A Transmorfa e A Vampira

Pós batalha

Emma Walters POV

Depois que os Vampiros e os lobos finalmente atacaram os outros reinos, eu e os poucos que não aderiram a essa loucura fomos ajuda as fadas e as bruxas.

- Os vampiros com habilidade e os lobos da alcatéia do sul vão para Euphora, o restante vem comigo para Encantia. - Digo separando os grupos.

Vejo homens, mulheres e adolescentes lobos se transformando e seguindo os vampiros que iam para Euphora.

- Você sabe como chegar em Encantia? - Cassie pergunta.

Olho para o céu que já começava a aparecer as primeiras estrelas da noite e vejo uma em específica.

- Por ali.- Aponto em direção a estrela.

Usamos nossa super velocidade para chegar a fronteira e assim que chegamos vejo o estrago que eles fizeram.

-Esses monstros....- Minha irmã rosna.

Escuto uma voz conhecida e vou até lá.

- Emma?! - Romena pergunta confusa e em modo de defesa.

- Calma, somos aliadas, Viemos ajudar. - Digo.

- Okay.

Era estranho pra mim matar aqueles vampiros, cresci com a maioria deles. Sem contar, meu irmão...

- Emma... Ele está aqui.- Cassie diz a alguns metros de distância de mim.

- Eu vi, não lute com ele diretamente. - Digo.

Acabo me distanciando de Romena, fui ajudar outros bruxos a se defender. No meio da batalha ouço aquela voz que mexe comigo.

Não podia ir até ela, pois estava bem ocupada desmembrando um vampiro.

Depois de um tempo ouço ela perdendo as forças, eram muitos lobos encima dela! Corro até ela e arranco um por um dos lobos.

-Estressadinha... - Toco no pulso dela e sinto os batimentos bem fracos.

Carrego ela e corro para dentro de uma das casas que ainda estava intacta.

- Cassie, proteja a família dela! - Peço e abraço o corpo dela ao meu.

Ela acordaria em breve, o corpo dela precisava se recuperar. Eu podia ouvir o corpo dela curando as feridas, cada célula trabalhando pra o bem estar dela.

Passei a mão em seu cabelo e deixei um beijo em sua testa. Fiquei ali fazendo carinho em seu rosto até ela acordar.

- Presas...- Ela diz baixo e pisca algumas vezes.

Ela faz menção pra levantar e ajudo ela, Art me abraça apertado e eu sinto seu coração acelerado.

- Estava com saudades. - Digo.

- Eu também. Cadê minhas mães e meus irmãos? - Ela questiona se afastando um pouco de mim.

- Estão lá fora expulsando alguns lobos e vampiros que restou vivo. A Cassandra está cuidando deles. - Falo observando sua expressão suavizar.

Ela me beija e percebo o quanto senti falta dos lábios dela, o bom de ser vampira é sentir e saber o que causa no seu companheiro, e com Artemis não era diferente, eu sentia o coração acelerar, seu corpo arrepiar, esquentar... Mas também sabia quando ela fica sem ar.

- Da próxima vez que inventar de sumir eu vou atrás de você, eu pulo no mar ondina por você! Só não vai embora de novo.- Falo séria olhando em seus olhos. Ela sorri me desarmando.

- Eu não vou a mais lugar nenhum sem você, estamos juntas nessa. Morreremos juntas se for preciso.

- É muito fácil morrer por quem ama, você viveria por mim? - Pergunto e balança a cabeça em sinal de concordância.

Ela me abraçou de novo e escuto o pessoal lá fora comemorar o que de fato podiam, pois de qualquer forma tivemos perdas.

- Numa guerra não existe vencedores, apenas perdas, dores e os eternos pesadelos. - Digo e sinto uma lágrima cair do meu rosto.

- A guerra é um inferno na terra e todos nós somos culpados por permitir isso. + Meu pai diz e entendo que se refere ao Arash.

-Vem, vamos ajudar no que podemos e se preparar pra o próximo ataque. - Falo com Artemis e estendo a mão a ela, que pega de prontidão.

Narradora POV

Os lobos andavam até seus amigos e parentes, eles choravam passando o fucinho em alguns. Os bruxos também choravam suas perdas, outros tentavam manter vivo aqueles feridos gravimente.
Em Euphora, Mila abriu os portões do castelo para abrigar os sobreviventes, independente de quem fosse, a pedido de Letícia que escolheu não lutar, mas fortificar o castelo com feitiço de bloqueio e uma barreira. Guardas de pedra foram postos ao redor do castelo, foram dividido as alas do castelo de acordo com cada necessidade, Melissa ficou de guarda aquela noite no andar superior, enquanto Letícia ficava no andar de baixo.

Em um momento elas se encontraram, Melissa olhou para baixo e viu Letícia que parecia concentrada, ela ouviu os pensamentos de Letícia. A garota de olhos lilás, rezava aos deuses pelo bem de todos e que suas amigas estivessem vivas e que aquele pesadelo tivesse um fim!

A verdade é clara, guerras causam dor, causam perdas significativas na vida de todos! Viver em conflito com as pessoas, irmão matando irmão, pessoas que juraram passar a vida juntos traindo seus companheiros, pai abandonando filhos, mães vendo seus filhos morrer por uma suposta causa maior. Guerras não deviam acontecer nunca, mão buscando um mundo perfeito, mas aprender com os erros do passado.

As pessoas são idiotas e tendem a cometer os mesmos erros, vez após vez. Se estabelecem em territórios que não lhe pertecem, aumenta sua população e expulsa os verdadeiros moradores dali e passam anos em conflitos por bobagem, como crenças, etnia, cor, culturas diferentes! Crer em um mundo onde essas coisas não possam acontecer não é sonhar alto, é ter esperança, é crer em algo maior para fugir da realidade atual que vive! CREA! Acredite em um mundo melhor e lute por ele, crea em um lugar onde os animais serão livres, a natureza será verde e em abundância, onde não terá pobreza, fome e miséria, onde as pessoas não perderão tempo brigando por poder político, mas sim pelo bem estar de todos, pensem no coletivo e não no individual! Quanto sangue terão de derramar para finalmente chegar a paz?

Lutem pela paz, pelo amor, lutem pelo bem!