05, Into my arms.

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Espero que possam curtir e se divertir tanto quanto ele foi pra mim enquanto escrevia.

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E aqui estou eu prestes a ser levado ao altar para casar com o homem que amo e uma música na cabeça. Consegui, finalmente, escolher e acredito que não poderia haver melhor.

Estão batendo na porta, sei quem é, Jonathan Kent, meu pai adotivo, ele quem vai me levar ao altar junto de Martha, minha mãe adotiva e sua esposa de décadas. Quando olho a felicidade deles não sinto mais que busco isso na vida, afinal, encontrei a pessoa com quem não me importaria de passar décadas ao lado, de envelhecer mesmo a minha maneira junto.

De pé, caminhei até a porta e abri, encontrando o sorriso gentil de Jonathan ou pai, como ele gostava que eu o chamasse. Ele estava vestido em um terno azul-marinho, era um homem alto e endurecido pela vida de fazendeiro em Smallville, mas com um coração tão grande quanto o Rancho Kent, capaz de me amar mesmo sabendo a maneira como fui concebido. Sim, ele me amava, tinha certeza disso e isso era bom. Ter uma família: pais, irmão, cunhada, sobrinho e agora um marido.

Está na hora.

Ele disse, eu assenti, mais à frente estava Martha pronta para também me levar ao altar.


Clark foi o padrinho de Conner e os Kent o levaram ao altar como prometido. Tim teve como padrinho Dick e quem o levou ao altar foi Bruce — diferente da família Kent, os Drake não viam com bons olhos a vida de herói do filho e, para eles, a gota d'água foi ter o filho namorando e se casando com outro homem. Recusaram-se a participar disso e deixaram clara a desaprovação.

Tinha sido complicado e Conner sabia o quão pesado aquilo tudo foi para Tim, por mais que o Robin Vermelho fingisse ter superado toda a situação, era ele quem deitava na cama e o ouvia chorar em silêncio no meio da noite. Mas isso não acontecia há um tempo.

Fora um grande trabalho conseguir unir tantos heróis em um lugar só por tanto tempo, mas, por fim, tinham conseguido pelo menos os mais próximos, então tudo acabou funcionando dentro do que era esperado. Desde a cerimônia com a troca de alianças e os votos, até mesmo a celebração que veio em seguida onde todos aproveitavam da melhor comida de Gotham — segundo Alfred.

Então veio o momento pelo qual Conner penou durante todos esses dias em que relembrou momentos importantes para poder buscar neles a música perfeita para a primeira dança do casal.

— Por favor, me diga que não é Lithium. — Tim sussurrou para Conner enquanto começavam a andar em direção ao meio do salão onde deveriam iniciar a dança.

Conner riu baixo, mas sacudiu a cabeça em negação, segurando o marido pela mão e o conduzindo. Lindo, concluiu vendo o sorriso pequeno nos lábios enfeitar o rosto junto do olhar de um azul quase cristalino.

— Não é Lithium. — Desceu uma das mãos para a cintura de Tim e o puxou para junto de si, aproximando seus rostos e esbarrando seus narizes sem realmente se importar que toda atenção estivesse neles. — Mas ela é íntima demais e meio ruim pra dançar.

— Con...

— Precisava ser ela, se preciso te dizer algo através de uma música e dessa dança, tinha que ser ela. — Pontuou quando os primeiros acordes da música começaram e viu Tim abrir um sorriso gentil. Não um daqueles que dá quando está todo detetivesco desvendando um caso ou quando escuta uma das piadas sujas de Gar, era daquele pequeno e bonito, meio envergonhado, que só surgia entre eles ou quando alguém falava sobre os dois como um casal.

Love Song: a TimCon Story.Onde histórias criam vida. Descubra agora