Nasce no coração do homem o anseio,
Um desejo profundo, um suspiro sereno,
Nas asas do amor e da esperança,
Uma fada emerge, dançando na bonança.
Feita de sonhos e risos, sua essência é pura,
Uma criatura mágica, uma vida segura,
Do desejo humano, e...
Fui designado para uma missão especial, alguém havia pedido minha ajuda. Nossa jornada nos levou a Mondstadt, em uma região específica onde alguém estava enfrentando problemas. Minha missão era purificar a alma que clamava em desespero. A jovem fada que me seguia até lá estava determinada a ajudar, mas eu não podia levá-la ao local onde eu exerceria minha ajuda. Deixei-a aos cuidados de Mondstadt e segui meu caminho até onde minha presença era necessária.
Ao chegar ao local, as coisas estavam piores do que eu havia previsto. A alma que havia caído em desgraça estava sob o domínio de forças malignas terrivelmente poderosas. Eu podia sentir a corrupção emanando daquela alma atormentada. Foi então que a alma percebeu minha presença, e entramos em conflito. Era uma batalha que superava minhas expectativas.
Nosso confronto começou. Para libertar aquela alma da corrupção, eu precisaria de mais do que minha força habitual. Empunhando minha lança, lutei sem piedade para purificar a alma corrompida.
No entanto, em algum momento, fui atingido. Sofri um ferimento grave na costela, e o golpe rasgou minha roupa, expondo o sangue do ferimento. Era evidente que aquela luta não terminaria de outra forma. Eu, Yaksha, consegui salvar aquela alma da corrupção, mas não saí ileso.
Segui meu caminho por quilômetros, mesmo com a visão embaçada pela dor, na ponte que me levava de volta a Mondstadt, não havia mais forças para continuar. Ali, foi onde finalmente caí.
Lembro-me de ser envolvido em um abraço antes de desmaiar. Com a visão embaçada e apenas o som distante de vozes, alguém me segurou com ternura. Pude sentir aquele abraço como se estivesse me esperando. Era ela, mais uma vez.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Cai em seus braços, e isso trouxe calma ao meu coração. Minha respiração ofegante e instável começou a se estabilizar, e ali descansei. A única coisa que lembro de ter ouvido foi um suave "Você voltou...". Sim, eu tinha voltado, e estava feliz por isso. Sentia-me feliz por estar nos braços de alguém que fazia meu coração acelerar e, ao mesmo tempo, minha alma se acalmar. No entanto, ao mesmo tempo em que encontrava conforto em sua presença, também a odiava por isso. Odiava-me por gostar de estar perto dela...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Acordei em um lugar desconhecido, deitado sob uma cama confortável. Ajoelhada ao lado da cama, vi a jovem, segurando minha mão enquanto dormia sentada. Meu coração deu um salto inesperado, um misto de surpresa e incerteza. Por que ela ainda estava aqui? Seu rosto sereno enquanto dormia, suas feições angelicais, de certa forma, alegraram-me de maneira estranha.
Passei um momento apenas observando-a, maravilhado pela sua presença constante. Era como se ela estivesse determinada a permanecer ao meu lado, não importava o que acontecesse.
talvez...
Após algum tempo, ela acordou lentamente e, percebendo que ela ainda segurava minha mão, decidi soltá-la antes que ela notasse que talvez tivesse gostado daquele gesto. Pigarreei suavemente e então disse:
— Achei que tivesse sido claro quando disse que não queria você e eu dormindo juntos — disse com frieza, desviando o olhar.
Ela me olhou espantada, mas ao invés de ficar chateada, abriu um sorriso e me abraçou repentinamente. Fiquei surpreso com o gesto, mas não consegui evitar que um calor se espalhasse pelo meu peito.
Ela me olhou nos olhos com uma expressão de profunda melancolia, algo comum entre as fadas, que eram criaturas sensíveis por natureza.
— Achei que fosse morrer! — disse, sua voz carregada de emoção.
Eu a encarei, surpreso com a intensidade de seus sentimentos.
— Me solte, está me apertando — pedi, e ela rapidamente me soltou.
Ela limpou as lágrimas dos olhos e parecia envergonhada por sua reação.
— Me desculpe, senti medo de perde-lo.
É claro que ela sentia medo de me perder. Meus pensamentos se tornam um turbilhão enquanto observo a fada à minha frente. Seu medo, sua dependência de mim, tudo isso mexe comigo de maneira que não compreendo completamente. Eu a trouxe para esse mundo, e agora ela parece incapaz de enfrentá-lo sem minha ajuda.
Uma sensação de culpa começa a se insinuar em meu peito. Ela não escolheu estar aqui, e mesmo que eu a tenha libertado, sinto uma responsabilidade crescente por ela. Ela confiou em mim para guiá-la, para protegê-la, e não posso simplesmente abandoná-la.
— Não seja boba, um Yaksha jamais pereceria por algo tão pequeno, e se quer saber sua grande idiota, não vou deixa-la sozinha, você é frágil de mais pra sobreviver sem alguém ao seu lado
As palavras saem mais duras do que eu pretendia, mas parece que é isso que ela precisa ouvir. A fada me olha com surpresa, talvez não esperasse que eu fosse tão direto. No entanto, sua expressão muda de surpresa para alívio.