Demonstrations of love (Ryeji)

Cap 1 - Interests

Bip bip bip

Que caralho de barulho.

Me sento na cama e começo a encarar um ponto fixo afim de acordar o suficiente para levantar da cama sem cair ou ficar consciente na cozinha sem saber oque esta fazendo lá. Isso já me aconteceu tantas vezes.

Eu não sou uma pessoa de manhãs cá entre nós.

Hoje eu vou para o meu primeiro dia de aula em uma escola nova, em uma cidade nova. Não pense que estou feliz com isso.

Era melhor em Chuncheon. Lá eu estudava de manhã mas as aulas começavam às 8 e eu não morava tão longe dava para ir andando. Agora, em Seul, a escola são dois metrôs da minha casa e eu tenho que acordar às 5 da manhã para me arrumar e ficar apresentável, pelo menos pelas primeiras duas semanas vai ter que ser assim.

Por que eu me mudei? Simples. Minha mãe achou um emprego muito melhor aqui e, consequentemente, tivemos que nos mudar.

E também por que eu fui expulsa, mas isso não é assunto para agora.

Depois de muito tempo encarando o ponto fixo que eu escolhi, sinto uma dor na minha cabeça.

- Bom dia sister! Vamos la, wake up, animação, felicidade, estamos em Seul e vamos estudar em uma nova escola! - Yuna, entra saltitando no meu quarto depois de jogar uma almofada na minha cabeça, não tem vergonha na cara?

- "Bom dia sister" uma porra. Quem te deu a liberdade de entrar na minha propriedade - meu quarto - e ainda ter a audácia de jogar uma almofada na minha cabeça? - Olho para morena com ódio e ela apenas ri.

- É que você fica igual uma idiota quando acorda, eu so te ajudei. - Ela pisca para mim. - Agora anda, mamãe antes de sair mandou eu te acordar para você se arrumar, então adianta.

- Mandou você me acordar com uma almofadada? - Questiono.

- Isso ai é so um datalhe. Mas é sério, se arruma rápido que temos que estar na estação de metrô antes das 7:10. - Ela diz enquanto deixa o quarto.

Bufo. Quando que irmãos mais velhos perderam tanto a moral?

Então eu faço a minha higiene matinal e me visto. Esse uniforme me deixa gostosa, pelo menos isso.

Então depois de estar com o cabelo e maquiagem - rímel, blush e gloss - prontos, eu desço as escadas e Yuna nem alí está. Hipócrita.

Faço um pão com queijo e tomo com um leite de banana que tem na geladeira, não é meu, mas irmãdade é tudo que temos na nossa vida.

- Hey, quem mandou você pegar o meu leite de banana, sua nanica? - Yuna aparece na cozinha, apontando para bebida em minhas mãos.

- Sabe oque é maior do que você? - Pergunto a ela que faz uma careta confusa e nega com a cabeça, chegou a minha hora. - O meu pau.

Explodo em uma gargalhada quando ela abre a boca desacreditada, eu sempre quis fazer isso.

- Eu vou falar para a mãe que você está falando uma barbaridade dessas para mim! - Ela cruza os braços e eu continuo rindo, sei que ela quer rir também.

- Fala lá, gigantosaura.

- Formiga!

- Poste de cem metros!

- Miolo de pão!

- Girafa!

- Minhoca!

- Você!

- Teu cu!

Enfim, brigas matinais.

[...]

Contudo, chegamos vivas na escola e, felizmente, não atrasadas.