Segredos

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Caminhando pelo corredor com Prado e um de seus lacaios logo atrás de Maraisa, ela foi até o escritório de Marília. Por que ela me chamou?

Marília parecia chateada por algum motivo quando Maraisa deu uma rápida olhada nela. No entanto, uma pequena parte de Maraisa estava animada.

Marília era tão esbelta, mas tão masculina, que andava de um lado para o outro com aqueles dedos longos e mãos grandes cuidadosamente colocadas atrás das costas. Quando Maraisa parou em frente à porta - adivinhe a cor da porta? Preta! Qual é o problema de Marília com o preto? É tudo preto, porra! Prado deu um tapa forte na porta, mas não antes de se abaixar até a altura de Maraisa e sussurrar: — É melhor você se cuidar, Pereira.

Então Prado cuspiu bem na cara dela.

Puta de merda!

Sacudindo o resíduo úmido do rosto, Maraisa ouviu o comando reconhecível. Abrindo a porta, Prado a empurrou para dentro. Pega de surpresa, ela tropeçou no carpete preto. Ouviram-se risadas acima dela e ela sentiu uma mão agarrá-la com força. Esta aqui sofrerá em minhas mãos.

Maraisa viu as costas largas de sua diretora. De frente para a janela, como sempre fazia. Para onde ela estava olhando constantemente?

— Você pode ir embora agora.

Marília quer ficar sozinha com ela? Que intrigante. Quando seus olhos se moveram para o arquivo com o nome dela. Algo se encaixou no lugar.

Uma lembrança de Hugo a alcançou. Merda, e se Marília quisesse informações para encontrar as outras membras do "2NE1"? Ela não permitiria isso. Se tivesse sido mordida uma vez, não cairia nessa de novo. Ela esperou que a diretora se virasse. Para dizer alguma coisa, mas ficou calada. Olhando ao redor, elas estavam cercadas por paredes cinzentas. Sem porta-retratos, sem estantes. Tudo estava em branco.

Bem no meio havia uma grande mesa preta com sua grande cadeira de pelúcia preta do lado de Marília, com a janela à sua direita, e ao lado dela havia um enorme armário preto encostado na parede. O piso era de mármore frio como pedra, com apenas um carpete preto quadrado sob os pés. Quando Maraisa notou como as costas de Marília estavam tensas, algo perverso surgiu em sua mente.

Marília estava um pouco rígida demais. Honesta demais. Algo estava definitivamente errado, mas isso não significava que Maraisa não pudesse se divertir com isso.

— Vejo que você está me perseguindo.

Marília tentou não flexionar as mãos quando ouviu a voz sensual de Maraisa. Aquela pele... tóxica.

Concentre-se, Marília! Ela matava pessoas. Isso parecia esclarecer suas prioridades.

Marília se virou, olhando para Maraisa. Apesar de ver Maraisa todos os dias, ela ainda não conseguia entender a beleza única de seu rosto. Ela tinha os olhos de uma geleira, exceto pelo calor. Calor de alta voltagem. Seus olhos são como os de um gato e seu rosto é pequeno, com um lindo nariz arrebitado.

Ela acabou de chamar o nariz da Maraisa de bonito? Que frustrante!

Mas foram os lábios que atraíram Marília. Vermelhos. Suculentos e cheios. A pressão para mordê-los fez com que os olhos de Marília examinassem o corpo de Maraisa. Percebeu os seios fartos de Maraisa, redondos e esticados contra o tecido laranja. Sem conseguir se conter, os olhos de Marília se moveram rapidamente para baixo, notando que os quadris de Maraisa haviam se alargado voluptuosamente, assumindo uma forma angular, mas suas coxas e pernas eram firmes e esticadas. A maneira como os olhos de Marília percorriam seu corpo era como se ela tivesse simplesmente passado por uma árvore.

Não havia calor nos olhos da diretora, nem flexão da mandíbula. Será que ela era tão mole na frente dela?

Sempre que Maraisa via Marília, seu interior se aquecia instantaneamente. Sentindo-se insultada, ela colocou seu peso sobre a perna direita: — E aí? O que você quer, diretora?

A Rough Storm | G!POnde histórias criam vida. Descubra agora