William estacionou seu carro diante de sua casa, ele arrumou o retrovisor, certificando-se novamente que não estava sendo seguido. O homem sorriu para si mesmo, afastando aquela paranoia; ele vira a mulher entrando em sua casa, ela não poderia ter saído sem que ele percebesse.
William deixou o carro, indo em direção à sua casa, sempre prestando atenção ao seu redor, afinal ele não queria ser surpreendido por uma jovem com máscara de gato.
Ao entrar em sua casa, William se deparou com sua esposa sentada no sofá com a TV ligada.
Clara encarou William e desligou o aparelho.
—Onde você estava?
O homem respondeu
—Eu estava na Freddy's... Precisava terminar algumas coisas... —Ele esfregou uma têmpora, já imaginando o que Clara iria falar.
—O que é tão importante assim, Will? Há dias que você tem chegado tarde. Seus filhos ficam me perguntando quando você vai chegar em casa e eu não sei mais o que dizer para as crianças!
—Isso não é problema meu. Clara! — Ele respondeu — O nosso acordo é esse; eu trabalho e você cuida dessas pragas!
—William! Como você pode chamá-los assim? São seus filhos! São nossos filhos!
Ela o encarava com ódio em seu olhar, Clara não podia acreditar no que estava ouvindo, aquele não era o William que ela conhecera anos antes, por quem se apaixonara, não. Ele havia mudado, William havia se tornado um homem arredio que parecia não se importar com ela ou com as crianças.
Clara então deu um ultimato.
—Se você continuar assim eu vou embora!
William permaneceu impassível.
—Então vá! Vá e não volte! Quero ver se você tem coragem de me deixar!
Clara ficou sem palavras e preferiu que seria melhor ir para seu quarto antes que pudesse acordar as crianças, a mulher não queria de forma alguma que seus filhos presenciassem mais uma briga naquela casa.
Assim que a porta do quarto do casal bateu, William se lançou no sofá, sentindo pontadas em sua cabeça, ele esfregou o rosto e se lançou para trás no sofá deixando que seu pescoço se inclinasse de acordo com o final do encosto do móvel. O homem soltou um suspiro profundo e logo se lembrou dos objetos que deixara no porta malas de seu carro; havia muito a ser feito, mas ele precisava esperar até que Clara caísse no sono. O assassino teve uma ideia, algo simples e eficiente.
William deixou o sofá, com seu propósito em mente, ele adentrou a cozinha e ali colocou uma medida considerável de água em uma chaleira já marcada pelo uso de anos a fio. Enquanto a água fervia, o criminoso buscou algo nas prateleiras mais altas do armário até encontrar um pequeno pote alaranjado recheado com várias pílulas, era exatamente o que ele precisava. William preparou uma caneca fumegante de chá para sua esposa e outra para ele, na caneca de Clara o homem diluiu duas daquelas pequenas pílulas e assim levou para a mulher. William bateu algumas vezes na porta e disse.
—Clara... Está acordada, meu amor?
Ela resmungou algo que William não conseguiu entender e ele continuou.
—Eu vim pedir perdão pelas minhas palavras, minha querida... Reconheço que preciso mudar, eu preciso voltar a ser o velho William, o seu William...
Nesse momento a porta se abriu, revelando uma mulher com rosto inchado de tanto chorar, sem pensar duas vezes ela o abraçou. O homem cuidou para não derramar as bebidas quentes sobre a mulher.
—Meu amor, eu fiz o nosso chá favorito. Vamos relaxar um pouco, está bem?
Ela assentiu, o largando e caminhando novamente para o interior do cômodo.
Clara pegou a bebida da mão de seu marido e disse.
—Eu te perdoo, Will, mas você precisa prometer que será um pai e um marido melhor.
Ele assentiu.
—Eu prometo. Agora vamos tomar o nosso chá antes que esfrie.
Os dois terminaram suas bebidas e William puxou sua esposa para um abraço reconfortante
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William colocou Clara na cama, a mulher parecia um peso morto nos braços do marido, mas ela estava apenas dopada com os remédios que William usava nas noites em que sua insônia decidia dar as caras, ele sabia que Clara dormiria por um longo tempo e isso seria perfeito para que ele pudesse limpar toda a bagunça de seus crimes.
O homem atravessou a escuridão da noite,caminhando até seu carro, de onde ele tirou algumas partes da fantasia de coelho e também sua faca que seguia manchada com aquele líquido escuro que já se encontrava seco e grudado na lâmina.
—Spring Bonnie, você vai precisar de um banho completo, meu amigo... —Ele murmurou, olhando para as manchas de sangue que insistiam em permanecer na pelúcia felpuda e amarela da fantasia.
O criminoso carregou todas aquelas coisas para a lavanderia onde prontamente se pôs a trabalhar na higienização de tudo aquilo.
Enquanto limpava sua faca e sua fantasia, a mente de William retornou a imagem da garota que conhecera horas antes na pizzaria. "Ela estava prestes a me matar" Ele pensou com um sorrisinho sádico. "Eu poderia tê-la matado também...Seria um jogo divertido"
Mas não, ambos haviam hesitado em matar um ao outro e William sabia exatamente o porquê.
— Ela é como eu.
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Killer love
FanfictionWilliam Afton conhece (S/n) e eles descobrem que possuem muito em comum...