O jovem adulto andava pelas ruas de Topcity. Destruído, abalado e sem esperanças.
O mundo de Lggj havia caído. E isso o perturbava.
Sua garganta doía, ele já gritara em desespero mais vezes do que poderia contar; seu rosta estava seco e tinha um brilho fosco, também já chorara. Tudo parecia irreal.
Por que alguém iria querer destruir tudo que era importante para ele? Ele só havia saído para pegar os fogos de artifício que comprara. Por que aqueles homens mascarados apareceram? Eles tinham armas, eles o enganavam. Por que acreditou que o Eokor realmente estava no banco? Ele tinha que para de ser tão ingênuo.
Tudo parecia tão confuso, aquelas máscaras brancas, aqueles dois homens; um deles parecia tão confuso. Ele tentou fugir, mas, só ouviu o barulho da explosão. Nunca tinha ouvido esse barulho antes — não na vida real — mas, assim que ouviu, sabia o que era. Por um momento, ele correu como nunca, os homens mascarados não o seguiram, e em poucos segundos, seu mundo caiu.
Haviam explodido o restaurante. O seu restaurante, o lugar que passou tempo com tanta gente, o lugar que escondia a CEDE da Bigodes, o lugar que se esforçou tanto para criar. Todo o dinheiro tempo e emoções investidas tinham virada poeira. Parecia que Lg tinha sido explodido também. Ele chorou e gritou, queria o machucar. Mas isso não era tudo.
Também haviam sabotado a inauguração do parque. "Por quê?" se perguntou mas uma vez. A voz irritada e decepcionada de Eokor ecoava pela sua cabeça, por que o tratavam como se ele estivesse estragado tudo? Ele não havia feito nada. Não tinha sido ele. Ele não bateu ou gritou com ninguém; nada disso era sua culpa.
O moreno finalmente tinha chegada ao seu destino, o parque. Ele sentou em um balanço e se permitiu sentir o vento frio colidir com sua pele. Era inegável dizer que ele estava mal, seu corpo tremia levemente e ele mordia o próprio lábio constantemente. A cidade estava tão escura, parecia que os poste espalhados eram só enfeite. De longe ele ainda podia ver a destruição do restaurante. A cidade estava silenciosa, a coisa mais agitada era a sua mente. Então, seu celular apitou em uma notificação.
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Jazz
- Lg, onde vc tá?
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Lg respirou fundo antes de responder, logo recebendo o aviso que Jazzghost estava indo ao parque, de acordo com o próprio, ele precisava conversar com ele.
O moreno esperou pela chegada do outro homem, tendo seus olhos presos ao céu para passar o tempo. Depois de cerca de dez minutos, ouviu um pigarreio alto, seguido de um chamamento; era Jazz.
— Oi, Lg — disse Jazz — como você 'tá?
O homem foi se aproximando de Lg, que olhou para baixo, Jazzghost carregavam em sua mão duas garrafas.
— Péssimo — suspirou pesado — eu não fiz nada e tudo deu errado.
Seus olhos estavam presos no céu escuro.
— Quando vi aquilo, só pensei em o quanto você estava mal — aquilo não era uma mentira completa —, alguma ideia de quem poderia ser?
Lg mordeu o interior de sua boca; sim, ele tinha uma ideia.
— Acho que foi o governo — disse, tentando amenizar os próprios pensamentos, ele sabia o que o governo significava —, mas, não tenho nenhuma prova.
Jazz sorriu discreto.
— Me parece uma boa hipótese.
— Eu quero vingança — disse Lg sem pensar, controlar sua mente estava sendo difícil.
Jazz encarou o moreno.
— Vingança? Não acho que seria uma boa opção.
Lg retirou seus olhos do seu e olhou o homem à sua frente, tinha certeza que Jazz o apoiaria.
— Não? — indagou.
— Não. Sei, que agora, tudo parece escuro e sem saída para você, Lg. Mas, você sempre vai encontrar a sua luz. Antes de vir para cá, eu tinha perdido tudo, mas, isso aqui; Topcity, foi minha luz. Não desista Lg. Até nos momentos mais escuros, você pode encontrar a sua luz.
— Dúvido — retruca incrédulo, não tinha como isso acontecer.
— Eu não vejo a cidade da forma escura que você vê, Lg — disse coçando o cabelo levemente — e vou te ajudar.
— Me ajudar?
— Sim. Na minha família, tínhamos um costume — mentiu — nos momentos mais difíceis, bebíamos um drink e fazíamos um brinde, sempre tive a impressão que as coisas ficavam mais claras depois disso — sorriu, aquele sorriso parecia tão verdadeiro, mas era tão falso.
Lggj não respondeu.
— Toma — disse Jazz, o estendendo uma de suas garrafas e abrindo a própria — abra e vamos fazer um brinde.
Lg abriu a garrafa e esperou pela fala do outro.
— À recomeços! E a sua nova luz! — bradou Jazz, sorrindo.
— À recomeços! E a minha nova luz! — repitiu Lg, tomando da garrafa.
Lg fechou os olhos, bebendo gole por gole, esquecera o quão seca sua garganta estava, a bebida não tinha gosto de água e nenhum drink que já tomara; não sabia definir o gosto, mas, bebeu até a última gota. Quando abriu os olhos, eles se arregalaram, estava tudo tão claro.
As partes do céu que estavam mais escuras, agora, eram mais claras. Tudo parecia tão novo, ele estava se sentindo novo. Parecia realmente um recomeço, uma luz. Um novo homem. Viu Jazz a sua frente, ele sorria, Lg encarou seus olhos azuis por breves segundos.
— Espero que tenha conseguido te ajudar, Lg — Jazz pegou a garrafa de sua mão.
— Obrigado, Jazz — agradeceu.
— Sem problemas. E lembre Lg, está tudo mais claro agora. Pense no seu futuro.
Lg sorriu um pouco.
— Eu vou.
Jazzghost saiu da praça lentamente, indo para um lugar que Lg não fazia ideia de qual era. Lg, por sua vez, não ficou parado; começou a andar. Um sentimento se apossava de seu corpo, raiva, sim, mas também, uma ideia. Sabia o que tinha que fazer: iria acabar com a Bigodes.
O moreno andou pelas ruas vazia de Topcity, passando do lado do bar do Ralls, onde seu carro estava estacionado. Por um milissegundo, olhou se próprio reflexo no vidro da janela do automóvel mas, não percebeu um detalhe importante.
Seus olhos. Estavam azuis.
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Oi! Gostaram do capítulo? Fiquei animada e escrevi rápido.
Esse capítulo foi um pedido de @Doc3e3. Espero que você tenha gostado e que tenha satisfeito as suas expectativas.
Se puderem comentem e votem no capítulo.
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"Fora desse mundo quadrado" - Topcraft
Fiksi Penggemar"E se Topcraft se passasse no nosso mundo, e não dentro de um mundo quadrado?" O mundo é muito grande e diverso. Cheio de possibilidades. O mundo pode mudar, se transformar em um piscar de olhos. Porém essa mudança também pode ser demorada e complex...