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Pete continuou sem dizer uma palavra, mas aquelas palavras de conforto vindo de Vegas agitaram as borboletas em seu estômago e aqueceram o seu coração. Os encontros dos dois sempre foram regados a uma carga sexual muito alta, ter esse tipo de momento servia para que eles mesmos tivessem a certeza que a conexão que tinham era além de carnal.

Eles tinham se movido um pouco, Vegas os tinha levado até a pia, e sentado Pete na bancada ao lado da pia, estava um pouco confuso, Pete sempre foi bastante independente e decidido das coisas, o ver pela segunda vez tão frágil e dependente fazia o seu instinto protetor gritar. Ficaram ali bastante tempo, o ômega com o rosto enfiado em seu pescoço, enquanto ele alisava as suas costas e tentava acalmá-lo espalhando um pouco de feromônios.

— Melhor assim? — Vegas perguntou com a voz baixa.

— Sim, mas eu não quero que você vá embora. — Pete disse prendendo o corpo de Vegas junto ao seu com os braços e pernas. O alfa sorriu em seu ouvido.

— Virou um macaquinho agora? 

— Virei.

— Sweetie, você sabe que temos que ir.

— Não sei de nada, não ouço nada. — Pete segurou ele ainda mais forte.

— Okay, só mais cinco minutos. — Vegas disse pegando o rosto de Pete entre as mãos, Pete fazia um leve bico, completamente contrariado com a ideia de ter que sair do banheiro e voltar para o jantar. — Não faz essa cara, eu sinto vontade de te beijar.

— Beija. É só beijar. — Vegas riu mais uma vez e o beijou, sentiu automaticamente o corpo do ômega amolecer em seus braços e relaxar, daria tudo para pegar Pete em seus braços e sair daquele jantar tenebroso, mas ambos sabiam que não era possível, e alguém forçando a fechadura da porta os lembrou disso, voltando a realidade.

— E agora? — Pete perguntou com os olhos arregalados. Vegas fez sinal com o dedo para que ele calasse a boca e ouvisse o diálogo lá fora.

— Você viu o Vegas, Macau? — Tay pergunta. — Ele sumiu e não o encontro em lugar nenhum.

Vegas destranca a porta devagar deixando Pete ainda mais nervoso em cima da bancada tentando o impedir de abrir a porta. Tudo o que menos queria era um escândalo com a casa cheia de fotógrafos

— Acho que ele foi no quarto. — Macau respondeu abaixando o trinco mas não abrindo a porta ainda.

— Pode me dizer onde é?

— Desculpe, mas o Vegas não gosta que estranhos entrem no seu quarto.

— Eu não sou um estranho, sou o noivo dele.

— Ainda assim, espera ele lá embaixo, o Vegas não deve demorar.

— Heart você vai mesmo se sujeitar a esse papel de cachorro no cio?

— Vou, agradeceria muito se não nos atrapalhasse mais, não temos muito tempo. — Pete não estava vendo a cena, mas conseguia visualizar a cara de aborrecimento de Tay pela forma como ele bufou e saiu fazendo barulho com as botas.

Quando a porta abriu, Vegas havia acabado de colocar Pete no chão, suas mãos ainda estavam na cintura dele e Pete ainda segurava a camisa do alfa.

— Vocês dois riem da cara do perigo, não é? — Heart advertiu. — E se a gente não tivesse prestado atenção que o Tay estava vindo pra cá?

— A porta estava trancada. — Vegas respondeu trazendo Pete para frente e o abraçando por trás sem um pingo de vergonha.

— Você não conhece mesmo o Tay, né? Ele com certeza ficaria neurótico e esperaria a porta abrir.

My Baby's Father - VegasPete ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora