Tempo certo

Hotel

Natasha 

Estou sem acreditar que Wanda Maximoff está na minha frente? Sim, mas infelizmente eu tenho que manter minha postura de irresistível e convencer ela a sair comigo antes que ela descubra que a mulher linda com quem ela está conversando é Natasha Romanoff, quem ela odeia.

Ela é rancorosa então deve me odiar ainda, mesmo depois de anos. Eu não julgo, também me odiaria se eu fizesse da minha vida um inferno repleto de manipulação indireta. Mas convenhamos, Westview não era a cidade mais inclusiva que existia. Como eu poderia chegar em alguma garota, ainda mais a princesinha nerd e tímida com família conservadora, e dizer que eu era completamente apaixonada nela?

Não tinha como. Mas atualmente... a cidade evoluiu com um tempo, queriam organizar uma semana do orgulho gay aqui ano passado; as pessoas aqui aceitam melhor do que comparado à quase vinte anos atrás. Então se ela estivesse solteira - o que eu acredito com força, já que não tinha aliança no dedo e ela estava aceitando minhas cantadas - era meu momento de tornar a Natasha de dezessete anos feliz...

E ter um encontro com Wanda Maximoff!

- Se eu prometer não dar em cima de você agora, tenho a chance poder apreciar a sua adorável companhia alguma outra hora? - Pergunto olhando em seus olhos e me esforçando para que meu sorriso fosse o mais bonito que ela já viu em sua vida.

- Se você conseguir me arrumar um hotel para ficar, eu talvez pense no assunto. - Ela responde e sorri de volta. 

Essa Wanda é muito diferente da do colégio, pelo menos é o que está parecendo no momento. Eu lembro bem de como ela ficava perto de mim, irritada e quase apavorada - outro motivo para que eu não pudesse simplesmente chegar me declarando para ela. 

Talvez ela não esteja tímida brava ou assustada porque ela não se lembre de mim. E vou deixar minha indignação sobre isso para depois, porque: COMO ELA NÃO SE LEMBRA DE MIM? Tudo bem que ela não sabe, mas eu fui importante na vida dela! Ai, depois eu reclamo com Yelena sobre isso.

- Olha eu até arrumaria, mas esse "talvez" na sua frase me deixou bastante desmotivada. Então acho que você vai ter que confirmar para poder ter um quarto de hotel. - digo entrando em seu jogo. Ela continua divertida.

Quando mais novas, eu intercalava entre admirar ela de longe e deixar ela irritada com o simples fato de eu existir. E agora estou eu aqui, parada conversando com meu amor de colégio - e possível amor da vida - rindo e aproveitando o momento sem ela me xingar.

- Deixa eu pensar se realmente vale a pena - ela finge pensar por um tempo antes de responder - Eu saio com você se me arrumar uma vaga num hotel e me dar uma carona até lá.

- Mais alguma coisa, majestade?

- Sim, e me emprestar seu celular para ligar para minha amiga e dizer pra ela nos encontrar no tal hotel. - ela responde e me usa de apoio para ficar de pé. Wanda sorri antes de estender a mão para mim.

Eu prontamente aceito, o contato de nossas mão me faz lembrar do baile de formatura. Pena que só eu me lembre da sensação. Ficamos as duas de pé e eu me atrevo a colocar a mão em sua cintura e começar a andar para o meu carro ao seu lado.

- Sorte sua, dona bonita, que minha irmã administra um dos melhores hotéis da cidade. 

- Ai então vamos logo. Quanto mais rápido chegarmos lá, mais rápido eu consigo seu número para ligar amanhã.

- Já quer me ver rápido assim? Aproveita que estou na sua frente primeiro. - digo quando estamos quase chegando perto do meu carro. 

- Romanoff!? - escuto a voz de Steve me chamando ao longe, mas ignoro.