7- Velho Amigo

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Diante do heroi está sua irmã mais velha Theresa Vermilion.
Ao ver a faixa cobrindo os olhos da irmã, Denyel então desvia o olhar.

- Continua se culpando pelo que aconteceu? Quando vai se acostumar com isso?
- Nunca - ele responde com uma expressão triste.
- O fato de ter a visão tirada de mim, não me torna alguém inferior. E você sabe disso. Todos aqui sabem disso.

Theresa se volta para irmão desafiando-o para um duelo. Denyel aceita e com sorrisos desafiadores em seus rostos eles partem para o ataque.

Weaver chega a região central de Aurora, um lugar com diversas casas, prédios e comércios. Entre as construções que preenchem a cidade uma se destaca. Localizada no centro, sustentada por dezenas de colunas de mármore branco, ornamentadas com detalhes dourado. Weaver caminha até ficar frente a uma grande porta dupla de madeira maciça e ornamentada. Dois soldados que guardam a entrada saúdam o mestre antes das portas se abrirem.
Dentro do templo estão diversas pessoas que conversam e andam de um lado para o outro atarefadas e sem tempo para conversar. Sentado sobre um grande trono branco com adornos dourados está um homem de olhos e cabelos cinza que aparenta estar entediado com o queixo apoiado sobre sua mão esquerda. Ao ouvir o som de passos ele levanta seu olhar na direção da porta. O homem então sorri ao ver Weaver caminhando em sua direção.

- Há quanto tempo meu amigo! - ele diz ao se levantar.

Enquanto caminha até Weaver seu manto vermelho escuro arrasta pelo chão e seus cabelos longos ultrapassam a linha da cintura.

- Sirius, meu amigo! Já estava na hora de lhe fazer uma visita.
- Estou muito feliz que esteja aqui - ele diz envolvendo o braço esquerdo sobre os ombros de Weaver. - Agora venha, vamos beber e conversar um pouco.

Enquanto se retiravam do salão, eles são surpreendidos por uma mulher de pele negra, cabelos pretos e cacheados na altura dos ombros. Ela veste uma saia branca cujo comprimento chegava pouco acima do joelho. Seu peitoral e suas canelas são protegidos por placas de metal prateadas enquanto seu tronco é envolvido por uma malha de tecido cinza escuro.

- Aonde pensão que vão? - pergunta a mulher.
- Não seja assim. Deixe-me um pouco com meu amigo - diz Sirius como uma criança que implora por algo.
- Você é o Rei de Albion, deveria ter mais responsabilidade.
- Deixe-os a sós, Agatha. - Responde outra voz.

Ela olha para o lado e vê um homem de cabelos curtos e vermelhos que se aproxima. Weaver agradece e junto do rei ele atravessa uma porta se retirando do salão principal.
Agatha se aproxima do homem que usa um sobretudo cinza escuro, sem mangas, com pelos pretos ao redor do pescoço e rasgado na parte inferior. Por baixo da vestimenta ele usa calça preta e uma camisa branca.

- Por que deixou o rei sozinho com aquele homem, Kardia? Sabe que não confio nele.
- Não há com que se preocupar. Você juga Weaver, mas o conhece pouco. É graças a ele e aos guerreiros daquela guilda que este reino, não, este mundo está a salvo.

Sirius e Weaver estão em um pequeno salão. As paredes do local são feitas com blocos de pedras cinza e o chão de cor negra e brilhante.
Sentados em uma pequena mesa de madeira eles conversam enquanto bebem vinho. O rei comenta sobre o tedio que é ficar sentado em um trono, mas Weaver interrompe os devaneios do amigo e fala sobre o retorno de Artemísia e de sua guilda.

- A Lua Vermelha, ou Lua de Sangue se preferir - diz Sirius. - É sobre eles que veio conversar. Não é mesmo?
- Lua Vermelha. Então é assim que se chamam? Perspicaz como sempre, seu pai ficaria orgulhoso - ele diz olhando para o quadro que está atrás de Sirius.

Uma pintura de um homem com pouco mais de meia idade vestindo um manto branco e de longos cabelos negros e uma volumosa barba. Está sentado sobre um trono branco, o mesmo que agora é ocupado por Sirius.

- Se aquele homem não tivesse se rebelado contra nós - falou o Rei de Albion.
- E agora seus filhos estão aqui para se vingar - completou o Mestre Guia.

Sirius se levanta e se volta para o quadro atrás dele. Enquanto observa a imagem de seu pai, ele relembra de seu passado.

- Eu vou aguardar - diz Weaver pegando a taça de vinho - Até que retorne de suas lembranças.

Fabula dos Capítulos Perdidos (Editando)Where stories live. Discover now