Chapter 2

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Totalmente embriagada, ela agarra a carta e dispara em direção as escadas, nem mesmo agradeceu(ou desconfiou) da desconhecida que lhe entregou aquele envelope.

Sua cabeça parecia girar, sentia uma necessidade pessoal de abrir essa carta, se dirigia em direção ao seu quarto, queria ficar sozinha, chorar, estava cansada de todas aquelas pessoas, de si mesma, do vinho, de tudo! Não iria aguentar ficar na festa, não podia.

Suas mãos tremiam muito, tinha medo do conteúdo da carta, será que é uma carta de amor? Será que é um comentário maldoso, uma brincadeira? Uma surpresa?!

Só há uma forma de saber: abrir a carta e ler. E foi isso que ela fez, ou tentou fazer, as letras dançavam em sua visão, era a bebida fazendo efeito, lembrou-se de guardar a carta na gaveta de sua escrivaninha, não queria que ninguém tivesse conhecimento da carta antes de ela ler.

Suas pernas não suportavam mais ficar de pé, ela desabou na cama e saiu em um sono profundo, naquele momento só a viu a escuridão de seus olhos fechados, não pensou em nada nem ninguém, um vazio tomava conta dela e de sua mente..

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– Querida, acorde – sentia alguém a sacudir, era seu pai, não queria abrir os olhos mas abriu, a luz incomodava, mas os manteve abertos mesmo assim, totalmente fixos em Alexandro, seu pai – você acabou dormindo antes da festa acabar, por que não falou conosco? Achei uma falta de educação de sua parte.

– Me desculpe, papai, não estava me sentindo bem. Você sabe, eu nem queria aquela festa...

Ele levantou e falou algo como: "desça, o café está na mesa", mas ela não escutou, não prestava atenção, se lembrou da carta.

Assim que seu pai saiu, fechou e trancou a porta. Precisava ver o que estava escrito lá, abriu a escrivaninha e pegou o envelope, seu coração disparou, podia sentir a adrenalina tomando conta dela. Assim que abriu a carta pôde ver uma bela letra ao seus olhos:

sᴇɪ ǫᴜᴇ ᴛᴜᴅᴏ ǫᴜᴇ ᴅɪʀᴇɪ
ᴘᴀʀᴇᴄᴇʀᴀ́ ᴄᴏɴғᴜsᴏ, ᴍᴀs
ɴᴀ̃ᴏ ᴘᴏssᴏ ᴍᴀɪs ᴀɢᴜᴇɴᴛᴀʀ
ᴠɪᴠᴇʀ ᴄᴏᴍ ᴇssᴀ ᴄᴜʟᴘᴀ ᴅᴇɴᴛʀᴏ
ᴅᴇ ᴍɪᴍ, ʜᴀ́ ᴍᴜɪᴛᴏs sᴇɢʀᴇᴅᴏs
ǫᴜᴇ ᴇɴᴠᴏʟᴠᴇᴍ sᴇᴜs " ᴘᴀɪs"
ᴍᴀs ɴᴀ̃ᴏ ᴘᴏssᴏ ғᴀʟᴀʀ, ɴᴀ̃ᴏ ɴᴇssᴀ ᴄᴀʀᴛᴀ, ᴠᴀ́ ᴀᴛᴇ́ ᴏ ᴄᴇɴᴛʀᴀʟ ᴘᴀʀᴋ ʜᴏᴊᴇ ᴀ̀ ᴛᴀʀᴅᴇ, ʟᴀ́ ᴠᴏᴄᴇ̂ sᴀʙᴇʀᴀ́ ᴅᴇ ᴍᴀɪs ᴅᴇᴛᴀʟʜᴇs.
ᴇsᴘᴇʀᴏ ᴠᴇ-ʟᴀ ʟᴀ́.

ᴅᴇ : ᴜɴᴋ
ᴘᴀʀᴀ: ᴅɪᴀɴᴀ ᴘᴇɴᴄɪl

Suas mãos tremiam, várias perguntas surgiram em sua cabeça, por que essa pessoa quer falar com ela? E as aspas quando mencionou seus pais?
Uma batida na porta a fez voltar para o mundo real

– Diana, você está bem? Por que trancou a porta? Desça logo, você precisa comer!

– Estava trocando de roupa, mas já estou indo, desço em dois minutos. – disse isso trocando de roupa o mais rápido possível. Destrancou a porta e desceu.

Entrou na cozinha lentamente, como se estivesse entrando em um lugar desconhecido com pessoas desconhecidas. Não se sentia confortável em seu próprio lar, gostaria de voltar a ser criança novamente.

– você está pálida, sente-se e coma

E assim ela fez.

As Cartas UNKOnde histórias criam vida. Descubra agora