Fiore Di Mandarino

11 - O Primeiro Beijo

Interior da Escócia
Siena M. Russo
Continuação

Ben me pressionava forte contra a árvore, uma de suas mãos descendo e apalpando meus seios, enquanto eu puxava seu cabelo, ou apertava seus braços e costas. Ele levantou minhas pernas e eu as prendi em torno de seu corpo, esquecendo completamente que éramos filmados e que havia uma plateia, começando a me mover lentamente contra ele.

Mordi seu lábio inferior, voltando imediatamente a beija-lo, enquanto ele me prendia forte contra a árvore, apertando meu pescoço com uma mão e com a outra massageava meus seios. Eu precisava dele mais do que poderia imaginar. O desejava tanto que mal me contive ali e sentia-me úmida dês de o primeiro toque de seus lábios nos meus.

Ouvi alguém dizer algo, umas três vezes, mas parecia tão distante e eu estava absorta ao beijo que nem dei atenção. Ben parecia como eu, pois ignorou totalmente o que seja lá que foi dito e só paramos de nos beijar, quando o fôlego sumiu. Ele sorriu, olhando para mim e então se separou de mim.

- Bom trabalho. - Disse Benjamin, voltando a se aproximar de mim para sussurrar: - Um beijo gostoso que começou a me exitar. E algo me diz que eu já toquei esses lábios antes, em outra vida talvez.

Minha respiração estava pesada, eu me sentia fraca e só querendo beija-lo outra vez. Mas mal consegui fazer qualquer coisa a não ser sorrir. Não fazia ideia de como os outros estavam e de repente Guilhermo aplaudiu.

- Bem, não era o que eu esperava, de forma alguma. Porém ficou muito melhor do que qualquer beijo técnico que poderiam ter dado. O que foi Ben? É claro que eu percebi que você meteu sua língua na garganta dela! Não se preocupe, sei que foi para dar mais intensidade ao primeiro beijo do casal.

- Que bom que me entendeu.

- E funcionou. Ficou intenso e real. Meus parabéns! Siena?

- Sim?

- Menina, você foi um absurdo! Parecia que queria enlouquecer o Ben. Vocês são ótimos! Ah o elenco perfeito!

- Obrigada.

- Não precisa agradecer menina. Gravações encerradas!

Assim eu saí de perto do Ben e fui até a Erin, que ainda estava ali. Eu precisava ficar ao menos cinco minutos longe dele, para não enlouquecer. Certo, ele fez em nome do trabalho, fez pra que a cena ficasse perfeita, mas isso não mudava o que ele me disse quando nos separamos, que eu quase o deixei excitado. E imagina se tivesse conseguido? Ainda bem que foi um quase.

- O que foi isso? - Me perguntou Erin.

- O primeiro beijo.

- Não, tem mais. Ele realmente te beijou de língua?

- Sim.

Erin deu uma risada misturada com a sua surpresa.

- Ele parece ter uma pegada forte então.

- É... Tem. Ainda estou tentando me recuperar.

- Olha, foi muito legal vocês terem combinado isso.

- Não foi combinado.

- Não? Então vocês estavam se pegando de verdade? Por isso que quando o Guilhermo disse "corta", vocês ainda continuaram! E ele ainda chamou umas três vezes! Todos nós achando que tinha tudo sido combinado entre vocês, mas foi pegação real...

- Erin! Erin! Pelo amor de Deus, não diga isso a ninguém!

- O segredo de vocês está guardado comigo. Minha boca é um túmulo!