KIFFEY E AS NINFAS DO TEMPO

CAPÍTULO II - A PASSAGEM DO TEMPO

É interessante como o tempo não para um segundo de passar, todas as coisas que fazemos, cada respirada que damos está saindo do presente e indo diretamente para o passado. George II se tornou o rei de Kiffey e governou com sabedoria, mas seu ódio por ter crescido longe de seu pai, nunca o deixou completamente em paz.

Sua mãe, até tentou impedi-lo de trazer guerra novamente, ainda mais depois do nascimento de seu filho, do qual nomeou como George III. Mas o rei estava decidido a pôr um fim no reinado do vale Kirffy de uma vez por todas, ele enviou dois pássaros tignos, com um recado bem claro: ou Sther e Farah se rendesse e entregasse aquelas terras para o rei, ou então a morte delas era certa.

Quando receberam o recado, riram da audácia do rei e começaram a se preparar para lançar ao mundo a magia da escuridão, que até aquele momento não fazia parte da ordem natural das coisas. Alguns meses se passam e George II percebendo que seu inimigo não iria se render, resolve atacar, primeiro os vilarejos do vale, onde jogou uma praga que destruiu plantações, contaminou águas e matou diversas pessoas que eram inocentes. Lila, sua mãe, repudiou a ação de seu filho, dizendo que não o reconhecia mais.

Apesar da destruição, Sther e Farah, sabiam desde o fim de Kirffy que não iam sobreviver a longo prazo, então apenas ganhavam tempo, na tentativa de abrir a fenda que liberaria uma magia profunda do planeta, tão maligna e perigosa que seria capaz até de destruir ninfas do tempo. Uma nova guerra estava prestes a começar no planeta Kiffey, as ninfas tentaram aconselhar o rei, mas nada tirava da cabeça dele que ele precisava vingar seu pai. Durante alguns anos, toda a região de Kirffy estava em ruínas, as florestas sem cor, a vegetação seca e o cheiro de morte que percorria o ar que os poucos que sobreviveram respiravam.

Kristy não concordava com as atitudes do irmão, e ao longo dos anos tentava tirar George III, da maluquice que tudo aquilo havia virado. Porém não obteve sucesso e a luta conhecida como a destruição do vale, levou todos do planeta à morte. Lila foi a última ninfa a morrer, com a ajuda de um elfo que se chamava Oslo, criaram uma barreira temporal que salvou Kristy e George III que ainda era apenas um menino.

Os próximos anos do planeta foram terríveis, Sther e Farah conseguiram trazer a magia da escuridão para o solo de Kiffey, onde dava vida a monstros e ressuscitava animais e pessoas mudando suas genéticas para figuras incompreensíveis. Kristy e George III, sobreviveram ao sul junto de Oslo, atrás da grande cachoeira que um dia foi descoberta por Kiffey e Kristia.

— Eu sinto muito que ela não conseguiu...

— Obrigada, ela está em um lugar melhor, se sacrificou para que nós pudéssemos sobreviver, minha mãe era incrível.

— Não a conheci muito, mas acredito firmemente nisso.

— O que vamos fazer?

— Você é uma ninfa do tempo, porque não criar um novo elemento temporal?

— Tenho medo do que pode acontecer Oslo, minha mãe dizia que mexer com a natureza do tempo pode ser fatal.

— Mas não dá para criar o George III assim... esse não é mais um bom mundo para ele.

— Oslo, você mesmo viu as esposas do meu tio, elas conseguiram libertar a magia da escuridão, meu pai perdeu a luta levando com ele todos os seres mágicos, e os que acabaram virando aquelas coisas terríveis que vagam lá fora.

— Eu entendo Kristy, mas algo tem que ser feito...

— No seu mundo era assim?

— Onar era uma terra linda, seus campos de girassóis reluziam no sol assim como a floresta dourada que existia aqui. Estávamos em guerra contra uma força maligna que queria dominar tudo e todos, dois seres obscuros que atendiam por Nagol e Nerak.