.
"O que foi hein? Que diabos foi isso que aconteceu?" Questionou Harry.
"Não é nada que precise se preocupar." Falou Hunter.
"Na verdade eu preciso ou esqueceu que agora faço parte desse mundo." Disparou Harry.
"Na verdade você foi jogado nesse mundo sem livre escolha então." Retrucou Hunter.
Harry o encarou seriamente.
"Não importa a forma que entrei lobo,eu faço parte e tenho direito de saber o que esta acontecendo." Disse cruzando os braços.
"Você é apenas um humano." Apontou ele.
"A minha condição humana não tem nada a ver com isso." Disse." Não é porque sou um mortal que posso facilmente morrer que tenho que ficar alienado das coisas."
Harry encarou Lorie que o olhava seriamente.
"Harry você passou por muita coisa hoje,talvez precise descansar." Comentou.
Harry contraiu a mandíbula sentindo seus nervos aflorarem.
"Não me trate como uma criança Griffin!" Exclamou ele." Eu sei muito bem o que eu passei."
Ele tomou um fôlego para se acalmar.
"Vou ir para o quarto." Disse ele.
"Quer ajuda?" Perguntou Tom.
"Quero."
Tom assentiu e colocou um braço dele em volta do seu pescoço o ajudando a andar.
Ele sabia que Harry não aceitaria ser carregado quando estava irritado,ele disse que isso o deixava mais nervoso.
Tudo estava conforme seu plano.
Ele precisaria que aquele grupo entrasse em conflito para que assim tivesse a chance de por suas mãos no humano.
Tendo ele sozinho,poderia facilmente manipular os pensamentos dele e o fazer ir a floresta sozinho.
Assim poderia o levar até Casper e receber sua doce e adorável recompensa.
Aquela velha foi apenas uma diversão,agora precisava encontrar uma vítima a altura e pode sentir a hostilidade daquele lobo com o vampiro.
Isso seria perfeito para seu objetivo.
Constantine sorriu com o plano que teve.
Era hora de trabalhar.
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Livro 1: Nas Mãos Do Vampiro.
FanfictionTrilogia Nas mãos do vampiro. Acusado injustamente de matar seu melhor amigo,Harry foi obrigado a ir para um reformatório determinado pela justiça por ainda ser menor de idade. Apesar do incentivo de seus pais,ele não se sentia tão confortável sabe...