Love Song: a TimCon Story.

01, Have you never heard Nirvana?

Os eventos que trouxe para essa história estão permeando até a terceira temporada de Young Justice (Justiça Jovem), então, fiquem avisados que podem conter spoilers da animação.

Espero que possam curtir e se divertir tanto quanto ele foi pra mim enquanto escrevia.

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A primeira vez que beijei o homem que amo foi em um momento em que todos estavam envoltos em um mar de sentimentos, mas não foi a primeira vez em que acabamos envolvidos em algo que poderia nos levar a uma relação mais íntima. Entretanto, entre todos eles, há outro que se destaca em minha mente, como as peças chamativas de um quebra-cabeças...

O grupo tinha aumentado. Cinco anos depois que a formação original da Justiça Jovem ajudou a salvar o mundo, o grupo ganhou diversos acréscimos que foram muito bem-vindos enquanto outros iam e vinham. Um desses novos integrantes era o novo Robin do Batman, já que Dick Grayson tinha passado o manto e começava a lutar contra o crime sob a alcunha de Asa Noturna.

Como protegido do Batman, todos o conheciam apenas como Robin, os poucos membros originais sabiam até mesmo a verdadeira identidade do Asa Noturna, então até aquele momento Conner Kent não fazia ideia de quem estava por trás da máscara do novo Robin.

Mas ele descobriu de uma maneira que não esperava. Era tarde da noite, Robin, o Lobo e ele tinham chegado de uma pequena missão na cidade, algo fácil de resolver para eles, mas que os mergulhou em uma camada de poeira. De volta no Monte da Justiça, fizeram o reporte da missão e depois disso se separaram indo cada um para seu quarto.

Tomou um banho demorado, porém, ao deitar na cama não conseguiu dormir, por isso fez o que normalmente fazia em situações como essa: saiu caminhando por aí. A mente foi invadida por diversos pensamentos e momentos que aconteceram não só durante aquele dia, mas na semana também, só que Conner os forçou a ficarem distantes, limpando a mente e colocando as mãos nos bolsos da calça de moletom enquanto seguia o mais silencioso possível pelo corredor dos quartos.

Subiu até o andar mais alto do Monte, havia lá uma sala que normalmente não era usada, era semelhante a uma sala de aula, dez ou quinze carteiras estavam distribuídas no espaço, havia uma mesa na frente ao lado de uma lousa grande. Fora isso, o que mais encantava era a vista — pelo menos para Conner. As janelas grandes ocupavam toda a parede à esquerda da sala, dando vista para a baía e a cidade, o mar infinito se unindo ao céu noturno na linha do horizonte.

Mas naquele dia teve uma surpresa ao encontrar, naquele horário, outra pessoa já ocupando a sala e não era qualquer um. Era Robin, usando um conjunto de calça de moletom com uma camiseta da Nirvana e no lugar onde deveria estar a máscara ou pelo menos os óculos escuros, estava os olhos que ninguém ali além de Dick havia visto.

Conner percebeu que o outro deveria estar imerso em algum pensamento profundo, pois não notou sua presença de imediato (Dick diria que aquele era um erro fatal para um Robin), os olhos de cílios grandes e íris azuis pareciam distantes.

O analisou rapidamente, não era a primeira vez que se pegava observando Robin dessa maneira e cada vez mais percebia que a maneira como se sentia com relação a isso o lembrava de como observava M'gann no início do relacionamento deles, relacionamento esse que não existia mais...

— Conner? — Escutou seu nome ser chamado e viu que tinha ficado observando o outro feito um idiota, Robin se apressou em colocar os óculos e levantar da mesa que havia arrastado para perto da janela, claramente agitado por ter tido sua identidade revelada de maneira tão imprudente.