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Pete tentava relaxar na sua banheira mas estava difícil, suas mãos ainda tremiam e por mais que não quisesse, lágrimas grossas caiam de seus olhos, a pele de sua bochecha tinha um leve relevo causado pelo tapa que Tay havia lhe dado em cheio

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Pete tentava relaxar na sua banheira mas estava difícil, suas mãos ainda tremiam e por mais que não quisesse, lágrimas grossas caiam de seus olhos, a pele de sua bochecha tinha um leve relevo causado pelo tapa que Tay havia lhe dado em cheio. Fazia um bom tempo que suas brigas com ele não resultavam em agressões físicas e essa só não terminou pior por Heart ter separado e seus pais estarem lá. O ômega sempre foi compreensivo e deixou passar muitas vezes as grosserias do irmão, sabia que seus pais sempre o colocavam em primeiro plano ‒ por mais que Tay estivesse ocupando esse lugar agora ‒ e por isso relevava muito do que ele dizia, por se sentir culpado pela forma péssima que seus pais os educaram. Mas Pete estava cansado, não queria e nem podia mais aturar esse tipo de comportamento tão infantil vindo justamente do mais velho dos três, precisava fazer Tay compreender que ele nunca quis ser melhor que o irmão em nada, e que grande parte das brigas eram por coisas criadas na cabeça dele, ou causada por atitudes de outras pessoas, como foi o caso dessa.

O ômega não pediu para ser elogiado por Kan Theerapanyakul, não pediu que fosse contratado para a empresa antes mesmo dos papéis da venda da empresa de seus pais ficarem prontos, e o principal, não pediu para nascer ômega. Agora Tay estava com uma grande responsabilidade, precisava focar nisso e não criar teorias da conspiração sobre ele. Pete não faria nada para atrapalhar o seu casamento com Vegas, e se ele não compreendesse isso logo, Pete o faria compreender a força.

Sentiu um desconforto ao pensar no casamento, eram muitas camadas para lidar. Sabia que o irmão era tão necessitado de atenção por medo de Vegas acabar preferindo Pete, principalmente por saber que se o ômega não fosse tão rebelde em relação a casamento arranjado, quem estaria se casando agora seria ele e não Tay. Então a possibilidade de não só Vegas, como a família dele preferir Pete era algo que com certeza o irmão pensava. Assim, era doce, tentava bajular as pessoas e usava de artifícios como essências de ômega para se sentir menos inferiorizado pelo irmão do meio.

O que Tay não contava é que Vegas já tinha escolhido Pete antes dele aparecer, e o ômega estava tentando com todas as forças lidar com isso da melhor forma possível, e da forma mais responsável também. Porém, ele sabia bem o que sentia sempre que chegava perto do alfa, e sentia seu lobo cada vez mais o querer por perto, não sabia até quando deixaria a racionalidade estar acima dos seus instintos.

Se levantou da banheira e andou até o espelho, não se importando com as pequenas poças de água que se formavam no chão. Seu reflexo no espelho ainda parecia bastante cansado, sutis olheiras apareciam embaixo de seus olhos, mas o que estava analisando não eram as olheiras e sim as marcas de diversas tonalidades em seu corpo. A essa altura o cheiro de Vegas em si já estava quase sumindo, poderia andar sem os supressores na manhã seguinte, mas as marcas ainda estavam todas lá bem aparentes, a maior delas era a próxima a sua glândula de cheiro, onde Vegas o mordeu com mais força. Sentiu a pele arrepiar ao passar a ponta do indicador em cima, ele havia gostado muito de ser marcado daquela forma, o que era contraditório, mas Pete já havia passado dessa fase, sabia que tudo que envolvia Vegas Theeranpyakul era diferente, ainda não entendia o motivo, mas sabia, e principalmente sentia que tinha algo de diferente.

My Baby's Father - VegasPete ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora