TROISIÈME CHAPITRE

24 6 57
                                    

03

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

03

       Assim que o garçom se aproximou, Afonso pediu uma tábua de queijos e água com limão e hortelã para encerrar o petisco.

O jovem francês olhou aturdido com o pedido, preocupado em como iria pagar por aquilo. Passou as mãos suadas nas coxas, visivelmente nervoso.

— Relaxa, Louis. Eu pedi, eu pago. Apenas aproveite e me diga o porquê de ter me convidado para vir aproveitar as festividades do feriado na sua companhia. — Afonso se aproximou ainda mais, com as palmas das mãos no rosto e um sorriso largo nos lábios.

— A verdade? — Antoine hesitou por um momento.

— Por gentileza.

— No início, fiquei entediado por ver as mesmas coisas que já havia visto. Te vi sozinho, desenhando, e resolvi me aproximar.

— E...? — Afonso estava claramente intrigado.

— E eu gostei do seu desenho, do seu jeito e...

Afonso permaneceu imóvel, esperando que Antoine completasse a frase, sequer imaginando o que seria.

— E te achei bonito. Pronto, falei! É isso! — Antoine finalmente confessou, erguendo os braços em rendição e fazendo Afonso soltar uma gargalhada gostosa.

— Desculpa! — Afonso tentou recuperar o fôlego — Não estou rindo de você, ok? Estou rindo dessa frase, que não faz o menor sentido!

— Como assim? — Antoine pegou um dos petiscos de queijo com salame — Você não se acha bonito, não?

— Não. E também, você precisa concordar que se aproximar de um estranho, só porque o acha bonito, é um tanto perigoso.

O rapaz francês resmungou algo inaudível, continuando a apreciar a tábua de queijos e frios.

— Quer dar uma volta comigo?

— Dar uma volta? Onde?

Afonso encolheu os ombros, olhando a multidão que sacudia as bandeirinhas com as cores da França. Sua postura denotava uma tranquilidade imperturbável, e, assim, Antoine pôde observar seu perfil, sorrindo com o que via.

"Pelo amor... Preciso parar de encará-lo desse jeito! Pareço um oferecido!" — pensou Antoine, desviando os olhos para a agitação das festividades.

— Podemos ir até o Trocadéro. — Afonso voltou a olhar na direção de Antoine ao ouvir aquilo.

— Trocadéro? Eu não conheço todos os lugares franceses, Louis.

— O Trocadéro é uma praça bem grande, que fica no décimo sexto bairro daqui. Fica no topo da Colline de Chaillot.

— E fica muito longe, meu guia turístico?

QUE SEJA ETERNO O NOSSO AMOROnde histórias criam vida. Descubra agora