Eu estou apaixonada por você

193 24 0
                                    

Emma Walters

Depois do trabalho passo na casa da minha família e ficar por lá.

Arash está a alguns dias sumidos, segundo o que eu soube, ele está trabalhando muito, se eles souberem o que meu bom irmão faz...

- Irmãos, eu estou namorando. - Alia, minha irmã diz.

Alia é a única recém criada, ela era filha de uns amigos dos meus pais, foi criada com a gente desde os três anos e com 20 recebeu a mordida.

- E segue Cassandra e Emma solteiras. - Eros, meu pai fala.

- Eu estou por opção, mas tem um vampirinho charmoso que anda me chamando atenção. - Cassandra fala.

- Não me olhem como se eu fosse a encalhada família. - Eu sou, mas pra que apontar isso.

Meu celular toca e eu estranho já que era um número desconhecido, mas decido atender.

- Emma Walters falando.

- Oi Emma, é a Athena, peguei seu número com a diretora, só por que minha filha insistiu muito. - Estranho e pergunto que filha.

- Ártemis. - Meu coração bateu...

Ela diz que vai passar o celular pra Ártemis, em 5 segundos tive um mini infarto.

- Oi presas. - Escuto aquela doce voz que jurei que nunca mais ouviria.

- O-Oi estressadinha, você está bem? O que aconteceu?

- Eu estou ótima, amanhã eu vou pra escola e te conto tudo.

- Acho bom.

- Eu... queria ouvir sua voz... estou sentindo sua falta, como nunca sentir de ninguém.

- Imagina eu, Ártemis, que achei que tinha te perdido.

Meus irmãos não estavam entendendo nada, mesmo ouvindo os dois lados da conversa.

- Mas eu estou bem.

- Eu preciso te ver, agora.

- Estarei te esperando. - A gente desliga e meus irmãos me olham curiosos.

- Não é só vocês que encontraram suas metades.

- Conte- nos. - Drake meu irmão diz e eu conto desde o dia que nos conhecemos.

- Sabe que nosso coração não bate né. - Cassandra diz o óbvio.

- Na verdade... Existe uma lenda, que diz que quando um vampiro está destinado a um não vampiro, ele sente o coração da pessoa bater em si. Mas é raro um vampiro ser destinado a um não vampiro. - Meu pai explica.

- Por isso não sentimos, todos nos relacionamos com vampiros.

- Eu com uma comum... - Sorrio lembrando da Ártemis.

- Eu vivi pra ver Emma se apaixonar. - Alia brinca.

- Eu quase a perdi...

- Por isso você estava esquisita esses dias, distante, fria, bem pensativa.

- Sim pai. Mas eu já vou, pretendo matar a saudade dela.

- Se alimentou? Sabe que não pode ficar quase 5 dias sem se alimentar e ficar perto de uma comum.

- Farei um lanche no caminho.

Depois de me alimentar sigo para Encantia, chego na casa da Ártemis e toco a campainha.

- Oi Emma. - Quem abre a Porta é o Alister.

- Oi Alister, está melhor?

- Agora que ela voltou, tudo está ótimo.

- Quem bom. - Entro e a Athena me olha séria com os braços cruzados.

- Olá.

- Regra número 1: Se tocar na minha filha, vai descobrir como uma trepadeira pode sufocar alguém, 2: Porta aberta e 3: Machuca minha filha e você vira pó.

- Eu... - Nem tenho tempo de responder por que a Ártemis praticamente se joga encima de mim.

Abraço ela a tirando do chão e a rodo.

- Temos que conversar. - Ela diz.

- Porta aberta Ártemis Pottier.

- Sim mama. - Ártemis revira os olhos e me leva até o quarto dela.

- Eu desenhei você desde que voltei, a dois dias. - Ela me mostra os desenhos.

- Eu amei todos, agora me conta, como você está viva? - Ela conta desde o momento que saiu da sala até o dia que voltou, o problema é que eu sinto que tem algo a mais.

- Porque eu sinto que você está me escondendo algo?

- Não posso contar, por hora.

- Depois quero saber o que é tão secreto assim.

- Eu te conto o que quiser saber.

Sento na cama dela e ela fica na minha frente, seguro em suas mãos fazendo carinho, ela me olha pensativa.

- O que tanto pensa?

- Em algumas coisas que conversei hoje com minha mãe. - Puxo para que se sente em minhas pernas, ela senta de lado e passa os braços em meu pescoço.

- Ártemis, quer sair comigo? - Em um ímpeto de coragem pergunto.

Ela me olha e sorri.

- Sim.

- Fiquei com medo de você não aceitar. - Ela ri e me chama de boba.

- Não precisa disso, saiba que sempre irei aceitar sair com você.

- Eu estou apaixonada por você.

- E eu por você. - Dou um beijo em suas mãos.

- Eu vou te desenhar por completo, não só seu rosto. - Ártemis levanta e pega um caderno de desenho encima da escrivaninha.

-Como quer que eu fique? - Vejo ela sorri de lado e depois balança a cabeça.

- Cruza as pernas, apoia o rosto no braço e põe na perna... isso. - Sigo as orientações e depois ela coloca meu cabelo de lado.

- Em, pode dar seu sorriso mais frio? Você é muito mole pra uma vampira. - Eu rio com o que ela diz, eu deveria me ofender, ela me chamou de fraca. Ela se senta de frente para mim e eu levemente de lado e arqueio a sobrancelha olhando nos olhos dela.

- Tá bom pra você? - Digo em um tom mais grave e ela arrepia.

- Por que essa porta tem que ficar aberta? - Acho que ela pergunta para ela mesma.

Ela começa a rabiscar e eu fico ali olhando-a.

A Transmorfa e A VampiraOnde histórias criam vida. Descubra agora