Machucada e Excitada

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As bochechas de Lauana ficaram coradas de vergonha quando ela fechou a porta do escritório de Marília atrás de si. Essa era a primeira vez que Marília a rejeitava. Elas tinham algo em comum. Marília a chamava quando ela se sentia solitária e necessitada. E ela gostava de ser o animal de estimação de Marília. Elas haviam transado, mas era apenas para o prazer de Marília. Lauana não precisava da ajuda de Marília para vir. A situação era suficiente para ela. Ela estava apaixonada por Marília desde que ela se tornou a diretora aqui. Ela era tão alta e silenciosa.

Digna e do lado certo da lei.

Ela estava começando a sentir mais do que uma paixão quando Marília olhou para ela conscientemente esta noite. Então, por que ela a havia parado?

Teria a ver com aquela estranha detenta com cabelo de abutre, Maraisa? Marília também havia passado pelo celular. Será que havia algo mais do que um interesse?

Não, não havia. Ela conhecia Marília. Ela nunca deixaria que mãos sujas como as dela tocassem em Marília. Isso é certo.

Ainda assim, aquela garota poderia seduzir Marília por isso. Não há dúvida de que ela também se sentia atraída por Marília.

E ninguém com uma posição como a de Marília, quem poderia dizer não a uma mulher como ela? Ela teve um vislumbre de seu corpo nu e daqueles metais brilhantes pendurados nela e das curvas que cobriam seu corpo atlético. Até mesmo o homem mais honrado poderia se ajoelhar diante de uma visão como aquela.

Lauana não podia permitir isso. Ela não ia deixar que uma vagabunda barata que mata fugitivos por diversão enganasse Marília. Nunca.

Marília podia ser fria, mas Lauana gostava dela por isso. Então ela elaborou um plano. Na manhã da segunda-feira seguinte, com duas de suas guardas, que a seguiriam e ouviriam qualquer desejo que ela tivesse em mente, elas se dirigiram ao acampamento.

Lauana deu uma olhada rápida na janela de Marília, que estava vazia. Bem, ela sabia que Marília estava em seu banho.

Era um momento de lazer para algumas das detentas. Pegando a estranha vagabunda no campo, ela caminhou até ela com um propósito.

Um propósito ruim de contenção.

Todas as detentas observaram as três guardas se dirigirem a Maraisa, que estava ocupada conversando com Sabrina e Bruna. Ninguém tentou avisá-la.

Com as costas de Maraisa voltadas para o trio que se aproximava, os olhos de Sabrina se arregalaram em sinal de alerta.

Sem ter uma arma com ela, Maraisa foi pega de surpresa quando sentiu um forte chute em seu traseiro. Ela caiu no chão rochoso e Sabrina e Bruna se afastaram enquanto Lauana Prado olhava para elas, desafiando-as a ajudar Maraisa.

— Droga. — Por que ela havia feito aquilo?

Semicerrando os olhos para as três, Maraisa cuspiu. — Que porra você acha que está fazendo?

— Você não fala até que eu diga. — Com isso, Lauana bateu seu bastão ao lado da cintura de Maraisa.

Quando as lágrimas brotaram em seus olhos diante da dor aguda em suas laterais, ela sentiu o primeiro lampejo de seu pai.

Espancando-a enquanto ela permanecia desprotegida. Os horrores ficaram para trás, mas ela os estava revivendo novamente. Sabrina observou as três guardas espancarem a pobre garota. Era estranho que elas estivessem mexendo com ela. Da última vez que ela verificou, Maraisa estava se comportando bem. Por que esse bullying repentino?

No entanto, nenhuma delas poderia ajudá-la. Elas enfrentariam diretamente a ira da diretora na segunda vez que alguma das prisioneiras desobedecesse ou revidasse.

A Rough Storm | G!POnde histórias criam vida. Descubra agora