Aranys - Diplomacia e Mistério

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O sol começava a nascer no horizonte, pintando o céu com tons de laranja e violeta, quando Aranys avistou ao longe as torres imponentes da capital. O vento soprou suavemente, acariciando seu rosto enquanto ela conduzia Esperança, sua fiel companheira alada, em direção à cidade.

Aranys observava a grandiosidade da capital se aproximando, as muralhas altas e imponentes erguidas com pedras antigas que testemunharam séculos de história e intriga política. O brilho do sol poente refletia nas janelas dos prédios altos, fazendo-os reluzir como jóias incrustadas na paisagem urbana.

À medida que se aproximava, pôde distinguir o emaranhado de ruas movimentadas, com carruagens, mercadores e cidadãos indo e vindo. O cheiro de especiarias exalava dos mercados, mesclando-se com o aroma fresco das flores que adornavam os canteiros ao longo das avenidas principais.

Esperança começou a descer suavemente, suas asas poderosas batendo ritmicamente para encontrar o solo. O ruído das pessoas nas ruas ecoava até ela, enquanto Aranys aterrissava com destreza em uma clareira designada para as chegadas aéreas nos arredores da cidade.

Assim que seus pés tocaram o chão, Aranys desmontou com graciosidade, ajustando a capa que flutuava ao vento. Seu olhar perspicaz vasculhava o horizonte urbano, enquanto os murmúrios da cidade chegavam até ela. Era a capital, um redemoinho de atividades, intrigas e segredos bem guardados.

Aranys respirou fundo, absorvendo o ambiente familiar e, ao mesmo tempo, repleto de desconhecido. Sabia que, uma vez mais, estaria imersa no jogo político e nas complexidades da vida na corte. Com determinação, começou a caminhar em direção às muralhas, pronto para enfrentar os desafios e mistérios que aguardavam na capital.

Aranys adentrou os portões maciços do Palácio de Ferro, a residência majestosa que abrigava os corredores de poder e os segredos mais bem guardados do reino. A luz do sol nascente infiltrava-se pelas janelas altas, iluminando os corredores adornados com tapeçarias antigas e estátuas de reis passados.

Guardas em armaduras reluzentes se curvaram em saudação quando ela passou, reconhecendo sua autoridade como a herdeira real.

Aranys caminhava pelos corredores do palácio, seu passo firme e decidido contrastando com a tensão que sentia. Ao dobrar a esquina, avistou Tibéria, uma das criadas mais antigas do castelo, ocupada com suas tarefas diárias.

"Tibéria, boa tarde," cumprimentou Aranys com um sorriso gentil.

"Oh, minha jovem Aranys! Como é bom vê-la novamente!" Tibéria respondeu, seus olhos iluminando-se ao reconhecer a herdeira. "Como está se sentindo? Seus olhos revelam preocupações."

Aranys assentiu, seus pensamentos tumultuados. "Há muito em minha mente, Tibéria. Além disso, estou à procura de minha mãe. Ouvi dizer que ela saiu para uma busca e ainda não retornou. Você sabe algo a respeito?"

Tibéria baixou os olhos por um momento, sua expressão preocupada. "Sim, minha querida. Sua mãe, a Rainha Miharys, partiu há alguns dias em busca de respostas sobre um assunto delicado. Ela sentiu a necessidade de agir rapidamente e partiu, prometendo retornar em breve."

Aranys sentiu um nó se formar em sua garganta. "E ela não retornou ainda?"

"Não, Aranys. Até agora, não tivemos notícias dela," respondeu Tibéria, sua voz carregada de apreensão. "Estamos todos preocupados. Mas ela é forte e determinada. Tenho certeza de que logo a veremos retornar, são e salva."

Um misto de preocupação e determinação tomou conta de Aranys. "Obrigada por me informar, Tibéria. Vou investigar mais sobre o paradeiro dela. Se souber de algo mais, por favor, me avise imediatamente."

A Coroa de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora