Eu, ele e um país

Capítulo 20

Era sábado à noite, Amelia se arrumava para o tal encontro com James, não estava afim de ir mas faria um esforço.

- Está linda Vossa Alteza.

- Obrigada mãe... - Arregalou os olhos olhando para Louise - Me perdoe.

- Não há necessidade de perdão Amy. - Caminhou até a moça e segurou suas mãos - Fico feliz que me veja como uma mãe.

- Obrigada por ser minha mãe já que a minha partiu tão cedo. - Abraçou ela a governanta e riu com o beijo que recebeu na cabeça - Preciso ir para meu encontro.

- Não estou gostando dessa ideia, eu prefiro o Duque, você parecia muito mais feliz com ele.

- Eu também mas o Duque não nem aí para mim Lou, então vou seguir minha vida. - Beijou-a na bochecha. Vejo você mais tarde.

- Tome cuidado Amelia!

Ao sair de seu quarto, Amelia encontrou com seu pai que abraçou-a com amor como sempre.

- Raio de Sol, venha comigo, tenho uma surpresa para você.

Animada ela caminhou junto do pai até o grande salão de lazer onde Louis estava de pé, parado, olhando para uma linda pintura da Rainha Isabella.

- Louis? - Gaguejou de raiva.

- Olá mon amour. - Virou-se com um sorriso.

Toda a raiva que sentia foi desmanchada após escuta-lo chamá-la de "mon amour". Mas manteve-se de cabeça fria, caminhou devagar até o Duque que olhava-a de maneira especial.

- Por que está aqui? Tenho um encontro com o James daqui alguns minutos...

- Eu cancelei por você. - Sorriu divertido como costumava brincar com ela.

Devagar, Henry saiu da sala deixando-os a sós.

- Como você ousa?! - A Princesa colocou as mãos na cintura sentindo raiva, ele não tinha aquele direito - Segunda vez que você me interrompe com ele.

- Segunda e última vez, vim aqui para lhe pedir perdão e ajoelhar em seus pés pedindo para me aceitar como seu namorado. - Louis segurou as mãos dela - Se você me negar eu lhe prometo que te deixarei em paz!

- Duvido!

Rapidamente ele ajoelhou-se em sua frente ainda segurando suas mãos.

- Por favor Amelia, eu imploro, volte para mim. Me perdoe por ter lhe deixado sozinha na chuva, eu estava com medo porque nunca havia me apaixonado da maneira a qual você.

Com os olhos arregalados Amelia soltou devagar as mãos de Louis e afastou-se alguns passos para trás, deixando-o ainda ajoelhado. Ele realmente estava implorando.

- Louis...

- Eu nunca tinha pensado em me casar até te conhecer, nunca pensei em ter filhos até você falar sobre o seu sonho de ser mãe. - Estendeu a mão a ela - Mon amour eu te amo, quero deixar de ser um covarde e te amar da maneira que você merece. Eu quero ser melhor.

- Você disse que não sabe sobre o amor. - Ficou novamente na frente de Louis, ele tinha os olhos cheios de lágrimas e sua voz continha um tom de desespero misturado com medo. Estava com certeza desesperado.

- Me ensine. Me ensine como é ser amado, me ensine como amar, me ensine tudo! - Abraçou-a pela cintura ainda de joelhos.

Olhando para ele de joelhos, com lágrimas nos olhos e com a voz embargada sentiu seu coração pulsar mais rápido. Ele havia deixado-a sozinha, era isso em que Amelia pensava até olhar para a grande pintura de sua mãe. Lembrou de todas as histórias que seu pai havia contado, como ele havia pisado na bola e Isabella aceitou-o de volta, Henry queria mudar e mudou, foi isso que motivou-a a falar: