Capítulo 2- Conversa noturna

161 16 10
                                    

(S/n) estava sentada em uma das mesas da área principal do restaurante, esperando o assassino, a mulher já havia tirado sua máscara e naquele momento ela rodopiava sua lâmina sobre a mesa, ela já estava ali há algum tempo e se sentia totalmente entediada com aquela longa espera.

Foi quando um homem alto surgiu do corredor, ele vestia uma roupa casual; uma camisa de manga longa em um tom intenso de roxo e uma calça social preta que combinava com seus sapatos bem engraxados. Seu rosto magro possuía um ar cansado por conta das olheiras que emolduravam seus olhos claros.

(S/n) logo o reconheceu.

—Espere um momento, o senhor é William Afton...Mas como?

Ele abriu um sorriso.

—Bem, todos tem hobbies, não é? Alguns pintam, outros cuidam de plantas no fim de semana, e eu mato.

—Isso eu sei... mas o senhor é dono desse lugar...

William assentiu.

— Sim, o lugar perfeito para conseguir minhas vítimas... Mas eu já falei muito sobre mim, agora fale mais sobre você, qual é a sua graça?

Ela arqueou a sobrancelha por um momento, processando a pergunta, mas logo respondeu.

—Meu nome é (S/n) (seu sobrenome).

—Quando você descobriu que gostava de matar?

Novamente a mulher franziu o cenho.

—Nós estamos em uma sessão de terapia por acaso? — (S/n) provocou.

William riu e falou.

— (S/n), nós estamos entre iguais, não estou aqui para te julgar, apenas para conversarmos sobre nossos pontos em comum.

A mulher assentiu e suspirou.

—Bem... Tudo começou quando eu era bem pequena e eu assistia meu pai beber até ficar agressivo, ele batia em minha mãe e em mim também, aquilo me levou ao meu limite e quando eu tinha quinze anos fiz a minha primeira vítima...

William a interrompeu, constatando.

—Você o matou.

(S/n) concordou com a cabeça e o homem disse.

—Sabe... (S/n), eu gostei de você.

A jovem assassina se arrumou na cadeira, se sentindo um tanto incomodada pelo comentário.

Quase como se William pudesse ler seus pensamentos, ele soltou.

—Não precisa me olhar assim, eu posso lhe garantir que não sou como seu pai, e muito menos como os homens que você matou nesses últimos meses. Eu sou muito melhor que eles — O homem abriu um outro sorriso exibindo um conjunto de dentes amarelados.

—Você está dando em cima de mim?

Ele riu.

—Não... não, mas gostaria muito de uma assistente.

—Assistente?

—É claro, eu e você podemos iniciar uma parceria, quero dizer depois dos meus crimes, muitos pais estão pondo pressão na polícia, eles querem resultados nas investigações, e eu sei que mais cedo ou mais tarde eles me encontrarão.

(S/n) compreendeu qual era a ideia de William.

— Você quer que eu mate os pais das crianças que você matou?

—Exato! Eles sabem que nós somos assassinos diferentes, e se nós trabalharmos juntos vamos dificultar ainda mais o trabalho daqueles detetives.

(S/n) pensou por um momento e logo concordou com ele.

—Você tem razão...—(s/n) fez uma pausa, ainda pensativa— Está bem, eu posso ajudá-lo, mas isso terá um preço.

— É claro, você é uma garota esperta, eu não podia esperar menos.

Ela ignorou o comentário.

— A condição é: você não pode me denunciar depois que tudo isso acabar e eu também vou manter minha boca fechada sobre tudo o que aconteceu aqui.

—Acho um bom acordo.

William estendeu a mão e (S/n) fez o mesmo, fechando o combinado entre eles.

Killer loveOnde histórias criam vida. Descubra agora