Capítulo I: Olhos abertos

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Ao abrir os olhos, Kazuki Haru, um homem de 22 anos enxergava a mais bela paisagem, porém, o Japão era muito diferente de tudo que ele estava vendo.

Ele se sentou com uma certa dificuldade. Para ele, deveria estar acontecendo algo estranho, afinal ele nunca foi de gostar de admirar uma paisagem, principalmente se envolvesse muito esforço para tal. Ele concluiu que era muito esforço ir para um lugar agradável assim, embora não negasse gostar dessa sensação que estava sentindo.

Quando se levantou, perdeu o equilíbrio e quase caiu, era estranho, ele nunca havia sentido a sensação de ver tudo girar na sua vista.

Com o passar do tempo sua visão voltou ao normal e tudo parou de girar quando ele encostou no tronco de uma árvore para não cair.

Olhando bem, depois de reestabelecer sua visão e piscar algumas vezes fazendo força para enxergar melhor, se viu em uma mata, pelo menos era o que ele achava que fosse, visto que estava cercado por árvores e arbustos até onde a vista alcançava.

— Ok... Aonde eu estou? — Sua cabeça latejava, quase que como quando se está de ressaca.

Ele tentou se lembrar de alguma coisa que explicasse o porquê de estar naquele lugar estranho, mas quanto mais pensava, mais a dor de cabeça aumentava, então, sem muita escolha, se sentou próximo a árvore em que havia se apoiado.

O clima estava quente, não o suficiente para ser escaldante, mas o suficiente para que ele quisesse procurar por água, o grande problema era que ele nem ao menos sabia aonde estava.

Seu celular não estava com ele, nem nenhuma das coisas que costumava levar consigo, apenas estava com a roupa do corpo: Uma camisa social branca, uma calça social e sapatos.

— Se ao menos eu estivesse com o meu celular... — Disse irritado.

Não era algo comum para ele sair sem o celular, afinal sempre fora muito dedicado ao trabalho e por isso nunca andava sem o celular, já que poderia ser chamado a qualquer momento pelo seu chefe para uma reunião ou qualquer coisa que o homem quisesse. Ele é um homem de confiança, por isso todos no trabalho e em sua família o admiravam, mas talvez esse fora o motivo de estar nesse lugar tão diferente.

Depois de sua dor de cabeça passar e finalmente conseguir ficar de pé sem que doesse, Kazuki tentou se lembrar de algo que justificasse estar ali sem nada, apenas a roupa do corpo. Ele se lembrou, se lembrou que na verdade havia sentido uma dor no peito que o fez cair e apagar, logo depois, acordou aqui.

Ele pensava consigo mesmo, afinal, como diabos ele havia parado aqui depois de ter desmaiado, o normal seria que acordasse em uma cama de hospital, mas não aconteceu isso, pelo contrário, ele apareceu em um lugar completamente aleatório o qual não fazia ideia de onde seria.

Kazuki andou sem rumo pela floresta e achou um pedaço de uma árvore a qual fez de porrete. Já que não sabia o que poderia estar esperando por ele, empunhou seu porrete na mão como fazia em suas aulas de kendô quando era mais novo e foi procurar por água. Ele não sabia nem ao menos para qual direção seguir, então seguiu em linha reta e marcou as árvores com uma pedra lascada que encontrou no chão, assim seria mais fácil de se encontrar se quisesse voltar para onde esteve.

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