Richard Rios, um homem de vinte e três anos que atualmente atua no futebol brasileiro na equipe alviverde, também conhecida como Palmeiras. Vive sua vida em perfeita condições, onde encara a mesma como uma diversão. Com isto vives a andar em festas...
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São Paulo, Neo química Atena
- Você estar a brincar com minha cara? - Dissertei em um tom amplo, sentindo as veias do pescoço saltarem através de minhas palavras impulsivas. - Depois de tudo que aconteceu, trouxe-me para um jogo dela? Qual a droga do seu problema? - Interroguei-o, perdendo o restante da paciência que ainda havia me restado.
Quando conseguiu me tirar de casa, depois de uma insistência insuportável, Joaquin não havia me dito para onde me levaria, mas jurou que seria algo bom, que me animaria novamente.
Pensei que o rapaz me levaria a um bar, uma festa, até um bordel seria mais provável, mas me trazer ao lugar onde mais dói? Isso não faz sentido para mim.
- Calma, Montoya. Senta aí, eu sei que faço.
Calma? Rir irônico.
- Calma? Faz quase um mês que eu não sei o que é ser uma pessoa normal; não como, não durmo, vou mal em meu trabalho, não saio de casa, tudo graças a ela. A minha vida estar entregue a um abismo e eu não consigo sair disso, e você me pede calma? - estravaguei em palavras. O peito subia e descia em cansaço, havia perdido o fôlego rápido.
A tensão era nítida no ambiente. De fundo podia ouvir com exatidão o grito da torcida Corintiana, que de tão alto, dava a impressão que o estádio estava em movimento, mas naquele camarote vazio, não restava nada, além de dois amigos prestes a romper a barreira da paz.
O jogo já estava rolando, não sei com exatidão a quanto tempo. Mas quando chegamos por aqui, parecia estar pela metade do primeiro tempo.
- acha que eu não sei de tudo isso? - berrou indignado. - Acha que te trouxe até aqui por quê?
- Eu também quero saber Joaquin. - cruzei os braços. - Me diga você.
Ele apertou os punhos aparentemente incomodado com minha reação, seu maxilar travou-se rapidamente.
- Porque eu sou seu melhor amigo caralho, e não aguentava mais te ver nessa situação. - falou em um tão óbvio. - Sei que não estar bem, mas sei também que seu remédio é ela, e embora você não admita isso, nós dois sabemos que é a verdade. Vocês precisam conversar.
