Vinho Fermentado

|2|Intruso e Vinho

- É... porque não? Tá eu aceito.

- Então vai... - se levanta e estendeu a mão para mim, ajudando a me levantar - vamos sair daqui.- Olhei para a mão dele e toquei em sinal de "tô dentro" e fui.

Senti o toque da mão dele na minha, nos olhamos por um breve momento e saimos do bar.

Eu te levo de carro, está de acordo?

- Tá bom. - Respondi.

- Então vamos.

Saímos do bar e fomos ao estacionamento e simplesmente o carro do cara era um *Tesla*. Não entendia muito de carros mas sabia reconhecer um desses de longe. Ele me ajudou a entrar no carro e sentou logo depois dirigindo, olhou para minha mão e levou aos lábios e beijou levemente.

- Esqueci de perguntar seu nome.- Falei quebrando o silêncio.

- Bernardo. - Falou olhando para o semáforo.

Concordei com a cabeça e olhei pela janela do carro. De vez em quando percebi seus olhares em mim, me observando ao seu lado.

O carro chegou em um prédio alto, em uma avenida que eu não conhecia. Ele estacionou no térreo. - Chegamos... - Ele saiu do carro e abriu a porta para mim, ajudando a sair. A mão dele tocou na minha cintura e nos olhamos por uns segundos. Senti tesão naquilo.

- Pode andar à frente, eu vou segui-la. - Ele fecha a porta do carro e começamos a andar para o prédio. Sabia o motivo de deixar eu ir na frente , ele queria me analisar, olhar meu corpo, poderia ser educado mas ainda sim era um homem. Olhei para ele e comecei a repensar em como cheguei alí, não dava mais para se arrepender.

Abriu a porta do elevador e entramos juntos. Após entrarmos, o elevador começou a subir, ficamos mais perto um do outro - Lótus, você está bem? - O elevador para e se abre e ele me ajuda a sair, com a mão novamente tocando a minha cintura de leve.

- Tô sim.

Claro que não porra. Tô com medo e acho que ele percebeu.

- Olhe para mim. - Deixou a mão na minha cintura e um olhar com firmeza nos olhos, colocando a outra mão ao lado do meu rosto. Eu não pude deixar de olhar para ele, sentindo o seu hálito e o seu cheiro em minha pele. Em uma fração de segundos, ele beijou meus lábios. Retribui o beijo me encostando na parede do corredor.

Se afastou olhando nos meus olhos, tocando meu rosto com a mão, seus lábios ainda molhados. Os olhos se encontram, sentir força e poder nas mãos dele, que se colocam em minha cintura. Não vou mentir, me senti fraca, mas segurei quando ele voltou a me beijar, tocando seu rosto com as duas mãos.

Apertava minha cintura, sentindo minha forma, feminilidade. Tava quase caindo de tão fraca que fiquei enquanto ele me pressiona contra a parede. Separei do beijo, para buscar ar tentando controlar a respiração.

Ele respira fundo, olhando nos seus olhos com um sorriso leve em seu rosto. Beijou minha bochecha e a testa, deixando seus lábios secos. Seus braços continuam ao meu redor.

- A gente pode entrar logo? - olhei o corredor do prédio com medo de alguém nos vê.

- Claro, Lótus.- Andamos pelo corredor e chegamos a porta do apartamento.

A fechadura da porta abria com a digital, o que eu achava que existia apenas em filmes. Eu sei que a tecnologia tá evoluindo a cada dia que passa mas me senti como um homo sapiens descobrindo o fogo quando olhei aquela porta.

Entramos e ele fechou a porta logo em seguida. Não virei muito o rosto para olhar o AP, não queria que ele me visse como alguém que nunca olhou um lugar grande com móveis mas a minha curiosidade era maior.
Olhei para ele e tomei a atitude, beijando sua boca como se estivesse com fome. Acho que ele tomou um susto porque eu fiz isso muito do nada.

Ele caminha me guiando pela casa enquanto nos beijamos, senta em um sofá e continua com o beijo passando seus dedos, tocando em cada parte do seu corpo. Caio sobre o seu colo, com o seu corpo mais baixo e a sua boca sobre a minha.
Começo a desabotoar sua camisa, se afasta por um segundo e seus dedos deslizam por meu queixo pegando meu cabelo levemente, passando seus lábios agora pelo meu pescoço, sentindo sua respiração na pele macia.
Termino de desabotoar a sua camisa volto a beijar seus lábios passando a mão por seus ombros. Ele ajeita e tira a camisa por completo colocando os lábios na minha bochecha, sentindo o perfume na pele. Em uma fração de segundo, a mão dele desce na minha cintura, levando me novamente ao seu colo e tiro minha camisa, ficando com o sutiã.

Seus dedos acariciam meu pescoço enquanto suas pupilas se dilatam. Ele continua com a mão no meu corpo, apertando as minhas pernas. Nesse momento seu celular toca, mas ele desliga o rapidamente jogando para o lado no sofá, não me preocupei com isso, focando em sua boca.
Nossas respirações ficaram alteradas, senti o ar ofegante entre seus lábios.

As mãos dele sobe às costas acariciando enquanto seus lábios me beijam. A porta começa a tocar e ele abre um pequeno espaço entre nós, sem saber o que está acontecendo, colocando um dedo na boca indicando para ficar em silêncio, se levanta indo verificar quem tocaria na porta. Permaneci no sofá não entendo nada.

- O que foi? - Perguntei com voz baixa, quase sussurrando, olhando para ele preocupada.

- Não se preocupa. - Disse tentando me tranquilizar.

O toque da campainha é ouvido novamente no apartamento. Ele olha pelo olho mágico. Pude ver seu olhar duro enquanto seu rosto fica sério, fazendo um sinal para mim ficar quieta tocando a digital na porta e abrindo-a lentamente.

O rosto dele se altera totalmente ao olhar para a pessoa na porta.
Como o sofá era distante da porta e mesmo que me inclinace, não conseguia ver quem era mas, pude ouvir a voz de um homen.

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