kim

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Kim estava com o coração em pedaços. Em algum momento de sua vida, ele havia sido rejeitado por Day e essa ferida ainda não havia cicatrizado. Seria amor? Ele não tinha certeza. Ou seria raiva? Talvez, afinal, ser trocado por outra pessoa abala qualquer um.

A verdade era que Kim já havia cometido todas as imprudências possíveis por um homem e estava, de fato, tentando seguir em frente. Contudo, suas escolhas não o ajudavam. Cada encontro era um arrependimento.

Naquela noite, ele saiu sem pretensões. Queria apenas encontrar as amigas e apreciar homens bonitos, além dele mesmo, é claro.

O destino escolhido foi um novo empreendimento, badalado e com um restaurante elegante. Após beber e se divertir com as amigas, notou uma movimentação diferente.

— O que está acontecendo? — perguntou.

— Ouvi dizer que tem convidados importantes aqui.

— Claro que tem. Nós! — exclamou, arrancando risadas das amigas.

Os três se dirigiram ao lado agitado do bar, onde encontraram um conhecido.

— Kim, aqui estamos bem servidos. Veja, tem para todos os gostos. Pode escolher o que quiser.

Com uma rápida olhada, Kim percebeu que sim, o bar tinha muita diversidade. Mas um homem que estava rodeado de seguranças chamou sua atenção.

— E aquele?

O amigo ficou em silêncio.

— Menos aquele. Não faz seu tipo.

— Você não sabe qual é o meu tipo.

— Kim, aquele é Kamul.

— Era para eu saber algo sobre esse nome?

— Não. Mas a verdade é que ele está aqui a negócios e traz seus próprios garotos. Então, amigo... impossível pra você. Mas as outras opções, fique à vontade. A noite é uma criança.

— Sim, uma criança — concordou Kim, bebendo seu drinque de uma vez.

 

Kamol era o que era. Realmente estava ali a negócios e trazia seu próprio garoto. Mas não estava satisfeito. Nunca estava, mas aquela noite havia batido o recorde.

Deixou os seguranças e foi ao banheiro para tirar o perfume enjoativo das mãos que seu acompanhante usava. Acompanhante esse que já havia sido dispensado.

Quando estava saindo, sentiu algo bater em seu peito. Por reflexo, segurou o objeto entre os braços para não deixá-lo cair.

Era um rapaz, vestindo roupas finas. Estava um pouco assustado, principalmente por ter sujado toda a roupa do estranho.

— Droga! Mil desculpas, senhor! — o estranho desastrado falava enquanto tentava limpar o outro. Kamol não se incomodou de ter sua roupa manchada. Ele estava observando a boca do outro. Formava um coração perfeito e tudo ficava melhor quando ele o chamou de senhor.

— Não tem problema — respondeu Kamol, ligando a torneira e ele mesmo passando água na mancha. — Veja? Limpo novamente.

Kim finalmente parou e olhou diretamente para Kamol. Sorriu de forma travessa. Era exatamente o que ele estava precisando naquela noite.

— Mas... posso lhe enviar uma nova camisa, senhor Kamol?

— Kamol. Me chame de Kamol. E se quer mesmo me agradecer, aceite tomar algo na minha suíte? Estou um pouco entediado daqui.
— Não estou em um bom dia, senhor Kamol. Talvez eu não seja a boa companhia que você espera — respondeu Kim, com um tom provocante. Ele se posicionou casualmente diante do espelho, permitindo que Kamol tivesse uma visão completa de seu corpo refletido no espelho. O tecido de sua roupa abraçava cada curva, insinuando mais do que revelando. Era um jogo de sedução que ele dominava perfeitamente. Kim adorava esse jogo, sabia como jogar, e mais importante, sabia como ganhar.
Enquanto Kim se virava de costas, os olhos de Kamol deslizavam de maneira quase predatória pelo corpo diante de si. Ele observava cada detalhe, cada curva do corpo de Kim, alimentando pensamentos maliciosos. A mente de Kamol era um turbilhão de desejos sombrios e intensos. Ele gostava de um jogo mais forte, beirando o sadomasoquismo. Imaginava a textura da pele de Kim sob suas mãos, o calor que emanava dele, a deliciosa dor misturada ao prazer que poderia proporcionar. O simples pensamento de ter Kim mais perto, de explorar cada parte dele com uma intensidade que beirava o proibido, acendia uma faísca de desejo em Kamol. Ele se permitiu perder em seus pensamentos, enquanto seus olhos continuavam a traçar o contorno do corpo de Kim.


— Só saberemos se você me acompanhar — respondeu Kamol, segurando a mão de Kim e o conduzindo até o elevador.
Os seguranças entenderam o recado e não se aproximaram.
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Já no quarto, Kim se acomodou despreocupadamente em uma das poltronas. Ele já havia feito a sua parte, agora era a vez do outro agir. E Kamol não o decepcionou. Ao se aproximar, Kamol despiu-se do seu blazer com um movimento suave e ofereceu a Kim uma taça repleta de uma bebida âmbar. A frase seguinte fez o sorriso de Kim se alargar.

— Podemos nos ajudar. Passe essa noite comigo e alguns dos seus problemas desaparecerão — propôs Kamol, com um olhar intenso.

Kim pegou a taça oferecida e tomou alguns goles, deixando a borda da taça úmida, o que permitiu que a imaginação de Kamol trabalhasse ainda mais.

— Só não me faça lembrar o motivo que me levou àquele bar — pediu Kim, com um olhar desafiador.

Sem perder tempo, Kamol puxou Kim para um beijo. O gosto doce como mel daquela boca em forma de coração era tudo que ele ansiava. A noite ainda era uma criança, mas nenhum dos dois estava ali para brincar. Eles estavam prontos para um jogo muito mais intenso.

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Como não ser o  escolhido por um sadomaSoquista Onde histórias criam vida. Descubra agora