6- O Exército Mercenário

13 0 0
                                    

O Mestre Guia e Whisper estão de volta a Guilda dos Heróis. E novamente os Emissários estão reunidos na Câmara do Destino. Sentados ao redor da grande mesa branca eles discutem a situação.

- E então, qual é o plano? ­- Questiona Briar Rose.
- Precisamos de mais informações sobre Artemísia e seus seguidores - responde Weaver. - Se ela realmente alcançou o Vazio...
- Achei que apenas seres como Jack pudessem acessar o Vazio - diz Maze.
- Eu também - responde o mestre.
- Mas parece que estávamos enganados.
- Denyel. - Ele se volta para o herói. - Quero que vá ao encontro do Exército Mercenário e fale com a Vidente. Talvez ela possa nos orientar.

Nesse momento Denyel expressa um olhar de tristeza.

- Eu posso ir em seu lugar - diz Thunder tocando o ombro direito do amigo. - Sei que é uma situação difícil.
- Está tudo bem. Mas acho que Twinblade não vai me receber de braços abertos.
- Tem razão - diz Weaver. - Mas você saberá lhe dar com ele. Bom - continuou o mestre - eu também vou visitar um amigo.
- Aonde vai desta vez? - pergunta Briar Rose.
- Ao encontro de Sirius. Provavelmente ele já está sabendo de tudo o que está havendo.

Weaver encontra-se diante dos portões da guilda. Denyel surge ao seu lado montado em uma moto modelo Fazer de cor cinza escuro. Os portões se abrem e do lado de fora o carro preto mais uma vez aguarda por Weaver. O mestre entra no veiculo sentando-se no banco de trás. O motorista acelera seguinto para o oeste enquanto Denyel segue para o leste.

Após pilotar por alguns quilômetros, Denyel chega a uma pequena cidade. Ele estaciona próximo a uma calçada em frente a um mini mercado e então desce da moto. Com um olhar nostálgico ele observa o lugar lembrando-se de sua infância, de seus amigos e dos momentos felizes com sua família.
O herói caminha para o interior da cidade. Denyel percebe que muita coisa mudou, mas o lugar ainda possui algumas casas e comércios construídos na época da formação da cidade.
Crianças brincam, nas calçadas e no asfalto enquanto alguns vendedores ambulantes trabalham pelas ruas da de Carvalho Branco, o lugar onde ele nasceu e viveu sua infância.
Denyel é então acometido por antigas lembranças. A cidade está em chamas. Há dezenas de corpos pelo local incluindo o de seu pai. Um homem com um sorriso sádico e empunhando um machado corre em sua direção, mas um poder o atinge fazendo-o cair sem vida. Diante de Denyel está Maze que se aproxima e lhe estende a mão.

- Venha comigo garoto, para a Guilda dos Heróis.

Denyel recobra os sentidos ao ouvir a voz de uma menina que o chamava.

- Você está bem? - ela pergunta com uma expressão preocupada.

O herói responde que sim e então segue em frente.
Ao perceber a presença de Denyel, algumas pessoas o cumprimentam de forma alegre. O dono do bar o convida para entrar e diz que será por conta da casa, mas o herói recusa educadamente e segue seu caminho. Mais adiante Denyel chega à praia. Alguns comerciantes e pescadores trabalham no local.
Ele caminha pela areia branca e fina em direção a um barco.

- Para a Ilha do Sul - ele diz entregando algumas moedas de ouro para o barqueiro.

Após um longo percurso pelo mar, Denyel chega a seu destino. Ele desce do barco e caminha pela praia adentrando a floresta. Depois de percorrer por alguns minutos, o herói chega a um local onde está um grupo de homens, comendo e bebendo em volta de uma fogueira. Ele se aproxima do grupo que se irrita ao vê-lo.

- Você não é bem-vindo aqui - diz um homem careca, com brincos de argolas dourados, vestindo calça preta e camisa azul escura com as mangas dobradas sobre os cotovelos. Ele está sentado sobre um tronco e segurando pelo osso um pedaço de carne com a mão esquerda

- Estou ciente disso, mas preciso falar com ela.

O homem se levanta. Ele joga o osso da carne na fogueira e se aproxima de Denyel.

- E por que acha que meu capitão irá recebê-lo? - diz o pirata com um olhar de desprezo. - Depois de tudo que aconteceu.
- Deixe-o em paz, Yugrant - diz Edward ao se aproximar. Ou se esqueceu de quem ele é?

Com um ar de desprezo Yugrant abre caminho. Atravessando a floresta Denyel chega a um grande portão de aço escuro no centro de um grande muro. No alto do muro está uma mulher vestindo calça cinza escura, jaqueta preta aberta e uma camisa branca. Seus cabelos longos e preto se movem com o vento e ela apoia uma metralhadora em seu ombro direito.

- Há quanto tempo, Denyel. Finalmente veio nos visitar.
- Diana! - Ele a cumprimenta acenando e sorrindo. - Que bom te ver.

Denyel adentra os jardins da fortaleza. Ele percebe que três homens e duas mulheres protegem o lugar empunhando armas de fogo e lâminas. À sua frente está uma grande fortaleza de concreto em formato retangulare fortificada com placas de metal. De seu interior sai um homem que se aproxima do herói. Um gigante com mais de dois metros de altura, corpo extremamente musculoso, cabeça raspada e uma volumosa barba marrom. Ele veste botas pretas, calça cinza clara e um longo casaco de couro marrom de mangas compridas.
O casaco aberto revela o peitoral nu que ostenta algumas cicatrizes cinquistadas em batalhas. Diante de Denyel está Twinblade, líder do Exército Mercenário.

- O que está fazendo aqui, herói? - diz Twinblade com tom de raiva e ironia.
- Eu preciso vê-la.
- Esse é o único motivo pelo qual eu permito que esteja aqui.
- Imagino que já saiba sobre os recém-chegados em Albion.
- Easley e Artemísia - ele diz enquanto alisa sua barba. Ela já me informou. Mas você derrotou Jack. Então não há o que temer
- Mesmo assim Weaver me enviou. Sabe como ele é precavido. Além disso, não conhecemos o poder daqueles dois.
- Por acaso está com medo?
- Com certeza não. Mas passar tanto tempo com o mestre também me tornou uma pessoa precavida.
- Precaução é para os fracos. Eu prefiro a batalha e por isso inda espero por uma revanche.
- Um dia, eu prometo - responde Denyel.

A conversa dura pouco, pois uma terceira voz os interrompe.

- Olá Denyel.

Ao virar-se para o lado, o herói se depara com uma mulher aparentando pouco mais de trinta anos. Seus cabelos são vermelhos e chegam à altura dos ombros, seus olhos estão cobertos por uma faixa branca com manchas de sangue. Ela veste uma camisa branca de mangas curtas, abotoada por botões de mesma cor. Sobre sua cintura está uma longa saia branca com galhos e flores vermelhas adornando o lado esquerdo enquanto o direito está aberto deixando sua perna à mostra. E sobre os pés ela usa um par de sandálias marrons.

- Já faz um bom tempo - ela diz com uma expressão seria. - Irmãozinho.

Fabula dos Capítulos Perdidos (Editando)Where stories live. Discover now