Então chegamos em uma casa no meio da floresta.
Ela era grande e iluminada.
Will desce do carro, mas eu permaneço dentro dele.
Ele abre a porta pra mim descer e então eu desço. Ele segura a minha mão e me leva para dentro da enorme casa.
- Essa casa é do meu avô. A casa do senador Grayson. - ele fala. - Pedi para ele pra vir aqui.
Fomos até a varanda de madeira que dava saída a sala.
Ele se senta em uma cadeira de madeira ao lado de um lago.
Acende um cigarro e puxa a fumaça, ele demora ao tragar e depois solta devagar.
Tinha uma coisa em seus olhos, não sei, não era tristeza, ele parecia perdido.
- Você está bem? - minha voz era trêmula.
- Eu estou doente. - ele fala e logo puxa a fumaça.
- Você vai ficar bem? - meus olhos ardem.
- Não.
Desvio o olhar e as lágrimas me invadem.
- Está tudo bem. Está tudo bem... - ele me puxa para sentar em seu colo e me abraça.
- Sendo sincera, ninguém além de você pode conhecer o tamanho da sua dor, então eu não vou dizer que eu entendo o que você tá sentindo, mas tem uma coisa que eu posso dizer com certeza, não existe uma vida na terra que não seja preciosa. Poder viver e respirar é uma coisa tão bonita, então não desista, seja um sobrevivente. Eu estou aqui com você.
Ele segura meu rosto e me beija.
Seu beijo tinha uma intensidade, uma vontade.
Nossos lábios se encaixavam de uma forma...
Ele se afasta de mim e me olha sereno.
- Sabe o que temos em comum? - ele pergunta.
- Não. - digo me aconchegando em seu peito.
- Filhos de pais que nunca nos quiseram.
Foi aí meu percebi que eu o amava.
Por que eu o amava?
Por causa dos olhos dele.
Ele tinha os olhos mais lindos.
Porque ele me fitava com aqueles olhos.
Olhos penetrantes e expressivos.
Porque ele me amava como outros homens não me amavam.
Ou não conseguiam.
Como uma gêmea.
Com a alma.
...
Ele me pega no colo apenas de sutiã e calcinha e me coloca na banheira do lado de fora da casa.
- Will! - brigo com ele rindo.
Ele tira a camisa e entra apenas de cueca box.
- Tem alguma possibilidade de algum bicho vir aqui? - pergunto um pouco com medo.
- Não sei. Mas o que eu tenho certeza é que eu posso te pegar! - ele me puxa e morde meu ombro.
- Idiota! - empurro sua cabeça.
Ele me coloca em cima dele na banheira e começa a beijar meu pescoço.
Sinto uma pressão lá embaixo.
Me ajeito em seu colo para sentir mais seu corpo no meu.
Ele segura minha bunda.
Sinto algo endurecer a baixo de minha intimidade.