A Irmã do Meu Melhor Amigo

Capítulo Seis - Maldito Ciúme

O Melhor Amigo do Meu Irmão

Capítulo Cinco

Natalie Rufford's POV

Dou uma voltinha em frente ao espelho, torcendo meu pescoço para poder me olhar de todos os ângulos.

Oh, sim, essa roupa está demais. Abençoada Allie que me convenceu a comprar esse conjunto de saia e blusinha frente única quando o provei na loja, meses atrás. Naquela época eu ainda namorava, então não tive vontade de comprar porque não estava saindo para praticamente lugar nenhum, mas ainda bem que tenho uma melhor amiga mais esperta do que eu.

Hoje é sábado e a festa para qual Jeremy do Basquete me convidou já começou há quase uma hora inteira. Eu e Allie estamos nos arrumando – lê-se enrolando – desde às cinco da tarde, e agora já são quase nove horas. Talvez estejamos um pouco mais atrasadas do que eu pretendia, mas de qualquer maneira, não tenho hora para chegar, nem pressa.

Não conto isso para Allie, mas às vezes me arrependo um pouquinho de ter concordado em ir. Não sei se estou com cabeça para todo esse agito.

– Lily e Eva já estão nos esperando lá embaixo – Allie murmura conforme digita freneticamente em seu celular – Está pronta, Nat?

Finalmente desvio minha atenção no espelho e me viro para minha melhor amiga, sorrindo como o Coringa. Mesmo que os pensamentos pessimistas venham de vez em quando, agora que estou pronta, me sinto mais confiante em mim mesma.

– O que você acha?

Os olhos castanhos de Allie se iluminam conforme ela me olha de cima a baixo.

– Graças a Deus te convenci a comprar essa roupa. Azul definitivamente é a sua cor.

Jogo um beijinho para ela.

– Obrigada, Allie, você é a melhor do mundo.

Ela revira os olhos conforme vem na minha direção e enlaça a minha cintura, passando a me arrastar para fora do quarto. Minha amiga também está linda de morrer com seu cabelo castanho cacheado preso num rabo de cavalo alto e uma calça jeans justa empinando a bunda.

– Vamos logo. Não quero chegar na festa quando todo mundo já estiver muito bêbado e vomitando nos meus pés.

Eu apenas solto uma risadinha maliciosa conforme me deixo ser arrastada.

(...)

O conversível vermelho da Eva corre a toda pelas ruas de Boston, o vento batendo no meu rosto e revirando meu cabelo enquanto "Break The Ice", da Britney Spears, explode pelos alto-falantes. Nós quatro cantamos junto com a princesinha do pop a plenos pulmões, curtindo o clima da noite que está apenas começando.

Toda a dúvida sobre sair esta noite evaporou como água no deserto. Eu nem mesmo deveria ter cogitado a hipótese estúpida de ficar em casa. Nesse momento, rindo e me divertindo com minhas amigas, percebo o quanto eu estava me sentindo sufocada, literalmente pressionada por tentar com todas as minhas forças manter um relacionamento que já escorria pelos meus dedos.

Graças a Deus isso acabou. É como respirar ar puro depois de passar meses trancada numa caverna escura e úmida no meio de uma floresta de mata atlântica rodeada por quilômetros e quilômetros de mar aberto já que – olhe só! – essa floresta e essa caverna ficam numa ilha deserta no meio do Oceano Atlântico.