Quando optei por esconder-me no banheiro público daquele lugar, não imaginei que seria descoberto tão facilmente, todavia foi o que aconteceu, não sei como, mas era a moça que batia com força na porta de plástico.Parecia furiosa, não a via, mas ouvia com perfeição a sua respiração ofegante.
É exatamente neste momento que indentifiquei o problema, eu havia acabado de entrar em uma grande encrenca, e não sei como sair dela.
Afinal, o que pesaria mais? Ser humilhado por ela em um ambiente repleto de jornalistas e torcedores ou simplesmente me sujeitar a um namoro falso com a Maria Jogador para abalar a situação? A primeira afirmativa com certeza não seria a escolhida, não feriria o meu ego desta maneira.
Em compensação, tenho medo do quão ferido estaria o meu rosto. Embora não admita em voz alta nunca, eu havia ficado com um certo medo da moça desconhecida. já viu a potência do chute daquela mulher? E se eu fosse aquela bola? Oh céus, me proteja.
— Não adianta se esconder seu burguêsinho cretino. — autenticou a jovem em berros, aumentando a velocidade de suas mãos, que agora parecia que quebraria aquela porta. Merda, que garota insistente.
Passei os dedos no rosto, tentando pensar em algo, em alguma desculpa, não queria bancar o medroso, muito menos me sujeitar a estar a baixo dela. Precisava de uma desculpas para estar trancado aqui a mais de meia horas
Levei as mãos na maçaneta, contando de um a dez, antes de tomar coragem de gira-la. Seja o que Deus quiser, pensei, já sabendo o que aguardava-me.
— Será possível que um homem não pode usar mais um banheiro em estado de paz? — expressei-me, assim que a vi parada em minha frente, uau, para variar a mesma estava com cara de poucos amigos. Foi o que esperava. — inclusive uma boa tarde para você também, moça. — sorri cínico.
— Boa tarde um caralho. — jogou a sua bolsa no chão com o fogo saindo pelas ventas, e foi neste momento que eu achei que apanharia ali mesmo, engoli em seco, mas suspirei em alívio quando vi a própria apenas cruzar os braços. — Então quer dizer que estamos namorando? E eu? Posso saber quando eu ficaria sabendo disso???
consolidou-se a morena com os olhos cerrados em cima de mim, no mesmo momento em que atrevou-se a fazer movimentos bruscos com as mãos.
Eu sei que fiz merda, eu admito. A ideia de estar "namorando" alguém como ela diante da mídia também não me agradava muito, a mulher não era bem o tipo pelo qual me animava. Todavia, não pretendia levar isso a sério, assim que tivesse oportunidade acabaria com essa palhaçada.
— Ficou sabendo junto com todos, não gostou? Era surpresa. — ironizei, fingindo indiferença ao olhar minhas unhas. Foi quando recebi o primeiro tapa no ombro, logo após outro, e mais outro. Ok, ok... já havia entendido que fiz merda. — Dar para parar com isso?
— Você vai concertar essa porcaria logo, o mais rápido possível. Não sei, dar o seu jeito, eu quero a verdade na minha mesa em breve, ou você estar ferrado moleque. — ameaçou-me.
— Fica tranquila aí minha filha, qual o teu problema? Acha mesmo que essa ideia de namorar você me anima? Você não é, e nunca será o meu tipo, então acredite, estar sendo mais difícil pra mim que pra você...
Vi a mulher recuar inicialmente, ela posicionou em minha frente e ali eu quase abrir um sorriso vitorioso, afinal, eu havia a superado no argumento, todavia, cancelei o motivo de alegria quando ouvir gargalhadas exageradas espalharem pelo local, Eram tão irônicas e sarcásticas que chegaram a me irritar.
— Uau, não vou dormir essa noite por não ser o tipo do burguesinho cretino do time verde. — usou todo seu sarcasmo em poucas palavras. Arqueei uma sobrancelha, engolindo em seco. Que garota abusada! — Por favor meu filho, não seja palhaço! Inteligência já sei que não é o seu forte, mas esperava pelo menos um pouco mais de seriedade... Eu não ser o seu tipo, é uma vitória — disse — das grandes. — completou, dando ênfase.
Burguesinho cretino????
— Você fala isso, mas se as coisas aconteceram como aconteceram a culpa foi sua, você que começou com aquela palhaçada de querer desfiar-me... — conduzi o rumo da conversa anterior.
— E você como um péssimo perdedor foi chorar inventando mentiras mirabolantes não é? — revirou os olhos.
— Mentira essa que já me arrependi profundamente, nada me parece mais pior que namorar você, mesmo que de mentirinha. — fiz careta.
— Ótimo. — bateu as mãos uma na outra, debochando da situação. — Faz o seguinte, se você ainda tem um pouco de vergonha nessa sua cara, diz a verdade, desfaz a droga dessa mentira ridícula ou eu mesma vou fazer isso... e acredite, se eu colocar minha boca no trambone, eu acabo com você...
Ameaçou-me a moça mais uma vez, agachando para pegar a sua bolsa que até então estava no chão, entrentato, seus olhos ainda me fuzilavam a todo vapor.
— É o que vou fazer mesmo, desta maneira você fica bem longe de mim, e eu não vou precisar rever essa sua cara de... — calei-me rápido, tentando achar uma palavra cabível, mas nada veio na cabeça, então por impulso continuei — Rival.
— Rival? Esse é o melhor que consegue? Por favor Richard, você é ridículo. —disse ela, ao preparar-te para deixar o lugar, mas antes disso acontecer fez questão de cobrar-me o posicionamento sobre o nosso possível namoro.
Maluca!
Assim que virou-se de costas, emeti uma careta. Merda, preciso pensar em uma maneira de concertar a minha burrada, sem sair por baixo nessa história toda, mas como??
O Richard com medo da Kiara é tudo KKKKKKKKKKKKKKKKK
Oq acharam do cap?
Bom? Ruim? Mais ou menos?
Comente e vote.
VOCÊ ESTÁ LENDO
The Man - Richard Rios
FanfictionRichard Rios, um homem de vinte e três anos que atualmente atua no futebol brasileiro na equipe alviverde, também conhecida como Palmeiras. Vive sua vida em perfeita condições, onde encara a mesma como uma diversão. Com isto vives a andar em festas...