4 - A despedida

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Roma, Italia
19 de Janeiro de 2018
13:45 hr
Benjamin T. Barnes


Ainda não consigo acreditar no que fiz essa noite, mesmo com ela no banco do passageiro do carro de vidro fumê que me arranjaram, enquanto ela responde a pergunta que acabei de fazer: qual música italiana ela me recomendava ouvir primeiro.

- Qualquer uma do Toto! Lui è divino! (Ele é divino!)

E então ela seguiu me falando de outros cantores que também eram bons, sempre ressaltando Umberto Tozzi e Ricci e Poveri, os que eram seus favoritos. Mas enquanto ela falava desses nomes que nunca ouvi na minha vida, eu pensava em tudo que fiz, mais uma vez.

Vi Sienna e a amiga dela muito antes do que pensam. Eu estava em outro carro, no passageiro, atrás do motorista, quando ouvi duas moças cantando animadas, algo em seu idioma, enquanto o sinal estava fechado. Olhei pela janela e as vi, cantando e sorrindo, imediatamente me sentindo atraído pela beleza de Siena.

Quando a vi em meio aos fãs, um pouco mais tarde (já que minha parada no hotel havia sido muito rápida, apenas para deixar algumas coisas e pegar outra), não consegui desviar meus olhos dela, me concentrar ou ter noção do que eu fazia. Meu desejo tomou conta de mim e pedi ao segurança para a pedir para ficar.

No momento em que pedi, só fiquei ansioso para que ela aceitasse. Quando a vi no quarto, só pensei que saciaria minha vontade, meu desejo. "Apenas uma noite e será o suficiente" eu pensava. Mas agora vejo que estava enganado.

Siena era um absurdo! Não só por sua beleza e talentos na cama, dos quais eram muitos, mas também por sua inteligência e personalidade. Isso sem contar a paixão que ela tem por seu país e cidade. Ela é do tipo de mulher que uma noite nunca vai saciar a vontade de tê-la de novo.

Agora que a levo para a casa de sua amiga, olhando o GPS e sorrindo enquanto ela fala de uma música que começou a tocar na rádio, penso se verei ela outra vez. Talvez passe, seja só o calor do momento. Mas eu adoraria transar com ela mais uma vez.

- Oh Tozzi! Dio Mio! (Meu Deus!)

- Adoro quando fala em italiano. - Disse sincero.

- E mi piace quando sorridi mentre mi scopi. (E eu adoro quando você sorri enquanto me fode).

- O que disse?

- Disse que adoro seu sorriso.

Sorri imediatamente. Então ela começou a cantar a música, de forma doce e fofa, olhando pelo vidro fechado, as ruas de Roma. Não levou muito tempo para que a gente chegasse no endereço da amiga dela, e eu tivesse que infelizmente me separar dela.

Claro que antes que ela partisse, eu a beijei. De início um beijo calmo e tranquilo, mas aos poucos foi aumentando para algo mais firme e bruto. Antes que eu a puxasse para o meu colo, me separei dela, sorrindo e dando um selinho nela, antes de me despedir.

- Foi bom te conhecer. - Disse ela, um pouco corada.

- Obrigada por ter passado a noite comigo. Foi realmente muito bom te conhecer, Siena. E agora vou ouvir esse Umberto Tozzi sempre que puder e me lembrar de você.

Ela sorriu.

- Já estou feliz que vai pensar em mim ouvindo Tozzi. Bem, acho que tenho que ir. Bye bye Benjamin!

- Arriverderci, Siena!

Ela sorriu, me deu um selinho e saiu. Eu ainda a esperei entrar no prédio e vi ela conversar com o rapaz da portaria, sorrindo para ele e ele ainda mais sorridente para ela. Deus, como uma garota tão jovem e linda, que poderia ter o jovem que quisesse, resolveu ficar comigo? Acho que tem um detalhe: ela é minha fã. Só isso explica.

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