Peitos

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- Eu não sei, e nem quero saber o que está acontecendo aí! Mas eu quero os dois para fora. Já!

Antes de sairmos nós nos beijamos de novo e selamos o beijo com dois selinho com sorrisinhos entre eles. Assim que saímos vemos o corredor vazio e a Sra. Kinda nos olhando furiosa, uma veia na sua testa estava quase pulando para fora, seus pés de galinha estavam destacados, e seu cenho estava enrrugado.

- DETENÇÃO SÁBADO! DUAS HORAS COM O SENHOR HOWARD! - Eu e Greg assentimos com cara de coitados e eu limpo o rosto com a manga do casaco, porque a Sra. Kinda me deu um segundo banho com a salíva dela vindo diretamente na minha cara.

Quando percebemos que saímos do seu campo de visão começamos a andar mais devagar e a rir muito.

- Mal sabe ela que a gente vai se pegar mais ainda na detenção. - Ele dá um tapa na minha bunda e eu sorrio maliciosa para ele.
- Já tô ansiosa... - Eu viro para a porta e bato com cuidado, o professor de línguas estrangeiras permite nossa entrada e nós entramos na sala.

- - - - - - -

Fim da última aula, os minutos para bater o horário parecem uma eternidade e meu magnata não faz essa aula comigo. Assim que o sinal toca eu sou a primeira a sair, vou até meu armário, deixo meu casaco lá e pego apenas os livros que vou precisar.

Assim que saio da escola vejo várias garotas ao redor de Greg e seu carro idiota, observo de longe ele falar com todas elas sorrindo e uma delas enconstar na mão dele. Quando todas elas vão embora eu me aproxímo.

- Amor, eu não vou poder ir pro hospit-
- Quem eram elas? - Ele me olha confuso depois de ser cortado.
- O quê?
- As garotas que você tava dando em cima. - Digo sem piscar, olhando fixamente para ele.
- Eu. Eu não tava. Qual é amor, eu não tava dando em cima de ninguém. - Ele tenta por as mãos em meus ombros mais eu desvio e entro no carro.

Retoco a maquiagem sem dizer um piu, só ouço os passos dele rodarem o carro, ele entra e respira fundo.

- Eu não dei em cima de nenhu-
- Só me deixa no hospital. - Ele me olha firme, depois vira pra frente e começa a dirigir.

Comigo não tem isso de disputa, ele pode procurar mais não vai achar substituta. Talvez ache, mas o brinde de casamento deles não vai ser tão legal quanto o nosso.

Eu não tô brava, é só que ele é gentil demais, e vai que alguma burra pensa que é investida da parte dele... Vi o hospital e senti o carro parando, ele puxou o freio de mão e me olhou nervoso.

- Eu nunca daria em cima de outra.
- E se alguma doida confundir sua gentileza com flerte?
- Ela que se foda. - Ele disse e eu sorri.
- Ela que se foda. - Eu dei um selinho nele, ele logo iniciou um beijo, ele ia colocando a mão que aquela magricela loira havia encostado no meu rosto, mas antes disso eu segurei a mão dele e cessei o beijo.
- Lava essa mão. - Ele sorriu bobo.
- Tô me apaixonando mais com você mostrando esse lado ciumento, possesivo e obssessivo... - Sorri sínica e saí do carro.

Eu tiro a mão dele da minha coxa e saio do carro.

- - - - - - -

Assim que entrei no hospital tio Lenny me viu e veio até mim, ele tava com a mesma roupa de ontem, fedendo.

- Graças a Deus! Fica com o Keithie, eu e sua tia PRECISAMOS ir em casa. - Eu apenas assenti e tio Lenny saiu pela porta.

Roxanne estava falando com a moça da recepção, eu fui até ela e ela sorriu pra mim.

- Já falei que você vai cuidar dele umas horinhas - Ela me deu um papel. - Aqui o quarto que ele está e como chegar lá.
- Tá bom... - Eu sorri e ela foi embora pela porta que entrei.

Segui as instruções do papel e cheguei até o quarto, Keithie estava olhando pro teto, quando me viu ele sorriu.

