Capitulo 01

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Boom dia pessoal, tudo bem com vcs!? Trago pra vcs a "últim fic" do ano para vcs, se não der a loca de posta do nada alguma mês q vem kkk E pra finalizar casal inédito e espero que vcs gostem ❤️ Boa leitura a todos e até o final ❤️

Capitulo 01

Izumi não conseguiu resistir à tentação de olhar mais uma vez para o homem que passava pelo saguão do hotel.
Alto, com mais de um metro e oitenta, devia ter uns trinta e cinco anos.
De terno escuro e cabelos ainda mais escuros, havia nele uma sensualidade
tão marcante que chamava a atenção.
Izumi notara isso assim que o vira, caminhando em direção à porta de
saída. O impacto que tivera sobre ela fora intenso o suficiente para fazer
acelerar o ritmo de seu coração, uma reação inesperada que não combinava
com seu jeito de ser. Por um segundo, Izumi entregou-se a devaneios
sensuais e perigosos.
O desconhecido se virou e, por um instante, deu a impressão de que a
olhava também, como se entre os dois tivesse havido uma cumplicidade
instantânea e profunda. O que estava acontecendo com ela? Era como se, de
repente, a alma de Izumi se perdesse, levando junto seu mundo interno, em
geral tão inflexível e previsível, baseado que era na praticidade e no bom senso, que gostava de cumprir tudo à risca. Isso tudo desapareceu numa fração de segundo. Amor à primeira vista? Izumi? Nunca! Decidida, reagiu e recolocou as emoções em seus devidos lugares.
Na certa, era o estresse por que passava que a estava deixando nesse
estado instável e fantasioso.
"Você não acha que já têm preocupação de sobra?", repreendeu-se com
muito mais dureza do que faria com um de seus pequenos alunos. Não que
costumasse repreendê-los. Pelo contrário, Izumi dedicava-se de corpo e alma ao trabalho de professora na escola maternal da região. Alguns amigos questionavam essa entrega exagerada e achavam que ela deveria cuidar de sua vida amorosa, ou da falta dela, com a mesma devoção apaixonada que nutria pelas crianças.
E era por causa da escola e dos alunos que estava ali naquela noite, ansiosa, na sacada do hotel mais luxuoso da região, esperando pelo primo,
seu aliado e colaborador.

— Izumi?

Ao ver, enfim, o primo Obito caminhando apressado em sua direção,
suspirou aliviada. Obito trabalhava a vários quilômetros dali, numa regional
da prefeitura, e fora por intermédio dele que Izumi ficara sabendo do perigo que ameaçava a escola onde lecionava.
Quando seu primo lhe contara que a fábrica de componentes eletrônicos, que gerava a maior parte dos empregos locais, fora vendida a um concorrente e corria o risco de ser fechada, recusara-se a acreditar.
O vilarejo onde Izumi trabalhava lutara muito para atrair novos investimentos e evitar que a população diminuísse ainda mais. A inauguração da fábrica, alguns anos antes, revitalizara o local, trouxera dinheiro, criara empregos e atraíra jovens moradores. Eram os filhos dessas pessoas que frequentavam a escola de Izumo. Sem eles, a escolinha teria de fechar.
Apesar do laço afetivo que mantinha com os garotos e de ter consciência da importância do serviço que realizava, sabia que o ponto de vista das autoridades era claro. Se o número de alunos ficasse abaixo de certo mínimo, o estabelecimento seria fechado.
Depois do esforço que fizera para convencer os pais a apoiar a escola,
Izumi não podia ficar de braços cruzados enquanto um empresário arrogante, insensível e megalomaníaco fechava as portas da fábrica, em nome do lucro e em detrimento da própria comunidade!
Esse era o motivo de seu encontro com Obito.

— O que conseguiu descobrir? — perguntou ansiosa, balançando a
cabeça, quando o primo perguntou se gostaria de beber alguma coisa.

Izumi não costumava beber, e era, na realidade, como diziam seus conhecidos, um pouco antiquada para alguém que frequentara por vários
anos uma universidade. Chegara a trabalhar no exterior, antes de decidir-se a viver na tranquilidade do interior do própio país.

— Tudo o que sei é que fez reserva no hotel, a melhor suíte, nada menos. Embora, pelo jeito, não esteja aqui no momento. — Ao vê-la respirar
fundo, Obito a olhou, intrigado. — Foi você quem quis vir aqui se encontrar
com ele. Se, mudou de ideia...
— Não. Preciso fazer algo. A notícia de que pretende fechar a fábrica se
espalhou pela vila, ninguém fala de outro assunto. Alguns pais já me
procuraram para avisar da possibilidade de terem de se mudar e me pediram que indicasse outras boas escolas regionais. O número de alunos
está um pouco acima do mínimo exigido. Obito, se eu perder mais cinco por cento... E o pior é que, se conseguíssemos nos manter por mais alguns anos, tenho certeza de que as matrículas cresceriam e ficaríamos com uma boa margem de segurança. Mas para isso a fábrica precisaria continuar em operação. Por esse motivo, preciso falar com esse tal de...
— Itachi Uchiha. Já conversei com a recepcionista e consegui convencê-la a me dar a chave da suíte dele. — Ao ver a expressão de Izumi, emendou:
— Tudo bem, eu a conheço, e expliquei que você tem um encontro marcado
com Itachi, mas que chegou muito cedo. Portanto, acho que o melhor que tem a fazer é subir e ficar esperando para pegá-lo desprevenido quando
o homem voltar.
— Não farei uma coisa dessas! Só quero que o Sr. Uchiha entenda o quanto irá prejudicar o vilarejo se levar adiante a ideia de fechar a fábrica. Pretendo convencê-lo a mudar de opinião.

A Virgem SedutoraOnde histórias criam vida. Descubra agora