- Oi gatinha... - Ele ficou erguendo as sobramcelhas enquanto dizia isso.
- Se toca pirralho. - Eu dei um beijo na testa dele e me sentei numa poltrona ao lado da cama. - E ai, o que aconteceu?
- Eu tinha só fraturado a perna, mas quando o médico encostou pra ver se eu sentia... Eu não só senti com senti uma dor tão forte que meu primeiro reflexo foi dar um chutão na cara do doutor com a perna fraturada, aí terminou de quebrar tudo e o médico só pode engessar ainda agora.

Eu não aguentei. Eu ri tanto, mais tanto, que minha barriga doeu, eu tentava recurerar o fôlego, mas olhava para a cara de Keithie e ria mais, quando consegui parar uma enfermeira bateu na porta.

- Lanchinho para o quebra-queixo!

Gente não deu, eu não consegui me segurar.... Não tankei o 'quebra-queixo' e voltei a rir até ficar sem ar.

- - - - - - -

O tempo havia passado e eu e Keithie agora estavamos tendo a conversa mais profunda que já tive na minha vida.

- Eu tenho medo, sabe...
- Então ele deu mole pra elas?
- Não, quer dizer, eu acho que não...
- Você sabe que se fosse comigo que estivesse namorando, essa desconfiança nunca rolaria.

Eu sorri.

- Sei. Mas e você? Nenhuma pretendente? - Ele ia resondendo, mas eu continuei. - Além de mim é claro.

Ele sorriu bobo.

- A Donna. Mas sei lá... Ela é tão extrovertida que cansa.
- Ah para, ela é um amor.

Conversamos mais um bocado sobre isso.

- E agora me diga o por que que você subiu na janela.
- Ah... - Ele parecia envergonhado.
- Você pode falar pra mim, eu prometo não contar pra ninguém.

Ele pensou por alguns minutos antes de respirar fundo e começar a falar.

- Eu sei que não parece... Mas eu nunca vi peitos pessoalmente. E eu não sei, eu tenho esse 'crush' em você a tanto tempo que decidi que o primeiro par que eu visse tinha que ser o seu...
- Eu não sei se acho isso fofo e bobo, safado e bizarro ou engraçado e estranho...
- Fofo e bobo, fofo e bobo, fofo e bobo. - Ele susurrou baixinho e eu sorri.
- Fofo e bobo. - Ele sorriu feliz.

Conversamos mais sobre esse 'crush' que ele tem em mim, e ele confessou ter várias fotos minhas no celular dele (estou começando a ficar com medo.

- Mas não é assediando, são de você sorrindo, correndo...

Eu sorri para ele.

- Que horas são? - Ele perguntou.
- 17h48. - Um sorriso se abriu de orelha a orelha no rosto de Keithie e ele apertou várias vezes o botão que chamava a enfermeira.

Não demorou muito pra que a coitada chegasse correndo.

- Oi?! - Ele disse ofegante.
- O gesso já secou e eu não tô sentindo dor.
- Vou chamar o doutor. - Ela respirou aliviada e saiu.

Eu fui até a porta e fechei a mesma.

- Keithie eu tenho uma surpresa pra você, fecha os olhos tem que ser antes do médico chegar. - Sem demora ele fechou os olhos e eu me aproximei da cama.
- Se você me bater eu vou chorar. - Ele disse com as mãos nos olhos.

Eu levantei a blusa e o top, e pensei se era uma boa ideia...

- Pode abrir.

Assim que ele abriu os olhos eu consegui vê-los brilharem, não tô brincando, b-r-i-l-h-a-r-e-m, as mãos deles se ergueram em direção aos meus seios.

- Peitos... - Ele disse sem piscar.

E eu só conseguia sorrir, as mãos deles chegaram bem próximas.

- Peitos... Eu... Posso... Encostar... nos... - Eu desci a blusa e o top, fazendo Keithie voltar a realidade.
- Não.
- Aff, estraga prazeres... - Eu sorri e dei um pescotapa nele.

O Feder - Summer Buzzer e Greg FederOnde histórias criam vida. Descubra agora